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segunda-feira, 23 de maio de 2011

FARINHADAS



         Até há pouco, as farinhadas representavam para os moradores da região serrana potiguar, o mesmo que o corte de cana-de-açucar representada hoje para os pernambucanos. Era época da fartura, mas também de muito trabalho. Acontecia entre os meses de julho e agosto e consistiam na colheita de mandioca (arranca), sua transformação em farinha (ralar, lavar diversas vezes, torrar e peneirar), e posteriormente a venda. Um produto super-vendável e muito usado pelo nordestino.
          Minha família do lado materno foi muito marcada pelas farinhadas, pois o meu avô Jorge Guedes do Rêgo (in memorian) era um dos grandes produtores de farinha na serra de São Miguel.
         Por coincidência ou questões de solo e clima, as casas de farinha em nossa região se localizavam nas serras de Portalegre, São Miguel e Luis Gomes.
        Hoje são raras, mas ainda há alguma em funcionamento, mesmo sem o burburinho e o "glamour" de antigamente. É importante destacar a excelente qualidade do produto, 100% natural, diferente dessas coisas tingidas e parecidas com areia que encontramos por aí.
        As fotos acima postadas são do fotógrafo Fausto Fernandes na ocasião de uma farinhada no sítio "Olho d'água Dantas", município de São Miguel. O anfitrião Jorge Guedes convidava até o Cônego Caminha como podemos ver. No final era uma grande festa.
Saudades...

Por Israel Vianney

Um comentário:

  1. Lembro também de "Casa de Farinha". Quando nossa família morava em São Miguel-RN, nós frequentavamos as famosas farinhadas no sítio Riacho Fundo, era um passeio maravilhoso, rsrsrs

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