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terça-feira, 29 de setembro de 2015

GERALDO VANDRÉ: O ÍCONE DA MÚSICA DE PROTESTO FAZ 80 ANOS NO COMPLETO OSTRACISMO

Cantor e compositor paraibano cravou o nome da história com canções sociais. 
Foto: Arquivo O Cruzeiro/EM/D.A Press 

Recolhido ao isolamento, em São Paulo, cantor e compositor paraibano nem sonha em reaver a projeção conquistada com sucessos da música brasileira nos anos 1960
Autora Luiza Maia – Diário de Pernambuco

Desde a fatídica entrevista concedida no aeroporto, na companhia de oficiais do regime militar, para anunciar o retorno forjado à pátria-mãe, a vida e a carreira artística de Geraldo Vandré ganharam contornos mitológicos. Naquele dia 18 de agosto de 1973, o paraibano punha um irrevogável ponto final na trajetória popularizada menos de dez anos antes, com o sucesso de Disparada, apesar da promessa de “fazer canções de amor e paz” a partir de então.

Em 12 de setembro, o cantor e compositor cuja obra mais conhecida, Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando), foi tatuada na musicografia nacional como hino durante os anos de chumbo da ditadura militar completará 80 anos em meio ao ostracismo mais notável e longevo de um artista neste país.

Aparições públicas são raras. Na imagem, Vandré em João Pessoa, em 2008. 
Foto: Arquivo/ON/D.A. Press 

As oito décadas são marcadas – especialmente pela liberação das biografias não autorizadas pela Justiça, em junho – com o lançamento de dois livros. Vandré: O homem que disse não, de Jorge Fernando dos Santos, escrito a partir de 2013, após um sonho do autor com o artista, de quem é fã desde a adolescência, foi lançado pela Geração Editorial. Os 100 exemplares de Geraldo Vandré: Uma canção interrompida foram bancados pelo próprio escritor e distribuídos gratuitamente, após recusa das editoras. Com a liberação, sairá em breve por editora já definida.

Funcionário público aposentado, Geraldo Pedrosa de Araújo Dias – Vandré é a corruptela de Vandregíselo, nome do pai, otorrinolaringologista – mora em um apartamento modesto na Rua Martins Fontes, em São Paulo. “Ele passa boa parte do tempo na casa da irmã, em Teresópolis (RJ). Noutras vezes, se hospeda no Hotel da Aeronáutica, no Rio”, conta o biógrafo Jorge Fernando. A poucos é concedida a honra de adentrar o lar. “É tudo espalhado pelo chão, cheio de livro, disco por todo canto”, conta Marcelo Melo, do Quinteto Violado, um dos instrumentistas do quinto e último disco de Vandré (Das terras de Benvirá), gravado na França, em 1971.

Vandré ficou em segundo lugar, mas foi o preferido do público no 3º Festival de Música Popular Brasileira, em 1968. Foto: Ediouro Publicações/Divulgação

São obscuras as teorias sobre a prisão e as sessões de tortura às quais teria sido submetido entre 14 de julho de 1973, quando retornou ao Brasil, e o dia 18 de agosto de 1973, dia no qual foi gravado enquanto descia de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) – veementemente negadas por ele. Na entrevista gravada pelo próprio governo e veiculada na tevê, rechaçou qualquer ligação com partidos políticos e se comprometeu a não escrever canções com teor político.

Chico Buarque e Geraldo Vandré
Foto – Revista Sétimo Céu-Reprodução

As aparições públicas são discretas, à margem dos holofotes, mas a última surpreendeu até admiradores mais esperançosos. Em março de 2014, subiu ao palco no primeiro show no Brasil da cantora e ativista norte-americana Joan Baez – barrada pela censura em 1981 -, em São Paulo. “Eu vou convidar para o palco um mito. Ele não gosta disso, prefere ser somente um homem. Ele virá aqui, mas não vai cantar, vai ficar do meu lado”, ela apresentou. Com o boné nas mãos e tão emocionado quanto deslocado, o ermitão foi aplaudido calorosamente. Voltou no dia seguinte e declamou Soberana, dedicado a São Paulo.

“Geraldo Vandré” (1964), “Hora de lutar” (1965), “5 anos de canção” (1966), “Canto geral” (1968) e “Das terras de Benvirá” (1971, na França, e 1973, no Brasil) são os LPS lançados por Vandré 

A sonoridade da receptividade remete ao impacto causado pelas letras impactantes e arranjos de apenas duas notas – como instrumentista, ele nunca foi exatamente um virtuoso – nos festivais de música da década de 1960, dos quais foi um dos ícones. Baluarte da música de protesto a partir de 1968, quando enlouqueceu o Maracanãzinho durante a execução de Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando), Vandré tem enorme contribuição no processo de incorporação das raízes sertanejas à música brasileira.

Vandré estreou nos concursos em 1965, aos 20 anos. Defendeu, no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, Sonho de um carnaval, do amigo Chico Buarque, sem chegar à final. Em 1966, os dois protagonizaram a acirrada disputa entre Disparada, defendida por Jair Rodrigues, e A banda, pelo próprio compositor, com prêmio dividido entre os dois. Em 1968, Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim, levou a melhor do júri, mas o público preferia Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando): Cynara e Cybele foram vaiadas no Maracanãzinho por 10 minutos.

Luiz Gonzaga – Fonte – brasileiros.com.br

O interesse pelas raízes musicais brasileiras e a origem nordestina o levaram a gravar Asa branca, de Luiz Gonzaga, no LP Hora de lutar – Feira de gado, do Rei do Baião e de Zé Dantas, foi registrada, mas incluída depois em compacto do Trio Marayá. “Asa Branca eu cantei como quem aboia mesmo, e a minha ideia era fazer isso à capela, somente a voz angustiada anunciando a rebelião. Essa foi uma reverência mesmo”, contou, ao site Ritmo Melodia, em 2004. Gonzaga retribuiu. Lançou Pra não dizer que não falei das flores em um compacto, o único dele recolhido pela censura, e Fica mal com Deus, em 1971.

Cantor se exilou na França e no Chile durante a ditadura. 
Foto: Elias Nassef/O Cruzeiro/EM/D.A Press 

Muito antes do retorno do exílio e da reclusão, demonstrava traços de uma personalidade forte e difícil. Enfrentava séria dificuldade para seguir uma disciplina de composição ou ensaio e insistia em controlar o processo com modificações e improvisos. Inspirado, modificava letras e melodias constantemente, testando a aptidão técnica – e a paciência – dos colegas.

De volta ao Brasil, após exílio com temporadas na França e no Chile, Vandré morreu. No lugar, renasceu o paraibano Geraldo Pedrosa, filho de José Vandregíselo e dona Martha. Misantropo, o senhor de 80 anos compõe, toca e canta, mas faz questão de passar o aniversário longe dos fãs e da imprensa. A obra, no entanto, dificilmente será esquecida.


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

RARIDADES DE PAU DOS FERROS

EUDO SALDANHA, MONSENHO CAMINHA E JOSÉ MIGUEL - DECADA DE 1980

MONSENHOR MANOEL CAMINHA FREIRE

CENTENÁRIO DO MUNICÍPIO 1956 - INAUGURAÇÃO DO OBELISCO

CÔNEGO CAMINHA E MANINHO, FILHO ADOTIVO

IRMÃ IMACULADA, (IN MEMORIAM )

INSTALAÇÃO DO APOSTOLADO DO CORAÇÃO DE JESUS INCIO DA DA DÉCADA DE 1960


Torneio Nacional de Ginástica Aeróbica Esportiva em Sergipe

Colunista nossoparanarn

Equipe da UERN 

União e perseverança fará um fato histórico acontecer... Revolucionamos nossos limites e conquistamos o símbolo dourado no peito. Fomos campeões, somos campeões, seremos lembrados pela nossa força e determinação.

Nos últimos dias 17 a 20 de setembro foi realizado o Torneio Nacional de Ginástica Aeróbica Esportiva 2015 em Aracajú/SE. A UERN sobe orientação do Professor/Treinador Leonardo Rocha da Gama participou dessa edição na condição de tricampeã desse torneio e não fez diferente dos anos anteriores, conquistou o tetracampeonato.

Outros resultados por prova da UERN

Dupla mista adulta nível 3: 
1º lugar conquistando o ouro Lídia Costa e Laucimar Alves; 
2° lugar com prata Dayanny Costa e Ednardson Santos. 

Trio adulto nível 3: Conquistando a medalha de ouro Dayanny Costa, Marêssa oliveira e Robson Antunes.
Individual Masculino adulto nível 3: 
1º lugar com o ouro Laucimar Alves e em 2º lugar com a prata Robson Antunes

Individual Feminino adulto nível 3: 
1° lugar com medalha de ouro Dayanny Costa; em 2° lugar com a prata Lídia Costa e em 3° lugar com o bronze Marêssa Oliveira

Aerodance: campeã brasileira conquistando a medalha de ouro, Iule Diniz 

Trio aerodance: 1° lugar também conquistando o ouro, Aline Fortunato, Iule Diniz e Stephany Fernandes

E na prova Step: a UERN mais uma vez conquistando o ouro, agora com o título tetracampeã.

O tetracampeonato foi conquistado na categoria adulta.


FORMAÇÃO DE EDUCADORES SOCIAIS


Aconteceu na cidade de caraúbas, no período de 21 a 25 de Setembro de 2015, o curso de formação e aperfeiçoamento de Educadores sociais, promovido pela FENABB. os instrutores Carla casado e Ernane Oliveira, vieram da PUC- SP especialmente para ministrar os conteúdos.
 Tive o prazer de participar pela segunda vez de uma formação desse nível, a diferença desse últimi, foi a presença maciça de artistas nas mais diversas áreas: Músicos, Cantores, Bailarinos, atores...tornando o tempo puxado mais  aceitável.
 As delegações que participaram vieram dos municípios de Pau dos ferros, Campo Grande, Apodi e caraúbas (cidade sede). O anfitrião Robson Gurgel, pode nos proporcionar todos os itens necessários para o conforto e alojamento dos presentes. 
 Na delegação pauferrense, fomos coordenados pela Profa. Reilta Dantas de Medeiros....Fotos em andamento.
                       Israel Vianney

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ESTÁ CHOVENDO IGREJA !!!!!!!!



Nos últimos anos a proliferação de igrejas de todas as denominações possíveis é um fator explicitamente visível. Os católicos que se cuidem..!!!.Se não fosse um papa tão carismático ,como é Francisco, a debandada de fiéis estaria sem controle.

Muitos pastores praticamente tomam o dinheiro das pessoas, mas em relação ao discurso, á promoção da auto-ajuda, as igrejas evangélicas dão bolo. Quem foi a uma missa foi a todas,pois o ritual é o mesmo, as as pregações muito "Jurássicas". Na maioria das vezes saímos mais culpados do que quando entramos. Sou de família católica, mas é necessário dizer : ESSA IGREJA PAROU NO TEMPO!!!

Num mundo abarrotado de pessoas com problemas, as igrejas têm papel fundamental em arejar as mentes e deixar as pessoas com uma carga menor de problemas, creio eu...e ainda mais ...como dizia a personagem Lady Kate do Zorra Total: "Tô pagando!!"

Na rua em que moro já são três igrejas evangélicas, com cultos cada dia mais disputados, cheio de pessoas oriundas da religião católica. Cadê as obras sociais?? Só se pensa no luxo dos templos e nas toneladas de fogos de artifício, bingos, sorteios e o escambal. A alma dos fiéis sempre em último lugar, alem, repito, do discurso PIEGAS, de fazer vergonha. que tal trabalharmos para construir um abrigo de idosos??? Os santos não necessitam de dinheiro...Você sabia??? E as beatas me perdoem se quiserem!!! Tenho dito.

Israel Vianney


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

DE OLHO !!!!!!!!!!!!!!!!!


AMANHÃ O VEREADOR GILSON RÊGO IRÁ APRESENTAR UM REQUERIMENTO NA CÂMARA PARA A CONSTRUÇÃO DO TEATRO MUNICIPAL DE PAU DOS FERROS.  VAMOS ACOMPANHAR O INTERESSE , CONHECIMENTO E SENSIBILIDADE DOS DEMAIS VEREADORES E DO PREFEITO TAMBÉM. 
 TORÇAMOS PELA APROVAÇÃO !!!!

                                ISRAEL VIANNEY

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

PATRONATO ALFREDO FERNANDES...UM PEDACINHO DA HISTÓRIA DE CADA UM DE NÓS ESTÁ ALI.





Desde 08 de dezembro de 1946, a partir do lançamento de sua Pedra Fundamental, o Patronato Alfredo Fernandes, vem se destacando na história de Pau dos Ferros. Tendo como idealizador e responsável por esta brilhante obra social, o vigário desta paróquia por várias décadas,Monsenhor Manoel Caminha Freire Andrade(IN MEMORIAN).

Este, sonhava em criar uma instituição prestadora de assistência social e cristã que atendesse à comunidade pau-ferrense e municípios circunvizinhos. Seu sonho foi realizado em 27 de novembro de 1953, com a inauguração desta obra que recebeu o nome do Sr. Alfredo Fernandes em reconhecimento à sua valiosa doação do terreno. Começou a funcionar com a chegada das irmãs de caridade da Ordem de São Vicente de Paulo. A superior irmã Barreira e suas auxiliares que desenvolviam trabalhos voltados para a formação religiosa, vocacional e profissional, contando com a colaboração de diretorias formadas por pessoas da comunidade.

Sob o regime de Internato e Externato, em 1957, saiu a primeira turma de Concluintes do Curso Primário.

Apesar dos obstáculos que contribuíram para a extinção do Internato, em 1966 os trabalhos continuaram com recursos oriundos da comunidade e de outras entidades filantrópicas e a escola passou a ser conveniada com a Secretaria de Estado da Educação da Cultura e dos desportos, passando a ser dirigido voluntariamente.

Em seu Jubileu de Ouro, foi reformado com o apoio da comunidade escolar e local, período em que a escola foi incorporada à Rede Estadual de Ensino, ministrando primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental.

Ao longo dos anos o Patronato Alfredo Fernandes mantém a prestação de serviços sociais e religiosos, dentre os quais destacam-se: Pastoral nos Bairros, Grupo de Idosos "Alegria de Viver", Movimento Marial Vicentino, Catequese, Infância Missionária, Educação Infantil em caráter particular, Pastoral do Batismo, Grupo de Jovens Juventude Marial (JUMIC), encontros de cunho pastoral, educacional e social.

Ente ano, esta instituição completará 69 anos de serviços prestados à comunidade pau-ferrense e com muita alegria agradece à valiosa colaboração de todos aqueles que durante todo o período de sua existência contribuíram para sua manutenção e sustentação, com o intuito de servir sempre melhor.


Atriz Betty Lago morre aos 60 anos no Rio

Atriz lutava contra um câncer na vesícula há cerca de três anos. A amiga Claudia Gimenez confirmou a morte ao EGO e lamnetou a perda.

 
Betty Lago em show em São Paulo
(Foto: Paduardo/ Ag. News)

A atriz e ex-modelo Betty Lago morreu na manhã deste domingo, 13, no Rio de Janeiro, aos 60 anos. Betty lutava contra um câncer na vesícula há cerca de três anos e chegou a se submeter a uma cirurgia em março de 2012. Depois disso, a atriz iniciou o tratamento contra a doença, que a fez voltar ao hospital diversas vezes e enfrentar a queda de cabelo.

A atriz Claudia Jimenez confirmou a morte ao EGO e lamnetou a perde da amiga. "É uma dor imensa. Ela gostava muito de viver".



 
Marta (Betty Lago) em 'Guerra e paz'
(Foto: TV Globo / Frederico Rozario)

Vida e carreira

Elizabeth Lago Netto nasceu no Rio de Janeiro em 24 de junho de 1955. No início da década de 70, Betty Lago foi descoberta pelo fotógrafo Evandro Teixeira, que a ajudou a dar os primeiros passos na profissão de modelo. Bem-sucedida, passou 15 anos defilando pelas principais passarelas da Europa e dos Estados Unidos.

Betty estreou como atriz na minissérie "Anos Rebeldes", de Gilberto Braga, em 1992. Dois anos depois já era protagonista na novela "Quatro por quatro", de Carlos Lombardi. A parceria com o autor se repetiria em "Vira-lata", "O quinto dos infernos", "Pé na jaca" e "Guerra e paz".

No cinema estreou em Alô?, de Mara Mourão e participu de "Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas (2002)" e "Mais Uma Vez Amor".

Como apresentadora, ela estreou no programa "GNT fashion", que também dirigiu por cinco anos. Ainda no canal GNT, passou a ser debatedora do programa "Saia justa".

Betty foi casada durante dez anos com o ator Eduardo Conde, com quem teve dois filhos, Bernardo e Patricia Lago Conde. Em 1996, a atriz se casou com o professor de educação física Guilherme Linhares. Atualmente namorava o ator Clovys Torres, que a apoiou na luta contra o câncer.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

PECULIARIDADES ....ANOS 1970 1980...FOI ASSIM COM VOCÊ !!!

PECULIARIDADES DE UMA ÉPOCA

  Recentemente conversando com um amigo contemporâneo da década de  1970, relembramos alguns hábitos peculiares às crianças e adolescentes da época. Um deles era, além de engraçado,perigoso: Subir no telhado para girar a antena da televisão e tentar conseguir uma melhor imagem pros gigantescos aparelhos de  tv em preto e branco. De tanto subir na casa, a marca dos meus pés quase ficaram eternizados.
  Outro tormento por nós enfrentado, eram as constantes falta de energia. Era rara a semana em que o apagão não acontecia, principalmente quando era final de novela. Ficávamos a mercê das revistas, ou de algum parente distante que nos ligava e contava como tinha se desenrolado o tão esperado final.
  Havia umas telas  horrorosas que as pessoas fixavam no aparelho para dar a impressão de que a tv era em cores, uma coisa pavorosa.!
  As primeiras televisões em cores chegaram por aqui com muito atraso e a um preço impraticável, poucos dispunham desse privilégio. Tudo mudou em tão pouco tempo.
  No colégio, éramos induzidos a comprar pequenas gravuras estampadas com o rosto dos presidentes do regime militar.Que função tinha aquilo??? Ainda hoje me pergunto o quão éramos bobinhos.....
  Nos desfiles "cívicos" do Sete de setembro, conduzíamos cataventos verde e amarelo para saudar as escolas passantes,e era enorme a multidão que se formava, praticamente "quarávamos" no sol causticante, mas com prazer.
  Jogávamos "bafo" defronte ao cine Lourimar para conseguir as figurinhas dos álbuns que eram super comuns e disputados, as figurinhas mais difíceis custavam caríssimo: Álbuns das seleções, do Super Man, de ciências, de figurinhas fosforecentes , da turma da Disney, da Mônica, entre outros. Saudades de tudo aquilo!!!!!
                             Israel Vianney

terça-feira, 8 de setembro de 2015


NAS VEREDAS DA COLUNA PRESTES: PREPARANDO A MEMÓRIA PARA OS 90 ANOS DA PASSAGEM DOS REVOLTOSOS

Percorrendo o caminho da Coluna Prestes no município de Luís Gomes - RN. parada para um cafezinho no Sítio Imbé, aqui o alto comando da Coluna Prestes, os
Percorrendo o caminho da Coluna Prestes no município de Luís Gomes – RN. parada para um cafezinho no Sítio Imbé, aqui o alto comando da Coluna Prestes, os “Revoltosos” para os sertanejos, esteve e foi recebida por Baltazar Meireles.

Município de Luís Gomes – RN se movimenta para lembrar a passagem dos “Revoltosos” – Feliz em saber que nosso trabalho está ajudando esta empreitada, que agora apresento no nosso Tok de História

No próximo ano de 2016 completa-se 90 anos da passagem da Coluna Prestes, maior marcha da história mundial, pelo Rio Grande do Norte, pelos municípios de São Miguel e de Luís Gomes. Apenas estes foram palco e cenário deste acontecimento histórico, marcante na memória coletiva de muitas gerações que presenciaram o fato ou que cresceram ouvindo os relatos orais.
Junto ao Sr. Antônio Belo, do Sítio Tigre, que em agosto de 2009 me deu um fantástico depoimento
Junto ao Sr. Antônio Belo, do Sítio Tigre, que em agosto de 2009 me deu um fantástico depoimento
Nas aulas de campo das disciplinas de História do Brasil, Geografia e Cultura do RN, decidimos seguir os passos da Coluna Prestes, conhecer os lugares por ela invadidos, as construções da época e sua localização geográfica. Inicialmente chegamos ao pequeno povoado do Barro Vermelho, que embora não fizesse parte do roteiro da Coluna de Revoltosos, não podia ficar de lado. Segundo a tradição moral, quando o senhor Otávio de Andrade Nunes foi construir a capela do povoado em honra a Nossa Senhora dos Milagres, ao cavar o barro para usar na construção da capela, encontrou um antigo cemitério de escravos. Também segundo a mesma tradição há entre a capela e a casa deste falecido senhor uma marca de pedras que seria uma antiga base para uma igreja que seria construída pelos escravos.
Após essa pesquisa em que os alunos se sentiram arqueólogos ao tocarem as pedras e as ruínas, demos continuidade a aventura.  Seguimos para o Imbé no sentido de conhecer o secular casarão que hospedou o Estado-Maior Revolucionário da Coluna Prestes no dia 4 de fevereiro de 1926. O casarão que pertencia ao Major Baltazar Meireles na época da passagem ainda guarda traços arquitetônicos do tempo da revolução. As paredes largas chamaram a atenção dos alunos, as portas, batentes, os quartos antigos, o alpendre recorada um grupo de homens armados que lá pernoitaram. Na passagem pelo Imbé, segundo o professor e folclorista Raimundo Nonato em seu livro Os Revoltosos em São Miguel – 1926 , obra que deve ser referencia nos estudos de história e cultura do nosso estado, os revoltosos se desentenderam com o proprietário da antiga fazenda e quase o fuzilaram.
Antônio Belo, quase centenário em 2009, fumando seu cigarrinho de palha na sua rede.
Antônio Belo, quase centenário em 2009, fumando seu cigarrinho de palha na sua rede.
O major e alguns homens tinham ido fazer a defesa da vila de Luís Gomes quando um portador da sua fazenda foi chamá-lo avisando que os revoltosos estavam em sua casa sede da fazenda. N manhã do dia 5 ao chegar a casa se aproximam do major Miguel Costa, Prestes, Siqueira Campos e Moreira Lima que explicam a devida situação. Depois mandar prender em um quarto Baltazar juntamente com 15 homens, filhos de moradores da fazenda e do sítio vizinho Monte Alegre, junto com o sub-delegado Pedro Rufino Isto ocorreu na manhã do dia 5. À tarde os prisioneiros forma chamados e foi explicado o objetivo da coluna diante da situação do Brasil. Após esse diálogo começaram a subir a serra, ficando ainda na fazenda grupos menores que se consideravam pouco armados. No Imbé haviam saqueado da casa sede e do armazém legumes, rapaduras e mataram gado bovino e galinhas.
Na cidade continuaram as ações revolucionárias, saqueando casas comerciais, como a loja de tecidos de Gaudêncio Torquato. As famílias haviam se retirado da vila e só voltaram após a conversa do comerciante Sinfrônio Campelo com um dos revoltosos, em que concluíram que na vila as famílias estariam mais seguras. Na vila histórica de Feira do Pau, hoje Aparecida um grupo de 100 rebeldes roubaram o dinheiro do posto fiscal da divisa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba e retiraram os selos, que depois deixaram no telégrafo e foram encaminhados legalmente. Cotavam os mais velhos que na ocasião o capitão Luís Carlos Prestes foi entrevistado pela professora Ozelita Cascudo do Grupo Escolar Coronel Fernandes. O escritor Rostand Medeiros narra em seu livro João Rufino, um visionário da fé que:
Mercado de Luís Gomes-RN
Mercado de Luís Gomes-RN
Após saírem deste lugarejo, a coluna de revoltosos seguiu em direção aos Cacos (ou Cactos), e após passarem pela Ladeira dos Miuns, estiveram nos sítios Tigre, Imbé, São Bernardo, Feira do Pau e na pequena área urbana da cidade de Luís Gomes.
Em Luís Gomes se repetiram as “ações revolucionárias”, com uma sequência de saques de casas residências e comerciais. Foram provocados incêndios no cartório e na agência dos correios. Já no dia 6 de fevereiro, os revoltosos deixaram Luís Gomes e o Rio Grande do Norte, adentrando na Paraíba (MEDEIROS, 2011, p. 276-277).
2016 - 100 anos da Coluna Prestes no Rio Grande do Norte.
2016 – 100 anos da Coluna Prestes no Rio Grande do Norte.
O noventenário da Coluna Prestes não pode deixar de ser comemorado em nossas escolas. Em 2007 a Escola Estadual Coronel Fernandes e seus professores Luciano Pinheiro, Margarida Belo e Wilca Oliveira realizaram importante resgate por meio de um projeto intitulado A história e a cultura dos povos da Serra do Bom Jesus em que entrevistaram pessoas que presenciaram o fato, como o senhor Pedro Belo morador do sítio Tigre.
A proposta pedagógica do nosso Educandário Raízes do Saber busca inscrever a história local e regional na história nacional. Equivocadamente muitas escolas trabalham em separado, como se o que acontecesse no país não se refletisse no interior ou como se os acontecimentos do interior nordestino não fizessem parte da história do Brasil. Rememorar a passagem da Coluna Prestes em nossa região é inscrever a nossa história na memória dos brasileiros.
Autor – Ciro Leandro- Doutorando em Letras (UERN)

NO GINÁSIO COM D. IDELZUITE


             Quando não haviam escolas privadas em Pau dos Ferros, a Escola Estadual "4 de Setembro" era referência em qualidade no alto-oeste, principalmente quando dirigida pela fantástica máquina humana chamada Ildezuite Rêgo Magalhães.
               Graças a mão de ferro de D. Idelzuite e sua equipe, muitos ex alunos chegaram a ser médicos, engenheiros, advogados, professores, entre outras excelentes posições profissionais.
               No Ginásio como chamávamos, ninguém ultrapassava os portões sem fardamento completo. O fato de vir de tênis sem meias, já era motivo suficiente para ser barrado, e não adiantava chorar, a equipe gestora era irredutível.
               Às quintas feiras todos os alunos eram levados à quadra de esportes para cantar o hino nacional, com a mão no peito e tudo. E se por acaso algum engraçadinho se escondesse, era levado para cantar sozinho sob os olhares de censura da equipe nota 10.
                Lembro-me dos ensaios para o desfile cívico do 7 de setembro. Acordávamos às 4 e meia da manhã para ensaiarmos às 5 e às 7 já estar de volta à sala de aula. E por incrível que pareça nós adorávamos.
                E quem mantinha a ordem? As irmãs Rêgo; Socorro, Tércia e Fátima, além de Arlene. Era o equivalente à tropa de choque.
               Para equilibrar os ânimos, havia a porta da esperança, que atendia pelo nome de Nizária Lopes, sempre tranquila.
              Depois vieram os ventos da Democracia, os alunos ficaram com mais direitos do que os deveres e a escola pública ruiu.
              Tenho muito orgulho de ter estudado no 4 de Setembro e sou muito grato a todos os professores que me ensinaram, sou fã nº 1 de D. Ildezuite. Precisamos de alguém como ela.
              Saudades...
   Israel Vianney

OCORRÊNCIAS MARCANTES NA VIDA DO MUNICÍPIO II



       - Revolução do "Quebra-Quilos" - 1874 

                      A revolta ou insurreição do "Quebra-Quilos" foi uma decorrência do estado de insatisfação e ignorância generalizada a que foram levadas as massas incultas da região nordestina pela implantação do sistema métrico decimal cuja lei determinante fora aprovada desde 1862 e que só dez anos depois seria posta em execução. Ao repúdio contra o sistema métrico decimal se juntaria a onda de terror e arbitrariedades voltada contra o recrutamento militar que se processava sob os mais revoltantes critérios de favoritismo políticos e interesses escusos. Além da violência na distribuição dos pesos e medidas houve incêndios em arquivos de cartório, repartições públicas, depredações e demonstrações de hostilidade contra comerciantes, autoridades fiscais, etc. Na cidade de Pau dos Ferros (vila na época) não se registravam danos, depredações e outros atos de rebeldia. Porém, no então povoado de Vitória (hoje Marcelino Vieira), grupos de fanáticos e arruaceiros vindos da Paraíba cometeram toda a sorte de violências e arbitrariedades causando verdadeiro terror aos habitantes da pacata povoação. Cenas semelhantes haviam praticado em Luiz Gomes ferindo inclusive algumas pessoas que resistiram aos fanáticos. Vitória à época, pertencia ao município de Pau dos Ferros, o que justifica esse registro.
 Israel Vianney

NO MEU TEMPO ERA ASSIM !!!





 Fico estarrecido quando nos dias atuais alguém diz que não tem condições de estudar. As escolas públicas não exigem  fardamento (o que acho erradíssimo), existe o bolsa escola, existe o SISU, O ENEM, as provas agendadas para processos de aceleração, existe a famigerada dependência já nas escolas de segundo grau...enfim, toda a facilidade pra quem quer ou não estudar....já ia esquecendo, professor que reprovar aluno é quase linchado pela direção e supervisão, tornando tudo um belo carnaval...então já digo assim: SÓ NÃO ESTUDA QUEM NÃO QUER!!!!
 Na minha época de adolescente, em primeiro lugar,todo mundo só entrava fardado na escola pública, sem exceções. Depois, não havia kits escolares doados pelo prefeito ou pelo governador...tínhamos que comprar, fosse pobre ou não. Os livros do "ginásio" também eram comprados, ou então nos submetíamos a copiar tudo pelo livro do colega mais abastado. Trabalhos de casa feitos em folha de papel "amasso"(uma folha dupla pautada) também tinha que ser comprado, e até,pasmem, palitos de picolé para educação artística. Paralelo a isso, a farda da educação física, com calçado incluído. Só estudavam ricos?? NÃO! a maioria eram pessoas humildes, filhos de agricultores e outras profissões menos remuneradas...era ditadura militar e tudo mais, mas estudamos, aprendemos e nos formamos na escola pública....Hoje, tem que ir matricular menino em casa, tornar-se refém deles (os alunos) e no final das contas, aprender que é bom NADA!! Culpa repartida, escola flexível, pais desinteressados ...não vejo saída a curto prazo, me perdoem as utópicas que adoram estatísticas.
                                  ISRAEL  VIANNEY