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sábado, 26 de janeiro de 2013

O SHOW QUE O MUNDO NÃO VIU!



A preparação do show ' THIS IS IT ' está a todo vapor, estamos trabalhando muito para trazer à todo o público Pau-ferrense e de toda região uma reprodução fiel do que seria a última turnê do grande astro Michael Jackson. O show que estava sendo preparado pelo astro e sua equipe não pôde ser assistido pelo mundo, pois, devido sua morte esse sonho nunca se tornou realidade, sendo assim, a expectativa dos fãs, da imprensa, do público do mundo inteiro se transformou em curiosidade para saber como seria aquele show, como seria a volta de Michael Jackson aos palcos depois de 10 anos sem fazer uma turnê.

Diego Jackson - THIS IS IT ' O show que o mundo aguardava!', vai dar ao público a chance de assistir uma reprodução fiel do que seria o THIS IS IT, músicas, figurinos, coreografias, efeitos e tudo o que seria usado no show do próprio Michael Jackson vai ser visto nesse espetáculo.

AGUARDE-NOS!


Veja o trailer abaixo...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

DITADOS POPULARES E SEUS SIGNIFICADOS – SEGUNDO CASCUDO

Luís da Câmara Cascudo
Luís da Câmara Cascudo
Muitas vezes usamos certas expressões, mas não temos ideia do que elas significam.
São ditados ou termos populares que através dos anos permaneceram sempre iguais, significando exemplos morais, filosóficos e religiosos.
Tanto os provérbios quanto os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura.
Historiadores e escritores sempre tentaram descobrir a origem dessa riqueza cultural, mas essa tarefa nunca foi nada fácil.
O grande escritor Luís da Câmara Cascudo já dizia que: “os ditados populares sempre estiveram presentes ao longo de toda a História da humanidade”. No Brasil isso não é nenhuma novidade. Muitas vezes ocorrem expressões tão estranhas e sem sentido, mas que são muito importantes para a nossa cultura popular.
Veja aqui algumas dessas expressões ou ditados populares:
Bicho-de-sete-cabeças
Tem origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. A expressão ficou popularmente conhecida, no entanto, por representar a atitude exagerada de alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites à realização da tarefa, até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.
Com o rei na barriga
A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.
Ver (ou adivinhar) passarinho verde (MAS PODE SER AZUL, AMARELO, VERMELHO, ROXO E POR AÍ VAI!)
Significa estar apaixonado. O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde. Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim, o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância de um paizão ranzinza.
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Com a corda toda
Antigamente, os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se mexer. Ambos os mecanismos eram chamados de “corda”. Logo, quando se dava “corda” totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e frenética. Daí a origem da expressão.
Favas contadas
De acordo com Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa coisa certa, negócio seguro.
Orelha
Fazer ouvidos de mercador
Orlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão a atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.
Tapar o sol com a peneira
Peneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objecto é permeável à luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.
O pomo da discórdia
A lendária Guerra de Troia começou numa festa dos deuses do Olimpo: Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição “à mais bela”.
Como as três deusas mais poderosas: Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei de Troia  O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta.
A rainha fugiu com Páris para Tróia, os gregos marcharam contra os troianos e a famosa maçã passou a ser conhecida como “o pomo da discórdia” – que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.
Afogar o ganso
No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima. Daí a origem da expressão, que se refere a um homem que está precisando fazer sexo.
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Ave de mau agouro
Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças. O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Na antiga Roma, a predição dos bons ou maus acontecimentos (Avis spicium, em Latim) era feita através da leitura do vôo ou canto das aves. Os pássaros mais usado para isso eram a águia, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves.
Santa do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
Mais vale um pássaro na mão que dois voando
Significa que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo. É tradição de antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam voando e errar o alvo.
Apressado come cru
Quando não existia o forno microondas, era preciso muito tempo para a comida ficar pronta, ou então comê-la crua. Nessa época, a culinária japonesa ainda não estava na moda e comida crua era vista com maus olhos. Assim, a expressão passou a ser usada para significar afobamento, precipitação.
Chorar as pitangas
Pitangas são deliciosas frutinhas cultivadas e apreciadas em todo o país, especialmente nas regiões norte e nordeste do país. A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com lágrimas, vem do fato de os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas, quando se chora muito.
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Farinha do mesmo saco
“Homines sunt ejusdem farinae” esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.
Aquela que matou o guarda
Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro “Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes.
Sangria desatada
Diz-se de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.
Colocar panos quentes
Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos. Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre.
Cor de Burro quando foge - BRASIL ESCOLA
Cor de burro quando foge
A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem sentido porque, o burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase e “corra” acabou virando “cor”.
Pagar o pato
A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador (em um cavalo) deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era que pagava pelo animal sacrificado. Sendo assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem ter qualquer benefício em troca.
De pequenino é que se torce o pepino
Os agricultores que cultivam os pepinos precisam de dar a melhor forma a estas plantas. Retiram uns “olhinhos” para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira porque criam uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável. Assim como é necessário dar a melhor forma aos pepinos, também é preciso moldar o caráter das crianças o mais cedo possível.
Salvo pelo gongo
O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.Só que, às vezes, ao abrir os caixões,os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).
Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo. Atualmente, a expressão significa escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.
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Elefante branco
A expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos cortesões que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser posto a trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido. Matá-lo, então, nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao infeliz agraciado alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de todos esses cuidados e despesas. Daí o ditado significar algo que se tem ou que se construiu, mas que não serva para nada.
Comer com os olhos
Soberanos da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos. Hoje o ditado significa apreciar de longe, sem tocar.
Amigo da onça
Segundo estudiosos da língua portuguesa, este termo surgiu a partir de uma história curiosa. Conta-se que um caçador mentiroso, ao ser surpreendido, sem armas, por uma onça, deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado. Como quem o ouvia não acreditou, dizendo que , se assim fosse, ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se, afinal, o interlpcutor era seu amigo ou amigo da onça. Atualmente, o ditado significa amigo falso, hipócrita.
Estar com a corda no pescoço
O enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de morte. A metáfora nasceu de anistias ou comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco. Hoje, o ditado significa estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.
Como sardinha em lata
A palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha, conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão popular sardinha em lata para designar a superlotação de veículos de transporte público.
Pior-cego
O pior cego é o que não quer ver
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.
Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.
O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.
Andar à toa
Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama. Hoje, o ditado significa andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Casa de mãe Joana
Este dito popular tem origem na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”.
O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.
Onde judas perdeu as botas
Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore.
Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca as botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro.
A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos. Atualmente, o ditado significa lugar distante, inacessível.
Quem não tem cão caça com gato
Se você não pode fazer algo de uma maneira, se vira e faz de outra. Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.
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De pá virada
Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
A origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando ela está virada para baixo, é inútil não serve para nada. Hoje em dia, “pá virada” tem outro sentido. Refere-se a uma pessoa de maus instintos e criadora de casos ou a um aventureiro.
Deixar de Nhenhenhém
Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.
Estar de paquete
Situação das mulheres quando estão menstruadas. Paquete, já nos ensina o Aurélio, é um das denominações de navio. A partir de 1810, chegava um paquete mensalmente, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi até escrita uma “Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes”, referindo-se, é claro, aos navios mensais.
Pensando na morte da bezerra
Estar distante, pensativo, alheio a tudo.
Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar “pensando na morte da bezerra”. Consta que meses depois veio a falecer.
Não entender patavina
Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.
Jurar de pés junto
A expressão surgiu das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para confessar seus crimes.
Emanuele Filiberto di Savoia
Emanuele Filiberto di Savoia
Testa de ferro
O Duque Emanuele Filiberto di Savoia, conhecido como Testa di Ferro, foi rei de Chipre e Jerusalém. Mas tinha somente o título e nenhum poder verdadeiro. Daí a expressão ser atribuída a alguém que aparece como responsável por um por um negócio ou empresa sem que o seja efetivamente.
Erro crasso
Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes Triunviratos, tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os Partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um “erro crasso“.
Lágrimas de crocodilo
O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima. Daí a expressão significar choro fingido.
Fila indiana
Tem origem na forma de caminhar dos índios americanos, que, desse modo, encobriam as pegadas dos que iam na frente.
Passar a mão pela cabeça
Significa perdoar, e vem do costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronuncia a bênção.
Gatos pingados
Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo fervente em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos.
Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão “gatos pingados” passou a significar pequena assistência sem entusiasmo ou curiosidade para qualquer evento.
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Queimar as pestanas
Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.
Sem papas na língua
Significa ser franco, dizer o que sabe, sem rodeios. A expressão vem da frase castelhana “no tener pepitas em la lengua”. Pepitas, diminutivo de papas, são partículas que surgem na língua de algumas galinhas, é uma espécie de tumor que lhes obstrui o cacarejo. Quando não há pepitas (papas), a língua fica livre.
A toque de caixa
A caixa é o corpo oco do tambor que foi levado para a a Europa pelos árabes. Como os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os soldados marchavam a toque de caixa. Atualmente, refere-se a uma tarefa que se tem de fazer rapidamente, eventualmente a mando de alguém ou mesmo à força.
Maria vai com as outras
Dona Maria I, mãe de D. João VI (avó de D. Pedro I e bisavó de D. Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro . Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar: “Lá vai D. Maria com as outras”. Atualmente aplica-se a expressão a uma pessoa que não tem opinião e se deixa convencer com a maior facilidade.
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Fonte: CASCUDO, Luís da Câmara. Locuções Tradicionais no Brasil. São Paulo, Editora Global/2008.
Fonte internet – http://saibahistoria.blogspot.com.br/2010/07/blog-post.html

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

NOVIDADE EXCELENTE


  

   Ontem à tarde recebi o sr: Lyon que representa no Nordeste o projeto "Cinema no Brasil" ou "Telebrasil", financiado pelo Ministério da Cultura e Pela Caixa Econômica Federal. O objetivo é percorrer cidades onde não há salas de cinema (são muitas cidades) e montar uma estrutura semelhante, trazendo filmes nacionais para crianças e adultos. Em Pau dos Ferros, a estrutura, ou melhor, a mega estrutura, será montada na Praça de eventos N.Sra da Conceição nos dias 06 e 07 de Fevereiro. Entrada gratuita, duas sessões por noite, sendo a primeira a partir das 18:30. São 350 lugares por sessão. Agendem-se para levar a família inteira, depois publico os filmes que serão exibidos. Até breve!
                                   Vianney

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

FOTONOVELAS



           Fotonovelas são novelas em quadrinhos que utilizam, no lugar dos desenhosfotografias, de forma a contar, sequencialmente, uma história.
No Brasil, as fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos, entre os anos 1950 e 70, representando a ideia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional.

Fotonovela no Brasil

             A primeira revista de fotonovela publicada no Brasil foi "Encanto", pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só em seu nº 210, de 31/07/1951, publicou a primeira fotonovela, intitulada "O primeiro amor não morre". O primeiro número de "Capricho" circulou em 17/07/1952.
Nos anos 1970, mais de 20 revistas de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por várias editoras: BlochVecchi, Rio Gráfica, Abrile Prelúdio, sendo que, na época, ao contrário das demais editoras que importavam as fotonovelas da Itália, a Bloch produzia suas fotonovelas no Brasil, com a revista "Sétimo Céu".[1]
           Em pesquisa de 1974, as revistas de fotonovela só eram superadas, em venda, pelas revistas de quadrinhos infantis. A revista "Capricho", da Editora Abril, era na época a mais vendida (média quinzenal de 211.400 exemplares), perdendo apenas para "Pato Donald", "Mickey" e "Tio Patinhas" (cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares).[2]
           Em 1975, o Instituto Verificador de Circulação analisou a receptividade que as revistas de fotonovelas tinham em todo o país, na venda avulsa. A revista "Capricho" vendia quinzenalmente 273.050 exemplares, sendo que possuía, em todo o país, apenas três assinaturas.[3] Com fotonovelas italianas, "Capricho" também vendia em Portugal e colônias ultramarinas, num total de 11.186, com apenas um assinante, anônimo. Super Novelas Capricho, com circulação quinzenal, vendia 104.903 exemplares, com apenas dois assinantes no Brasil, "Ilusão" vendia quinzenalmente 108.319 exemplares, e "Noturno", com venda mensal de 72.007.

Características

      A fotonovela apresenta uma narrativa que utiliza em conjunto a fotografia e o texto verbal. Como nas histórias em quadrinhos desenhadas, cada quadrinho da sequência corresponde a uma cena da história, no caso, corresponde a uma fotografia acompanhada da mensagem textual.
   São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas, e algumas são divididas em capítulos que, geralmente, têm um desfecho próprio, uma espécie de cliffhanger, que cria suspense e curiosidade no leitor, levando-o a comprar a continuação.
   A característica principal das histórias é a intriga sentimental, geralmente apresentando uma heroína de origem humilde que luta por um amor difícil e complicado, alcançando seu objetivo de felicidade no final da narrativa. As personagens são pouco trabalhadas psicologicamente, com características maniqueístas e as consequências são sempre estereotipadas.
    Críticos e estudiosos consideraram a fotonovela, quase sempre, como um "subgênero da literatura".[4] Entre os anos 1967 e 1971, Angeluccia Bernardes Habert, como tese de doutoramento no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, pesquisou o campo das fotonovelas, resultando o "estudo de uma forma de literatura sentimental fabricada para milhões", subtítulo que deu à "Fotonovela e Indústria Cultural", editada pela Vozes (1973).[1]

Principais revistas de fotonovelas no Brasil

Atores brasileiros de fotonovelas

  • Rose di Angelis
  • Marie Luise Indrik
  • Elisângela

Atores italianos de fotonovelas

  • Franco Gasparri
  • Franco Dani
  • Franco Andrei
  • Michella Roc
  • Rosana Galli
  • Katiuscia
  • Marina Coffa
  • Sandro Moretti
  • Jean Mary Carletto
  • Claudia Rivelli
  • Adriana Rame
  • Claudio De Renzi
  • Gianni Vannicola
  • Alex Damiani
  • Sebastiano Somma(Chris Olsen)
  • Alessandro Inches
  • Franco Califano
  • Ornella Pacelli
  • Maurizio Vecchi
  • Gioia Scola
  • Barbara De Rossi
  • Francesca Dellera
  • Luc Merenda
  • Kirk Morris
  • Ivan Rassimov
  • Renato Cestiè
  • Pascal Persiano
  • Maura Magi
  • Luciano Francioli
  • Claudio Aliotti
  • Marina Santi
  • Gianfranco de Angeli
  • Francesca Rivelli (Ornella Muti)
  • Massimo Ciavarro
  • Antonio Migliacci
  • Emanuela Sala
  • Paola Pitti
  • Isabela Savonna
  • Maria Antonietta
  • Susie Sudlow
  • Isabela Ferrari
  • Simona Pelei
  • Max Delys
  • Anna Zoli
  • Raika Juri
  • Ricardo Bonacchi
  • Robert Gligorov
  • Wendy D`Olive
  • Mircha Carven
  • Christina Belfiore
  • Rosalba Grotessi

Referências

  1.  MILLARCH, Aramis. As Fotonovelas. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 10/02/1974
  2.  Idem, ibidem
  3.  MILLARCH, Aramis. Curitiba: Jornal Estado do Paraná, 15/03/75

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A FESTA DO ENCANTO- SÃO SEBASTIÃO

  

    

           Ontem, aconteceu a procissão de São Sebastião na cidadezinha linda de Encanto.Meus avós paternos e meu pai também são de lá. Desde criançinha,andei por aqueles lados e conheço muita coisa dali, às vezes até mais  do que alguns que por lá ainda moram.Em mais um dos meus surtos de saudosismo, lembrei de como eram famosas as festas de padroeiro: Festas com as melhores bandas da região,na prefeitura, no "barracão"ou mercado(demolido recentemente),a "discotech" de Manassés(estamos falando do final dos anos 1970 e início dos anos 1980) e muita, muita gente circulando pelo pequenino, mas aprazível centro da cidade. Podia cair o maior toró, faltar energia, mas a festa era garantida. Fui a diversas. Um grande diferencial da festa também, eram os fogos de artifício de "seu Chico Osório", que segundo alguns contemporâneos, foram destaque em matéria da rede globo nos anos 1980: Havia a bateria, o telegrama, após a procissão e inúmeras novidades em termos de foguetório à noite, dava para avistar a quilômetros dali.
 As famílias traicionais sempre simpáticos e receptivos, com as calçadas lotadas de pessoas conhecidas: O pessoal de seu Edson Apolônio, Os Fernandes, Os Marcelinos, Os sampaio, Os Chaves, o Pessoal de Seu Febrônio (ainda vivo com mais de 100 anos), a família "seu Osvaldo Januário"As tias maravilhosas Dedice, Margarida que nos recebiam com almoços espetaculares, era só alegria. A primarada torcendo para que não chovesse senão seriam proibidos de ir ao baile à noite: Madrinha Edna e Betinha cansaram de passar a noite chorando devido às primeiras chuvas(nessa época ainda chovia) e por isso os vestidos ficavam estáticos em cima da cama esperando a próxima oportunidade para aparecer. 
  Depois que minha família se desfez por uma série se motivos, nunca mais fui à festa do Encanto, Ontem pude ver uma pontinha de tristeza nos olhos de minha mãe, quando conversávamos sobre isso. Fazer o que??? Fica o registro e a saudade desses dias felizes.
                       Israel Vianney

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

TODOS OS VIVAS PRA ELE.



      Ontem em reunião na SEMECE-secretaria municipal de educação, cultura e desportos, o prefeito Fabrício Torquato, entre outras palavras,comunicou que no seu governo não permitirá desrespeito com funcionários , nem tampouco com os usuários dos serviços. Isso nunca foi uma constante, pois Leonardo sempre pautou também pelo respeito, mas havia uma senhora PHD em gestão e falta de ética que sempre burlava as normas e soltava a franga de vez em quando. vamos ver agora.

OS ANJOS PORNOGRÁFICOS: CASSANDRA RIOS E ADELAIDE CARRARO



  No país dos machões, na era dos Generais, as campeãs de vendagem de livros eram duas mulheres: Cassandra Rios e Adelaide Carraro.
  Cassandra, nascida Odete Rios Perez Gonzalez, numa família espanhola de São paulo, escrevia sobre lesbianismo, paixões proibidas, romances tórridos: Volúpia do pecado, Carne em delírio, A piranha Sagrada, entre dezenas de títulos. Mesmo com as mutilações da censura, vendia 300 mil cópias de cada livro. Vivia exclusivamente de direitos autorais.
  Sua principal rival era Adelaide Carraro(Dessa ainda tenho vários livros), que em 1974, se orgulhava de suas 18 passagens por delegacias diversas e das vendas astronômicas de seus livros- Eu e o Governador(que contava seu caso com Jânio Quadros) Submundo da sociedade, O estudante(sucesso\), entre dúzias de outros. 
  Era tão difícil conseguir livro das duas, porque a censura logo recolhia das bancas. Mesmo assim, pelas vias mais tortuosas ainda consegui ler e possuir vários deles. Os Pseudo intelectuais, diziam que aquilo era sub-literatura. Que nada! O que dizer de "50 tons de cinza"? "o Bom Crioulo"? e outras cositas que sempre são citadas nas rodas dos "sabidos".

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

DIEGO JACKSON - GENUINAMENTE PAU-FERRENSE


         Trecho do show de Diego Jackson. Breve faremos a gravação do DVD ao vivo. 
          Nossa próxima empreitada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Professora Suzana Marília

Por Carlos Sérgio Gurgel da Silva - Advogado e professor da UERN 
 
Recebi, com tristeza, a notícia do falecimento (em 03 de janeiro de 2013) de um dos maiores ícones do ambientalismo no Rio Grande do Norte, a professora (aposentada) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte no Campus de Pau dos Ferros (CAMEAM) Suzana Marília Leal.

A professora ou Dra. Suzana, como era popularmente conhecida na capital do alto-oeste potiguar, era uma pessoa com alto senso de responsabilidade social e ambiental. Mesmo diante de seu quadro de saúde, altamente debilitado após um acidente automobilístico ocorrido na década de 1970, que a deixou inválida para suas atividades laborais na UERN, sempre manteve acesa a chama da esperança da educação ambiental do povo do alto-oeste potiguar.

Através de seu esforço, e de alguns colaboradores, a professora Suzana conseguiu fazer uma Sala Verde, onde, frequentemente, proferia palestras ou convidava autoridades e estudiosos da problemática ambiental para ministrar conhecimentos sobre técnicas e práticas ligadas, direta ou indiretamente, à qualidade e à educação ambiental de jovens e adultos da cidade de Pau dos Ferros e de toda a região.

A professora Suzana foi uma das precursoras dos movimentos ambientais no Rio Grande do Norte, pois, desde que ensinava no campus da UERN em Pau dos Ferros, já ministrava seus conhecimentos sobre a defesa ambiental. Fundou, no ano de 1997, a ONG CEPEAM (Centro de Estudos e Pesquisa de Educação Ambiental Marília), apenas 5 (cinco) anos após a realização da 2ª Conferência da Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade no Rio de Janeiro, conhecida como RIO 92, momento em que começou a surgir um grande número de Organizações Não Governamentais, estrutura ainda pouco conhecida no Brasil até então.

A professora Suzana Leal, movida pelo espírito solidário em prol do meio ambiente ecologicamente equilibrado, transformou sua própria residência (com seu amplo terreno) no já referido Centro de Estudos. A garagem de sua casa foi coberta e transformada em sala verde, onde sua biblioteca particular transformou-se em biblioteca para acesso público. Sua sala de estar foi transformada em sala de estudos e pesquisa, com ambiente tranquilo para leitura e com computadores e impressoras para estudos e pesquisas. A professora Suzana se realizava quando via sua casa ocupada por pessoas interessadas em estudar. Era uma educadora nata.

Mas o Centro de Estudos e Pesquisas não se resumia a isto. A professora Suzana tinha uma horta no terreno adjacente a sua residência, onde plantava diversas hortaliças, nas quais nunca utilizava produtos químicos no processo de adubação, mas tão somente o adubo que produzia com a compostagem do lixo orgânico que produzia em sua casa. Sua residência era um grande laboratório de estudos e pesquisas ambientais. Seu senso de responsabilidade social não restringia sua atuação apenas à educação ambiental.

Neste sentido, a professora Suzana recebeu em sua horta (em sua residência), presos que ali trabalhavam para diminuir suas penas, funcionando muitas vezes como “colônia agrícola” já que o presídio da cidade de Pau dos Ferros, que fica próximo a sua residência, não dispõe desta estrutura.

Fiz este breve relato da atuação da Professora Suzana Marília Leal para que o Estado do Rio Grande do Norte tenha conhecimento do papel desempenhado por ela em prol de um ambiente com maior qualidade de vida, dedicando uma vida inteira em favor do próximo. À memória da profa. Suzana Marília Leal, fica esta homenagem de um de seus pupilos, que esteve em contato com ela durante o período em que residiu na cidade de Pau dos Ferros. O Rio Grande do Norte perde um dos ícones de seu movimento ambientalista: uma grande mulher.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

AGRADECENDO

   Como diz o meu amigo Lisboa Batista, "agradecer nunca é demais", e por isso estou aqui para agradecer aos amigos, autoridades, e à imprensa pela força no lançamento do livro "Entre letras, pincéis e panelas. Vale salientar, que graças a vocês, a primeira edição já tomou doril. Vamos mandar imprimir mais 200 exemplares. VALEU !
      Vianney

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Lançamento do Livro "Entre Letras, Pincéis e Panelas"

Fotos retiradas do site sorayavieira.com.br
















 Mais fotos AQUI

Morre o pau-ferrense, José Dantas, ministro aposentado do STJ



José Fernandes Dantas faleceu na manhã deste sábado, 05, em Brasília, aos 84 nos. Ele deixa a esposa Cleomar Cavalcanti Dantas e os filhos José Filho, Gustavo Dantas, Vera Cecília e Fábio Henrique. O corpo de José Dantas está sendo velado no Auditório Externo do STJ, onde ficará até as 23h e será cremado em cerimônia perante a família.

José Dantas, que é irmão do padre Sátiro Fernandes, nasceu em Pau dos Ferros-RN, em 1928, e iniciou sua carreira como promotor de justiça do estado. Antes de ser nomeado ministro do STJ, passou pelo Ministério Público do Distrito Federal e Ministério Público Federal.

O ministro se aposentou em 1998, depois de 22 anos dedicados ao Tribunal, ao qual integrava desde o extinto Tribunal Regional Federal. Ele era conhecido como um exemplo de imparcialidade nas suas decisões. Um testemunho vivo de integridade e honestidade para a Justiça brasileira.

Ainda que apenas em 1976 assumisse a função de magistrado, sua contribuição para a Justiça brasileira começou em 1955, quando tomou posse como promotor de justiça efetivo, em sua terra natal. Deixava de ser fiscal da lei para ser um agente de promoção da justiça.

Respeitado entre seus pares, José Dantas era um líder nato. Equilibrado e ponderado, foi uma importante liderança na Casa. A sua afabilidade e tranquilidade eram reconhecidas por todos. Era um ministro cioso de seu papel, que desempenhou com maestria e competência, deixando o gabinete sem nenhum processo para o seu sucessor.

Vocacionado, o ministro reconhecia os problemas que acabavam diminuindo a confiança da população na resolução dos conflitos pelo Judiciário. Acreditava, no entanto, na importância do papel da imprensa, como forma de contribuir para melhorar o acesso do cidadão à Justiça, informando de forma correta as questões relativas ao Judiciário. Quando de sua aposentadoria, indagado sobre a carreira que escolheu, o ministro não vacilou: ”Faria exatamente o que fiz”.

Entre os inúmeros julgamentos importantes de que participou está o processo contra o ex-presidente Fernando Collor, que ficou empatado no Supremo Tribunal Federal. Junto com os ministros Torreão Braz e William Patterson, o ministro José Dantas confirmou a cassação dos direitos políticos de Collor.

                                                                                         Matéria retirada do Blog do Capote.