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quinta-feira, 31 de maio de 2012

DESCULPE-ME PLEASE!

SÁBADO, O NOSSO QUERIDO AMIGO E MÃO DIREITA GENARIO ANIVERSARIOU. NOSSOS PARABÉNS COM ATRASOS....LOGO,LOGO IREMOS COMEMORAR, PODE TER CERTEZA!
 VIANNEY

Calendário do Festival de Quadrilhas Juninas



PAU DOS FERROS CIDADE DO FORRÓ
IV FESTIVAL DE QUADRILHAS


26 DE JUNHO MATUTAS  TRADICIONAIS
19 : 30 m   Abertura com a Quadrilha Tradição Junina  de Pau dos Ferros
20 h Pronunciamento do Exmo. Prefeito Leonardo Nunes Rego
20 : 10 m Inici0 do Festival

·         Arraia São João / Areia Branca - RN
·         Arraia Amigos da Serra / São Miguel -RN
·         Grupo Cultural Arraia da da Juventude / Portalegre -RN
·         Renascer do Sertão / Apodi- RN
·         Arraia do Mazzaropi / Pau dos Ferros -RN
·         Nova Raiz / Frutuoso Gomes - RN
·         Arraia de Seu Raimundo / Rafael – RN
·         Quadrilha Junina do Balakubaco / Apodi – RN
·         Matutos do Sertão / Rodolfo Fernandes – RN
·         São João Batista / Pau dos Ferros - RN
·         Arraia da Pimenta / Ipanguaçu - RN
.junina só da boa/ Mossoró-rn



OBS. A ORDEM DE APRESENTAÇÃO SERÁ DEFINIDA APÓS O SORTEIO ÀS 19h.



 

PAU DOS FERROS CIDADE DO FORRÓ
IV FESTIVAL DE QUADRILHAS


 27/06 QUADRILHAS ESTILIZADAS

19h  SORTEIO

19: 10m INICIO DO FESTIVAL

·         Cia Cultural Canoa Veloz / Icapuí – RN
·         Mocidade Junina / Severiano Mello – RN
·         Cia Junina Juventude Nordestina / Olho D’Agua  dos Borges – RN
·         Cia Junina Lume da Fogueira /  Mossoró – RN
·         Arraia do Quebra-Quebra / Umarizal – RN
·         Arraia da Sinhá /  Luis Gomes –RN



28/06 QUADRILHAS ESTILIZADAS

19h  SORTEIO

19: 10m Abertura com a Quadrilha Tradição Junina  de Pau dos Ferros

19: 40m INICIO DO FESTIVAL


·         Nação Junina / Olho D’Agua dos Borges – RN
·         Origem da Serra / Martins - RN
·         Arraia  Mandacaru do Sertão / Major Sales – RN
·         Arraia Balão Dourado / Natal – RN
·         Arraia Riacho da Cruz / Riacho da Cruz - RN



OBS. A ORDEM DE APRESENTAÇÃO SERÁ DEFINIDA APÓS O SORTEIO ÀS 19h.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eleição das pedras por Manoel Cavalcante, Poeta Pauferrense


Eleição das pedras
A Eleição das Pedras foi um episódio cômico (se não fosse trágico) que ocorrera no ano de 1873 na província pauferrense. Duas famílias se revesavam no poder (Rêgos e Fernandes), mas na vigência deste episódio, os Fernandes estavam comandando a cidade. Assim, o poeta pauferrense Manoel Cavalcante, que está escrevendo a história de Pau dos Ferros em versos, imortalizou esse acontecimento emblemático. Confiram:



Entre Um-Oito-Meia-Cinco
E Um-Oito-Sete-Dois
Os Fernandes comandaram
O poder com os complôs
Sendo que um fato importante
Num inusitado instante
Ocorreria depois.

Lá pelo mês de Outubro
Do último ano citado,
Foi feita uma eleição,
Mas de modo mascarado,
Marcada pelos Fernandes
E desdobramentos grandes
Pelo instante foi marcado.

Dizem que por quinze dias
Vieram os eleitores
Para eleger os juízes
Da Paz e vereadores,
Mas talvez por safadagem
Não fizeram a contagem,
O que causou mil tremores!

Por que os Rêgos fizeram
Em reação natural
Outra eleição presidida
Por um juiz parcial
E a igreja da matriz
Neste momento infeliz
Se fez de palco e local.

Os Fernandes protestaram
Por essa suja conduta,
Alegando que o juiz
Mesmo na sua labuta
Não detinha competência
E assim, se teve ciência
Que houve uma grande luta.

A luta foi duradoura
E como a história diz,
As pedras foram as armas
Que no momento infeliz,
Causou muitos alaridos
Deixando muitos feridos
E marcas pela matriz.

Contam que lá, nesse dia,
Foi pedra pra todo canto,
Foi pedra no pé-do-ouvido
Foi pedra no pé do santo,
Porém a história não mente
Embora que atualmente
Isso cause até espanto.

Os Fernandes, no entanto,
Para vencer não pararam.
E uma nova Junta eles
Na câmara realizaram
E essa Junta por sinal
Tinha cunho eleitoral,
Mas os Rêgos não gostaram.

E enfim a Câmara fez
Uma esperada sessão
Tomando-se uma conduta
Formando uma decisão,
Só aumentando a peleja
Pois a eleição da Igreja
Teve óbvia anulação.

Foi por unanimidade
Essa eleição anulada,
Pois pelos Fernandes era
A Câmara comandada
E essa eleição da Matriz
Como a própria rima diz
Pelos Rêgos foi formada.

Relata-se que essa eleição
Para os Rêgos valeu ouro,
Pois foram terminar ela
Dentro de um chapéu de couro
Enganando alguns devotos,
Pegando os últimos votos
Lá no sítio logradouro.

E tiveram tanta sorte
Que o poder superior
Ao equivalente ao governo
Do Estado, com vigor,
Decretou por ter apegos
Que essa eleição dos Rêgos
Era a que tinha valor.

A 27 de Outubro
De Um-Oito-Sete-Três,
Por aviso do ministro
Selou-se com altivez
Todo este grande mistério,
E o governo do império
Sacramentou de uma vez.

Como a Eleição das Pedras,
Ela ficou conhecida,
Findou com este decreto
Dando a cidade outra vida,
Porque consequentemente
A cidade novamente
Aos Rêgos foi cedida.

terça-feira, 29 de maio de 2012

POLÊMICAS SOBRE A "MISS"


 Sábado na Festa dos destaques, foi apresentada à sociedade Pau-ferrense uma moça da agência Tráfego models como Miss Pau dos ferros 2012. Logo em seguida, choveram telefonemas e e-mails me perguntando detalhes da escolha da moça, por que a miss 2011 não passou a faixa, entre outras coisas... Minha resposta foi: Não tenho nada a ver com isso.
  Todo ano eu me envolvia com as candidatas do município, mas no ano passado o resultado ficou muito nebuloso, explico: Nossa candidata Ana Claudia Fidias, era a mais bem votada pela pesquisa on line e uma das mais bem cotadas pela mídia e no dia do concurso não apareceu nem entre as 5 finalistas... Peraí... alguma coisa não estava certa. Optamos por não mandar candidata esse ano, pois é muito grande a energia e o empenho que desprendemos (principalmente eu e Emília Suzana) para que tudo saia da melhor maneira possível. Sinceramente sinto um grande cheiro de Jogo de cartas marcadas... e enquanto assim for, não mandaremos candidatas eleitas no município. Quanto à garota apresentada no sábado, não conheço, não participei da escolha e creio que  quem sabe dar detalhes do acontecido é o sr George Azevedo, Coordenador do concurso no Estado ou Lisboa Batista, organizador da festa dos destaques.
    Vianney

quinta-feira, 24 de maio de 2012

UM ARTISTA DO PINCEL E DO BISTURI, ENÓLOGO... ESSE CARA É TUDO DE BOM!!


Obras do paraibano, mas pau-ferrense de coração, Etelanio Vieira. Depois trago o perfil completo, por enquanto... BABEM!!!

A luta contra o problema secular



Seca, fome e saques são partes inseparáveis da história do Nordeste há praticamente três séculos. Em 1724, o capitão-mor da Província da Paraíba, João de Abreu Castelo Branco, escreveu ao rei de Portugal, dom João V, pedindo ajuda para enfrentar a seca que havia provocado uma onda de saques. O monarca respondeu afirmando que a ajuda seria inútil. "A causa da indigência e da miséria desses povos é a ociosidade ou a preguiça dos moradores", escreveu. A maneira de ver o problema mudou, mas poucas vezes os governantes chegaram a enfrentá-lo. Em 1877, durante uma das piores estiagens da história, metade da população de Fortaleza, na época em torno de 120.000 pessoas, morreu em conseqüência da fome e das doenças trazidas pelos retirantes. O imperador dom Pedro II, comovido, chorou com a notícia e prometeu vender "até a última jóia da coroa" para resolver o problema. Nomeou uma comissão para tratar do assunto. Das recomendações dos peritos, que incluíam da distribuição de terras à construção de ferrovias, a única que saiu do papel foi um açude.
No século XX, os governos militares foram os que mais se preocuparam com a seca. O presidente Emílio Medici fez uma visita de três dias ao sertão, em 1970, e voltou prometendo um pacote de medidas. Mas, segundo os especialistas, o que mais contribuiu para reduzir a catástrofe foi simplesmente a migração. Nos últimos vinte anos, a população na área mais atingida pelas secas caiu pela metade, diminuindo o número de flagelados em potencial. Até por isso, a seca nordestina não se equipara a outras grandes catástrofes da fome. Na Irlanda, no século passado, uma praga nas plantações de batata provocou uma grande fome que matou 1 milhão de pessoas e forçou outro milhão a emigrar. Na Etiópia, 7 milhões de pessoas morreram em 1984 por causa da fome provocada pela seca e alimentada pela guerra civil. O que esses fenômenos têm em comum é que todos são iniciados por uma catástrofe da natureza e agravados pela omissão humana.

(Revista veja de 05/05/1998)





A SECA DE 1970: IMPRESSÕES PESSOAIS.


Muito se comenta sobre a seca de 1970, coincidentemente foi o ano em que nasci(será que por isso sou tão magro?).Nesse ano aconteceu uma das maiores migrações de nordestinos rumo ao sudeste, principalmente para são paulo. Em algumas comunidades de nossa região, pessoas chegaram a comer "palmatória"(um parente próximo do cacto.).
Enquanto muita gente agonizava, na minha casa a situação era inversa: Foi o ano em que meu pai mais ganhou dinheiro. Como ele era o único fotógrafo da região com laboratório próprio, teve de se desdobrar para atender à enorme demanda de "Cassacos"(pessoas alistadas nas frentes de trabalho/emergência) que seriam fotografados para preencher a ficha cadastral. Em alguns dias foram fotografadas mais de 600 pessoas, inclusive em cidade do estado vizinho do ceará, como Ererê e Iracema. Com uma máquina na mão e vários rolos de filme preto e branco, papai comprou um fusca do ano e uma grande propriedade rural.

QUE IRONIA!!!!


Por Israel Vianney

A falência múltipla dos órgãos públicos



Por Arnaldo Jabor

Os corruptos ajudam-nos a descobrir o País. Há sete anos, Roberto Jefferson nos abriu a cortina do mensalão. Agora, com a dupla personalidade de Demóstenes Torres, descortinamos rios e florestas e a imensa paisagem de Cachoeira. Jefferson teve uma importância ideológica.

Cachoeira é uma inovação sociológica. Cachoeira é uma aula magna de ciência política sobre o Sistema do País. Vamos aprender muito com essa crise. É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras, de palavras que eclodiram diante de nossos olhos nas últimas semanas. Meu Deus, que riqueza, que profusão de cores e ritmos em nossa consciência política! Que fartura de novidades da sordidez social, tão fecunda quanto a beleza de nossas matas, cachoeiras, várzeas e flores.

Roberto Jefferson denunciou os bolchevistas no poder, os corruptos que roubavam por "bons motivos", pelo "bem do povo", na base dos "fins que justificam os meios". E, assim, defenestrou a gangue de netinhos de Lenin que cercavam o Lula que, com sua imensa sorte, se livrou dos mandachuvas que o dominavam. Cachoeira é uma alegoria viva do patrimonialismo, a desgraça secular que devasta a história de nosso País. Sarney também seria 'didático', mas nada gruda nele, em seu terno de 'teflon'; no entanto, quem estudasse sua vida entenderia o retrato perfeito do atraso brasileiro dos últimos 50 anos.

Cachoeira é a verdade brasileira explícita, é o retrato do adultério permanente entre a coisa pública e privada, aperfeiçoado nos últimos dez anos, graças à maior invenção de Lula: a 'ingovernabilidade'.

Cachoeira é um acidente que rompeu a lisa aparência da 'normalidade' oficial do País. Sempre soubemos que os negócios entre governo e iniciativa privada vêm envenenados pelas eternas malandragens: invenção de despesas inúteis (como as lanchas do Ministério da Pesca), superfaturamento de compras, divisão de propinas, enfrentamento descarado de flagrantes, porque perder a dignidade vale a pena, se a grana for boa, cabeça erguida negando tudo, uns meses de humilhações ignoradas pelo cinismo e pela confiança de que a Justiça cega, surda e muda vai salvá-los. De resto, com a grana na 'cumbuca', as feridas cicatrizam logo.

O governo do PT desmoralizou o escândalo e Cachoeira é o monumento que Lula esculpiu. Lula inventou a ingovernabilidade em seu proveito pessoal. Não foi nem por estratégia política por um fim 'maior' - foi só para ele.

Achávamos a corrupção uma exceção, um pecado, mas hoje vemos que o PT transformou a corrupção em uma forma de governo, em um instrumento de trabalho. A corrupção pública e a privada é muito mais grave e lesiva que o tráfico de drogas.

Lula teve a esperteza de usar nossa anomalia secular em projeto de governo. Essa foi a realização mais profunda do governo Lula: o escancaramento didático do patrimonialismo burguês e o desenho de um novo e 'peronista' patrimonialismo de Estado.

Quando o paladino da moralidade Demóstenes ficou nu, foi uma mão na roda para dezenas de ladrões que moram no Congresso: "Se ele também rouba, vamos usá-lo como um Omo, um sabão em pó para nos lavar, vamos nos esconder atrás dele, vamos expor nosso escândalo por seu comportamento e, assim, seremos esquecidos!"

Os maiores assaltantes se horrorizaram, com boquinha de nojo e olhos em alvo: "Meu Deus... como ele pôde fazer isso?..."

Usam-no como um oportuno bode expiatório, mas ele é mais um 'boi de piranha' tardio, que vai na frente para a boiada se lavar atrás.

Demóstenes foi uma isca. O PT inventou a isca e foi o primeiro a mordê-la. "Otimo!" - berrou o famoso estalinista Rui Falcão - "Agora vamos revelar a farsa do mensalão!" - no mesmo tom em que o assassino iraniano disse que não houve holocausto. "Não houve o mensalão; foi a mídia que inventou, porque está comprada pela oposição!" Os neototalitários não desistem da repressão à imprensa democrática...

E foi o Lula que estimulou a CPI, mesmo prejudicando o governo de Dilma, que ele usa como faxineira também das performances midiáticas que cometeu em seu governo. Dilma está aborrecida. Ela não concorda que as investigações possam servir para que o Partido se vingue dos meios de comunicação e não quer paralisar o Congresso. Mas Lula não liga. "Ela que se vire..." - ele pensa em seu egoísmo, secretamente, até querendo que ela se dane, para ele voltar em 14. Agora, todo mundo está com medo, além da presidente. O PT está receoso - talvez vagamente arrependido. Pode voltar tudo: aloprados, caixas 2 falsas, a volta de Jefferson, Celso Daniel, tantas coisinhas miúdas... A CPI é um poço sem fundo. O PMDB, liderado pelo comandante do atraso Sarney, também está com medo. A velha raposa foi contra, pois sabe que merda não tem bússola e pode espirrar neles. Vejam o pânico de presidir o Conselho de Ética, conselho que tem membros com graves problema na Justiça. Se bem que é maravilhoso o povo saber que Renan, Juca, Humberto Alves, Gim Argello, Collor serão os 'catões', os puros defensores da decência... Não é sublime tudo isso? Nunca antes, em nossa história, alianças tão espúrias tiveram o condão de nos ensinar tanto sobre o Brasil. A cada dia nos tornamos mais sábios, mais cultos sobre essa grande chácara de oligarquias. E eu estou otimista. Acho que tudo que ocorre vai nos ensinar muito. Há qualquer coisa de novo nessa imundície. O mundo atual demanda um pouco mais de decência política. Cachoeira, Jefferson, Durval Barbosa nos ensinam muito. Estamos progredindo, pois aparece mais a secular engrenagem latrinária que funciona abaixo dos esgotos da pátria. A verdade está nos intestinos da política.

Mas, o País é tão frágil, tão dependente de acasos, que vivemos com o suspense do julgamento do mensalão pelo STF.

Se o ministro Ricardo Lewandowski não terminar sua lenta leitura do processo, nada acontecerá e a Justiça estará desmoralizada para sempre.

terça-feira, 22 de maio de 2012

FELICIDADES PARA ESSE CASAL NOTA 10

Foi com muito prazer que recebi o convite de casamento da minha amada amiga Nelia. O enlace acontecerá dia 12 de junho. Data bem sugestiva.....Felicidades antecipadas
                          Vianney

sexta-feira, 18 de maio de 2012

AI QUE DECILIA!!!!!!


MAIS UMA DIVA QUE SE FOI.

  Ontem o mundo acordou mais triste com a notícia da morte da cantora Donna Summer. Uma das grandes divas da era Disco, emplacou muitos sucessos requebrantes mundo afora. Deu auge aconteceu no final da década de 1970 e meados dos anos 80.
  Quem não dançou ao som de "I feel love", "On the radio" e "Last Dance"?
  A cantora morreu vítima de um câncer que tratava em segredo, estava com 63 anos de idade. Que praga é essa no meio musical???Recentemente  foram Amy winehouse e whitney Houstom....que horror!!!
   Vejam esse vídeo e matem as saudades de uma época maravilhosa.
   Beijos e bom final de semana!!!!
                      Vianney


RESULTADO DA PESQUISA – PROFISSIONAIS DO ANO 12ª EDIÇÃO DA FESTA DOS DESTAQUES


PROMOÇÃO: COLUNISTA LISBOA BATISTA – JORNAL DE FATO

01 – Advogado – FRED FILGUEIRA DE QUEIROZ
02 – Administrador Público – LEONARDO REGO
03 – Assistente Social – EGLAND DE OLIVEIRA
04 – Bancário – VERA LUCIA DIAS DE ARAUJO
05 – Bioquímico – VALDENIO FRANCISCO LOBO
06 – Cabeleireiro – VAL CARVALHO
07 – Casal atuante – ANCHIETA RAULINO/GENIZA LIMA
08 – Contador – AGOSTINHO SIMÃO
09 – Diretor de Escola Pública – ELIGILDA DUTRA
10 – Educador Físico/Academia – JEFFERSON HENRIQUE/AGITA PDF
11 – Empresária de Moda – MARILAC SOUZA
12 – Empresário que contribui para o crescimento da cidade – PAULO ROBERTO GOMES
13 – Enfermeiro – GILSON REGO
14 – Engenheiro – ERLANDO LOPES HOLANDA
15 – Fisioterapeuta – NAPOLEÃO DIÓGENES NETO
16 – Fonoaudiólogo – ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
17 – Frentista – ROSEANE QUEIROZ
18 – Garçom – JOSE EUDES LOPES
19 – Jovem atuante – EDSON REGO
20 – Manicure – ALINE GURGEL
21 – Médico – FRANCISCO FIGUEIREDO
22 – Mulher empreendedora – ANDREA FILGUEIRA
23 – Nutricionista – ROSIMAR GARCIA FONTES
24 – Odontólogo – AIRTON LOPES
25 – Policial Militar – CABO REZENDE
26 – Professor – JACICLEUMA LIMA
27 – Radialista – BARBOSA FREITAS
28 – Secretário Municipal – FABRICIO TORQUATO
29 – Vendedor/Balconista – FABIANA MARIA DE SOUZA
30 – Vereador – ZÉLIA MARIA LEITE


Pau dos Ferros, 15/05/2012.
LISBOA BATISTA

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Clipe de Alexandre Pires não é racista, mas apenas uma merda ridícula

Por Regis Tadeu | Na Mira do Regis – sex, 11 de mai de 2012 16:03 


Vivemos uma época tão nojenta na valorização do politicamente correto que resolvi protestar contra este excesso de moralismo tacanho logo no título deste texto. É só marcar minha posição perante este maremoto de intolerância para qualquer coisa que, teoricamente, venha a ofender as sensibilidades mais medíocres da população em geral.
A recente polêmica causada pelo pavoroso clipe de "Kong", do apatetado Alexandre Pires, é mais um pequeno mato na imensa floresta de besteiras que vemos/ouvimos/presenciamos todo santo dia. Eu mesmo fui autorizado pelo SBT e pelo Raul Gil a participar do programa Manhã Maior, na Rede TV, para falar a respeito do assunto — veja aqui e aqui.
O simples fato de pensarmos na possibilidade de um cantor negro cometer uma música racista contra uma sociedade inteira que apresenta a mesma cor de pele por si só já é motivo de gargalhadas. Pensar que isto vai provocar algum tipo de conscientização é algo que beira as raias do absurdo.
Não é possível que os nobres integrantes do Ministério Público não tenham mais o que fazer neste imenso País cheio de problemas causados pela corrupção desenfreada e pela injustiça social do que cismar com um clipe ridículo, que contem uma música pior ainda e um monte de gente — incluindo o "arroz de festa" Neymar e nauseante Mr. Catra - provocando vergonha alheia em grau "master".
Mas isto é apenas um reflexo desta onda de "bom mocismo moral" que permeia todos os escalões da nossa sociedade. Seguramente vivemos em tempos que muita gente fecha os olhos para indecências genuínas — vide os reality shows da vida, a miséria da "Cracolândia" e a corrupção que permeia todos os escalões de nossos governantes - e inicia uma gritaria insana e delirante quando uma circunstância esdrúxula vem à tona na TV ou mesmo na internet, como é o caso deste clipe horroroso do Alexandre Pires.
Faço questão de abordar este assunto porque temo que tudo isto seja uma espiral de falso moralismo que, se não for brecada, vai fazer com que a gente deságue em uma total falta de controle a respeito do que é certo e errado, com o surgimento de regras e leis absurdas a regulamentar nossas atitudes e opiniões mais comuns.
Quando funcionários de um governo jogam o bom senso na lata do lixo e tratam de colocar para fora suas doideiras e perversões pessoais, além de uma incrível vontade de aparecer aos holofotes da mídia, algo está muito errado com este País, não?
Pense nisto...

Traição e morte dentro do cangaço


Zé Baiano
Consta da história que o sanguinário e impiedoso cangaceiro Zé Baiano, chefe de um dos grupos de Lampião, atuava principalmente na região de Frei Paulo e adjacências, no nosso querido Estado de Sergipe, inclusive era um rico bandido que tinha a audácia de também ser um forte agiota, emprestando dinheiro a juros exorbitantes para fazendeiros e comerciantes daquelas cercanias.
Mulher ferrada por Zé Baiano

O famoso bandoleiro ferrador Zé Baiano, apesar da sua feiúra em todos os sentidos, tinha o privilégio de ter como companheira a mais linda e atraente das cangaceiras, Lídia. Contaram os remanescentes do cangaço, mais de perto os então cangaceiros sobreviventes e alguns ex-coiteiros e protetores de Lampião, que a linda Lídia era daquelas mulheres de “fechar quarteirão”, de deixar todos os cabras-machos “babando” de desejo, principalmente quando se apresentava saindo dos rios ou lagoas em vestido molhado e colado ao seu estrutural corpo. Diziam ser um verdadeiro deslumbre de se ver a cangaceira Lídia no seu andar provocante, mas infelizmente não há uma fotografia dela sequer para assim comprovar tal beleza.
Por isso era admirada e desejada por todos os cangaceiros, mas ninguém se atrevia a dar uma “cantada” na moça, até porque, apesar de todos ali serem bandidos perigosos, havia muito respeito dentro do acampamento. Essa era uma das regras impostas e prova inconteste da liderança e comando de Lampião, ou seja, exigia o chefe, acima de tudo, que todos se respeitassem mutuamente e que só houvesse sexo entre os casais devidamente conquistados e efetivados. Além disso tudo, o próprio Zé Baiano, pela sua crueldade, era dos mais respeitados dentro do bando e mais ainda fora do acampamento, onde quer que chegasse. O seu nome fazia arrepiar e tremer de medo qualquer um, talvez até mais do que o próprio Lampião que era bem mais complacente. Um temível cangaceiro acostumado a ferrar mulheres com ferro em brasa com as iniciais JB nos seus rostos, virilhas ou nádegas somente pelo simples fato delas usarem cabelos curtos, maquiagens ou roupas decotadas. Enfim, um psicopata impiedoso, ignorante em todos os sentidos que matava, estuprava, roubava e torturava as suas vítimas sem dó ou piedade.
Ocorre, porém, que o desejo da carne terminou sobrepondo todos os perigos possíveis e assim a linda cangaceira Lídia terminou por ceder ou mesmo procurou os encantos do cangaceiro conhecido por Bem-te-vi e com ele passou a cometer adultério em eloquentes e quentes encontros sexuais dentro do mato quando da ausência de Zé Baiano no acampamento. No entanto, o cangaceiro Besouro que também já estava de olho em Lídia há algum tempo e até desconfiado que ela traia Zé Baiano com o Bem-te-vi, certo dia seguiu os dois quando eles entraram disfarçadamente mato adentro, pegando-os em flagrante na hora do ardente sexo. Daí fez uma proposta para a Lídia que se ela também mantivesse relações sexuais com ele, o segredo ficaria somente entre os três, caso contrário ele contaria tudo a Zé Baiano. Indignada, a corajosa Lídia retrucou agressivamente com palavras de baixo calão o cangaceiro Besouro e sua indecente chantagem.
Então, naquela mesma noite, quando todos estavam reunidos em volta a uma fogueira, contando e recontando as diversas histórias de Trancoso, histórias de assombração, histórias de botijas e histórias diversas das guerras do cangaço, o bandido flagranteador Besouro provocou a Lídia que apesar de tudo não arrefeceu mostrando força, coragem e determinação mesmo sabendo que tal gesto poderia valer a sua própria vida.
Presentes estavam os maiorais do cangaço que “lavaram as suas mãos” sem interferirem na decisão, a exemplo do supremo chefe Lampião e de outros da sua inteira confiança como Corisco, Luís Pedro, Moreno, Virginio e Labareda, além do próprio traído, cangaceiro Zé Baiano. Corajosa, afoita, determinada, atrevida no atrevimento suicida das mulheres decididas da época e até mesmo inconsequente para o momento, Lídia repeliu o seu companheiro surpreso e enlouquecido de raiva e ódio, Zé Baiano, exclamando em alto e bom som: Estive com ele, sim!... Que tem isso?... O que é meu eu dou a quem quero!...
Enlouquecido em místico de vergonha, raiva, ódio e desespero ao mesmo tempo, Zé Baiano arrastou Lídia até uma árvore ali perto e após amarrá-la, matou-a impiedosamente a cacetadas e depois chorou copiosamente a perda do seu grande amor, enterrando o seu tão desfigurado corpo do que antes tinha sido uma linda mulher. Para ele a sua honra fora lavada com o sangue da traidora. A partir de então Zé Baiano que já era malvado ficou ainda pior, principalmente contra as mulheres.
Já o cangaceiro delator, Besouro, foi morto ali mesmo por ordem de Lampião no momento em que Lídia disse que ele assim tinha denunciado o fato em contrapartida dela não ter aceitado também transar com ele. Por sua vez, o cangaceiro Bem-te-vi logo no início da conversa, de um pulo, tratou de fugir na escuridão, mato adentro em desabalada carreira para nunca mais se ter notícias dele.
Era um tempo atroz em que não se aceitavam traições femininas em hipótese alguma e quem assim se atrevesse a contrariar as regras pagava com a sua própria vida.

Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe)

DIA DAS MÃES: UMA HISTÓRIA DIFERENTE


  Não iria postar nada referente ao dia dos mães por uma série de motivos, massss... algumas pessoas ligaram e passaram e-mails e aqui estou eu um dia depois para contar uma história tragicômica para vocês.
  Sou o filho mais velho de uma prole de três, sempre fui apegadíssimo à minha mãe e ela sempre retribuiu a altura, Meu maior medo é um dia perdê-la. Meu trauma começou Quando eu era criança, há muitos anos antes de cristo. costumava ir ao cinema toda semana.Um dos grandes sucessos da época era o filme "Coração de Luto" com  Teixerinha e Mary Terezinha, um dramalhão sem limites em que o filho perdia a mãe queimada numa fogueira. Apesar da fila dobrar quarteirão, me senti tão apavorado com a história que me evadi no meio da exibição e disparei pra casa pros braços da mamãe. Depois, no dia das mães, o rádio executava  um milhão de vezes a horrorosa "minha mãe minha heroína" e eu ficava em pânico pensando na possibilidade de perdê-la. Há dois anos, perdi minha única irmã que deixou órfão um lindo garoto de sete anos e no dia das mães o nosso primeiro programa é visitar o túmulo da mesma. Precisa  dizer mais alguma coisa??????? Mas as pessoas felizes não têm culpa do meu drama e para elas vai o meu FELIZ DIA DAS MÃES!

                             Israel Vianney

quinta-feira, 10 de maio de 2012

vitrine cultural 2012

  Atenção Artistas,quarta-feira às  9hs no auditório da SEMECE acontecerá uma reunião para tratarmos do projeto Vitrine Cultural 2012. 
     Apareçam!
  Vianney

quarta-feira, 9 de maio de 2012

FESTA DOS DESTAQUES 2012

 Foto Toinho Dutra
          A Festa dos Destaques do colunista Lisboa Batista acontecerá dia 26 de maio nos salões da AABB .
                  A novidade é que esse ano a votação acontece Online no site http://lisboabatista.com.br/site/index.php e basta ter em mãos o número do CPF.

Pense direitinho!

O GUERREIRO DE YACO. SERRA DAS ALMAS. MEMÓRIAS E LENDAS DE ZÉ RUFINO

Quando encontrei o escritor [Francisco] Calazans Fernandes (1929-2010) ele morava em S. Paulo. Ele foi jornalista nos melhores jornais, Jornal do Brasil, Times, dentre outros. Foi também Secretário de Educação do Rio Grande do Norte – ele deu a primeira oportunidade para o pernambucano Paulo Freire (1921-1997) aplicar o seu método de alfabetização. Como correspondente gerou o mundo todo, esteve em Israel de ponta a ponta, porém o seu espírito nunca deixou o seu berço natal, na região conhecida como “Tromba do Elefante”, parte do RN que vai em direção a PB.

---“Três dias que passo na minha terra – disse-me entre o raro sorriso de sertanejo desconfiado – me rejuvenesce trinta anos”. Falava enquanto me mostrava uma espingarda Comblain, usada em Canudos e por todo o Brasil profundo.

Eu cheguei a Calazans Fernandes, através de Marília Freidenson, que leu o seu livro O GUERREIRO DE YACO. SERRA DAS ALMAS. MEMÓRIAS E LENDAS DE ZÉ RUFINO (C.F. Natal, Fundação José Augusto, 2002, 318 páginas) e me emprestou um exemplar, sabendo que era assunto de meu interesse. Imediatamente falei com o Dr. Marcos Antonio Filgueira, o genealogista par excellance das famílias do RN, que me passou o seu endereço e assim pude conversar uma tarde com este notável criador e saber um pouco mais de seu trabalho.

O GUERREIRO DE YACO (...) é o primeiro de uma planejada trilogia. Escritor disciplinado pelos prazos do jornalismo, ele já tem a pauta dos trabalhos que seguirão “Chamas do Passado” e “Cinzas da Fortuna”, contando as histórias do seu pai Zé Rufino (José Calazans Fernandes, 1892-1976), homem atento e de boa memória que reteve as histórias de ocupação das terras em volta da Serra das Almas. O leitmotiv do livro é o desvendamento de um segredo. para que isto aconteça, microbiografias de sertanejos são reveladas através de pequenos episódios, onde a identidade cultural é sempre realçada.

Este primeiro volume é descrito como “a memória do baú sobre um Fernandes cristão novo da Ilha do Fayal contava como, perseguido pela Inquisição por viver com uma bruxa também Fernandes, em 1700 ele demandou ao Brasil no navio de que era dono, sobreviveu a um naufrágio no litoral do RGN, subiu o Apodi dos encantos, com ajuda dos índios, chegou à Serra das almas, onde , dos grotões da mina do Cabelo-Não-Tem, arrancou fortuna em ouro. Tão venturosa história resume tudo sobre quem deixou descendentes sem conta e brigas eternas nos direitos de posse de terras sem fim” (p. 27).

Entrar no universo de C.F. não foi difícil para quem tem a pele crestada herdada de ancestrais que também viveram alongados pelo Sertão. Na riqueza memorial do seu pai, lembrei-me de histórias contadas por alguns Valadares sertanejos – como a de uma chuva de peixes vivos no sertão sergipano. Mas a mim falta-me o talento narrativo e a fluidez do autor norteriograndense, portanto basta-me desfrutar o seu saborosissimo trabalho para eu também recuperar o me Sertão e recomendá-lo a quem deseje conhecer o Brasil profundo – não o das grandes e insossas cidade, mas as raízes profundas deste país, que leiam este livro,pois ele se coloca ao lado de três outras obras primas sobre o sertão brasileiro: A pedra do Reino, de Ariano Suassuna; Os Peãs, de Gerardo Mello Mourão (1917-2007) e o poema Psiu, a penúltima, de Soares Feitosa.
 
Por Paulo Valadares.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

VEJA ESSA















No tempo da minha infância
Autor desconhecido


No tempo da minha infância
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer muito açúcar ou sal
Hoje tudo é diferente
Sempre alguém ensina a gente
Que comer tudo faz mal

Bebi leite ao natural
Da minha vaca Quitéria
E nunca fiquei de cama
Com uma doença séria
As crianças de hoje em dia
Não bebem como eu bebia
Pra não pegar bactéria

A barriga da miséria
Tirei com tranquilidade
Do pão com manteiga e queijo
Hoje só resta a saudade
A vida ficou sem graça
Não se pode comer massa
Por causa da obesidade

Eu comi ovo à vontade
Sem ter contra indicação
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilão
Hoje a vida é uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coração

Com a modernização
Quase tudo é proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
Só por ter sobrevivido

Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
Não se temia a galera
E naquele tempo era
Proibido proibir

Vi o meu pai dirigir
Numa total confiança
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de segurança
E eu no banco de trás
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festança

No meu tempo de criança
Por ter sido reprovado
Ninguém ia ao psicólogo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente só repetia
Até que fosse aprovado

Não tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
É coisa que não se via
Falta de concentração
Se curava com carão
E disso ninguém morria

Nesse tempo se bebia
Água vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou até de uma mangueira
E essa água engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira

Para a gente era besteira
Ter perna ou braço engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armário pequeno
Sem chave e sem cadeado

Nunca fui envenenado
Com as tintas dos brinquedos
Remédios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalço, na areia
Eu joguei bola de meia
Rasgando as pontas dos dedos

Aboli todos os medos
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimã
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta,
Capacete e joelheiras

Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de Mão
Estátua, Jogo da Velha
Bola de Gude e Pião
De mocinhos e Cawboys
E até de super-heróis
Que vi na televisão

Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De Marré
Também cantei Tororó
Brinquei de Escravos de Jó
E o Sapo não lava o pé

Com anzol e jereré
Muitas vezes fui pescar
E só saía do rio
Pra ir pra casa jantar
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
Dão prazer em recordar

Tomava banho de mar
Na estação do verão
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhão
Não voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado
Parecendo um camarão

Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia

O meu cachorro comia
O resto do nosso almoço
Não existia ração
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguém botar
Um colar no seu pescoço

E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira
Ou numa água bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabão em barra
Pra tirar sua sujeira

Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhã ia pra aula
Mas voltava pra almoçar
Mamãe não se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar

Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra não me ver adiante
Ir pra marginalidade

Mas hoje a sociedade
Essa visão não alcança
E proíbe qualquer pai
Dar trabalho a uma criança
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperança

A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser criança outra vez...