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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

VANGUARDA NA ACADEMIA

                   Foi durante uma suspeita de tuberculose que Rachel de Queiroz, com apenas 20 anos, escreveu O Quinze, considerado uma das obras inaugurais do romance regionalista brasileiro. Com uma trajetória marcada pelo pionerismo, a escritora rompeu uma tradição de 81 anos da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 4 de novembro de 1977, ela fez com que a imortalidade deixasse de ser exclusivamente masculina ao ocupar a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia e que tem como patrono Bernardo Guimarães.
          A escritora cearense, cujo centenário comemorado este mês, se destacou em outros espaços dominados pela presença masculina, como redações de jornais e partidos políticos. Rachel de Queiroz militou por um curto período no Partido comunista Brasileiro, na década de 1930, além de ter participado da campanha que levou à queda de Getúlio Vargas e na organização do golpe de 1964.
          Morreu em 2003, aos 92 anos, no Rio e Janeiro, também no dia 4 de novembro. Segundo sua irmã, Maria Luiza, com quem escreveu um livro de memórias, Rachel faleceu durante o sono. Disse irmã: "Foi melhor assim, porque ela não sofreu. Ontem mesmo perguntei como ela estava, e ela respondeu que só não estava melhor porque não estava no Ceará".

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