Continuando a sessão nostalgia, retornaremos à máquina do tempo.
Quando se proximava o mês de setembro, a cidade era invadida ao amanhecer e ao entardecer pelo som de bumbos, taróis, pratos e cornetas: eram os ensaios para o desfile cívico de 7 de setembro.
Obra da ditadura militar, o desfile movimentava os alunos de todas as escolas, um exército de costureiras de nariz empinado aquecia o comércio. Havia uma grande expectativa da população para ver um mundo de fantasias desfilar pelas principais ruas, num país onde reinava a repressão, a tortura e a castração cultural.
Ninguém queria desfilar com a farda da escola, as pessoas queriam ser D. Pedro, D. Leopoldina, Baliza, Porta-bandeira, nada de simplicidade...
E os pais que se atassem...
Era um espetáculo! As ruas ficavam congestionadas de pessoas em busca do melhor ponto de observação. As fantasias mais elaboradas eram ostentadas em caminhonetes forradas com colchas de veludo e muito, mas muito isopor com letras douradas.
Geralmente para abrir o desfile vinham os policias com suas coreografias exageradas, típicas da época, seguidos, das escolas municipas e estaduais.
Alguns pelotões eram comuns em todos os desfiles:
O pelotão das profissões, dos enfermeiros e dos cavalos que simulavam o grito do ipiranga. Um detalhe: Quem não desfilasse poderia pegar 03 dias de suspensão. Táááá????
Após 1985, os desfiles foram abolidos na maior parte do país por serem reminiscências da ditadura militar, mas proporcionaram muitas emoções em quem assistia e mais ainda em quem desfilava.
É verdade, quando estudava no 4 de setembro, sempre representava alguma coisa, lembro de uma vez, que junto com Suely e Sassa (Dr, Salismar) representavamos os três poderes, mudei até a cor dos meus cabelos, pena que não me reconheceram, KKK, era muito legal, como voce disse, tanto pra quem desfilava, como pra quem assistia. bons tempos. Nizarene
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