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quarta-feira, 17 de junho de 2020

PAU DOS FERROS NA DÉCADA DE 70: memórias do ontem que ecoam no hoje

Fotos: Toinho Dutra
Acervo: Ponto de Memória Pau-Ferrense
Texto: Victor Rafael do Nascimento Mendes

Estas imagens foram registradas pelo fotógrafo Antônio Medeiros Dutra, conhecido em Pau dos Ferros por Toinho Dutra (em memória), durante a década de 70. As fotografias fazem parte dos acervos pessoais de Núbia Batalha (as 3 primeiras) e de Evanda Lopes (a última, 4ª fotografia).
Em 2014, eu fui coordenador, juntamente com a Vereadora Bolinha, de um projeto de pesquisa que tinha por objetivo coletar registros fotográficos da memória pau-ferrense. Foi a partir dessa pesquisa que intensifiquei o meu gosto e respeito pela história de Pau dos Ferros.
Toinho Dutra foi meu amigo e, como ele mesmo dizia, em virtude de nossa diferença de idade (aproximadamente 40 anos): “Victor é meu afilhado, ele precisa aprender como é a vida, ainda é muito novo e afoito”. Com ele aprendi muitas coisas da/para a vida!
Pela sequência das fotografias, passo a dissertar o que cada uma representa, pautado nas memórias de Toinho Dutra:
1ª Foto: a Rua principal que aparece na fotografia é a 15 de Novembro, no Centro da cidade. Um pouco mais à frente, está a Avenida Independência. Por trás da Avenida Independência, está a Rua Lafayete Diógenes que, na época, era conhecida como o Rabo da Gata (zona onde residiam prostitutas e que tinha inúmeros bares). Toinho fez a fotografia de cima da torre da Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição;

2ª Foto: Rua Hipólito Cassiano cruzando com a Avenida Independência. Ao fundo da fotografia, é possível perceber a Escola Estadual 4 de Setembro. Centralizado na fotografia, está o Hospital Centenário. Segundo Toinho Dutra, as carroças que transitam descendo a Rua Hipólito Cassiano vinham do Açude 25 de Março (Bairro Riacho do Meio), que traziam água, pois as ruas mais distantes do centro não tinham abastecimento público. A fotografia também foi feita de cima da torre da Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição;

3ª Foto: Um pequeno “pedaço” da antiga Praça da Matriz, atual Praça Monsenhor Caminha. Na foto é possível ver alguns dos antigos casarões. Na esquina dos casarões, está o prédio da Coletoria Estadual de Pau dos Ferros. No canto direito, o prédio da Pastoral da Igreja. Ao fundo da foto, segue a Avenida Getúlio Vargas. Para fazer a fotografia, Toinho, segundo ele mesmo, subiu até a metade do Obelisco. Lembro que ele disse: “Naquela época eu era novo, destemido, não tinha medo mesmo”;

4ª Foto: Centralizado na foto, está o Pavilhão Cônego Caminha, na Praça da Igreja Matriz. No lado direito da fotografia, está o Mercado Público Municipal Antônio Soares de Holanda. Ao fundo da fotografia, o prédio que tem o primeiro andar (o único da rua em 60-70) era o Cine São João. Para conseguir o registro, Toinho Dutra precisou pagar uma “rodada” na Roda Gigante, que estava na cidade no período das festividades da Padroeira, em dezembro.

Quem desejar ver mais fotografias antigas/históricas de Pau dos Ferros, visite (após esse período de pandemia, claro) o Ponto de Memória Pau-ferrense, na Câmara Municipal de Pau dos Ferros. O acervo conta com mais de 40 quadros.
Deixo aqui o meu registro que, nesse momento de isolamento, me fez recordar da cidade amada.
Saudades do nosso amigo
Toinho Dutra
!
Victor Rafael do Nascimento Mendes.

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