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quarta-feira, 28 de março de 2012

DE BULLYING II


  No excelente livro recém lançado "Vivendo em voz alta", o showman Miguel Falabella diz:"Não há como fugir do Bullying. Ele vem de todos os lados, e quase nunca temos tempo de identificar o agressor antes que ele possa atacar. Há entretanto, uma atitude comum para aqueles que sofrem de Bullying e que deve ser adotada. O agressor faz o que faz em busca de atenção. Geralmente são medíocres urrando sua total incapacidade de relacionar-se com a espécie."  Disse tudo!

terça-feira, 27 de março de 2012

DE BULLYING.

 
  Quando eu era criança, há milhões de anos, o termo Bullying não havia sido criado, creio eu. Se  o politicamente correto já tivesse em voga eu seria milionário por tantos processos ganhos. Para começar os apelidos eram as coisas mais comuns, não só comigo, era tudo recíproco. Era Bullying pra lá, e Bullying pra cá, sem contar as famosas brigas no final da aula(Vou te pegar na saída!!). Hoje é tudo muito complicado, os pais não podem mais dar uma tapa no atrevimento dos filhos, que já são levados pro conselho tutelar.Com certeza meus pais teriam pegado prisão perpétua(Risos...). A consequência desses "super direitos adquiridos" é a proliferação dos "psicopatas mirins". Um pouco de provocação e um tapinha na hora certa não matam ninguém.... e os politicamente corretos....Me desculpem se quiserem. 
                  Vianney

segunda-feira, 26 de março de 2012

PORTALEGRE MARAVILHOSA


    Trabalhar aos domingos ninguém gosta, mas ontem tive um domingo de trabalho gratificante. Subi a serra com uma equipe do "papôco" para gravarmos um vídeo. O material faz parte dos preparativos para a festa de 15 anos de Ana Beatriz(Bia), sobrinha do colunista Lisboa Batista,
    Sempre que vou a Portalegre, é uma emoção diferente.A própria história do município me fascina, além do clima, arquitetura, paisagens fantásticas, culinária regional de primeira e simpatia do povo.Enfim... I love Portalegre!
   Resta agora esperar pelo resultado do clipe que tem entre outros cenários; a bica, a cachoeira do pinga, o hotel Sabino Palace.... E a equipe??? Eu como diretor artístico,Adão lima (cabelo e maquiagem), Humberto Camboim (Filmagem e edição) e o tio da aniversariante como produtor.
  Alguém duvida do resultado??????

CONVITE MISSA


Local : Patronato Alfredo Fernandes

quinta-feira, 22 de março de 2012

UMA MULHER DE FIBRA.


    No último dia 14, faleceu no município de Encanto a sra Maria Natalina. Nascida no dia de Natal de 1929, foi uma mulher super batalhadora, mãe de muitos filhos, que criou praticamente sozinha, já que havia ficado viúva muito cedo.
   Na década de 1990 o cantor OSMAN compôs e gravou um forró que  falava dessa mulher, típica nordestina de fibra. Maria vinha sempre ao comércio em Pau dos ferros, era muito religiosa e mística ao mesmo tempo, tudo isso associado  a uma simpatia e cordialidade ímpares.Era muito "desenrolada", como chamamos as pessoas que se expressam com desenvoltura.
   Foi vitimada por um infarto numa de suas caminhadas matinais.
                   Saudades.....
                                     Vianney

terça-feira, 20 de março de 2012

REESTRUTURAÇÃO DO PETI

              Aconteceu ontem a cerimonia que deu inicio aos trabalhos do PETI 2012, agora com muitas novidades entre elas, atividades de apoio ao processo de aprendizagem por meio de reforço escolar, educação para cidadania e direitos humanos, educação ambiental e outros.


segunda-feira, 19 de março de 2012

ELEANOR ROOSEVELT E PARNAMIRIM FIELD COMO A MAIOR BASE AÉREA DOS AMERICANOS NA II GUERRA MUNDIAL


Eleanor Roosevelt
Eleanor Roosevelt era a esposa do presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt (1882 – 1945).  Conhecida pela sua ação em ajudar os mais necessitados através da caridade, foi também autora e uma defensora incansável das causas sociais.
Em 1944 esta brilhante mulher esteve em Natal, visitando Parnamirim Field e autoridades locais.
Anna Eleanor Roosevelt nasceu em New York, em 11 de outubro de 1884. Sua família era financeiramente estável, mas perturbada. Seu pai era Elliott Roosevelt, o irmão mais novo do ex-presidente americano Theodore Roosevelt (1858-1919). Apesar de bonito e charmoso, Elliott sofria de depressão mental e alcoolismo. Já a mãe de Eleanor estava preocupada com a imagem da família na alta sociedade e transmitia extrema vergonha pela aparência física de Eleanor, que não foi considerada bonita.

Na época da escola
Embora o pai de Eleanor fosse considerado ausente, ela o considerava um pai maravilhoso e fascinante. Quando Eleanor era uma criança, seu pai entrou uma instituição para alcoólatras. Foi uma das muitas perdas iniciais para a jovem, cuja mãe morreu quando ela tinha apenas oito anos de idade. Após a morte de sua mãe, Eleanor e seus dois irmãos mais novos foram viver com sua avó materna, em Nova York. Pouco tempo depois o irmão mais velho morreu. Quando Eleanor ainda não havia completado 10 anos, ela soube que seu pai havia morrido. Sua avó abrigou-a de todo o contato exterior, exceto para os amigos da família.
Eleanor Roosevelt começou a descobrir um mundo além de sua família depois de frequentar uma escola para mulheres jovens na, Inglaterra, quando tinha 15 anos de idade. Para ela a sua escola lhe ensinou um sentido maior de responsabilidade com a sociedade. Eleanor começou a agir de acordo com este ensinamento depois de seu retorno a Nova York. Mergulhou no trabalho em pról dos mais carentes. Ao mesmo tempo, seu primo, alto e bonito, Franklin Delano Roosevelt, começou a cortejá-la. Eles se casaram em março de 1905. Eleanor tinha agora de lidar com uma avó controladora e com um marido que gostava de estar em público e que realmente não entendia a luta de Eleanor para superar sua timidez e insegurança.

Os Rosevelt. Uma relação bem longe da perfeição.
Entre 1906 e 1916, os Roosevelt tiveram seis filhos, um dos quais morreu quando criança. A família viveu em Hyde Park, Nova York, enquanto Franklin focava em suas ambições políticas para se tornar uma figura importante no Partido Democrata. Ele exerceu um mandato de Senador pelo estado de Nova York no senado americano, antes do presidente Woodrow Wilson  nomeá-lo como secretário assistente da Marinha em 1913. Embora Eleanor tenha realizado muitos trabalhos voluntários pela Cruz Vermelha durante a I Guerra Mundial (1914-18), ela permaneceu fora do olho público.
Um importante ponto de mudança na vida de Eleanor veio em 1921, quando Franklin contraiu poliomielite e sofreu de paralisia e perdeu a mobilidade das pernas. Eleanor fez tudo para o marido volta à atividade política. Dentro de poucos anos havia recuperado sua força e ambições políticas. Enquanto isso, Eleanor tinha-se tornado uma importante figura pública, trabalhando para um maior envolvimento ativo das mulheres em vários setores do governo. Ela começou a agir como se fosse as “pernas e ouvidos” do depois que Franklin tornou-se governador de Nova York em 1928, Ela se manteve muito ocupada inspecionando hospitais estaduais, casas e prisões.
No final de 1930 os tambores de guerra ecoavam e mostravam que os Estados Unidos seguia para a luta.
Eleanor Roosevelt falou vigorosamente em favor da política externa de seu marido.  Depois que os Estados Unidos entraram formalmente a Segunda Guerra Mundial em dezembro de 1941, ela fez várias viagens ao exterior para impulsionar os espíritos de soldados e de inspecionar as instalações da Cruz Vermelha.

Eleanor em diálogo com o Brigadeiro Eduardo Gomes e o Bispo de Natal, Dom Marcolino Dantas
Eleanor Roosevelt visitou o Brasil entre 14 e 17 de março de 1944, onde visitou Belém, Natal e Recife. Na capital potiguar ela visitou a Base de Parnamirim, esteve com autoridades locais. Esteve na sede do USO, o clube de recreio dos militares americanos, que ficava na praça Augusto Severo, por trás da antiga Rodoviária, no bairro da Ribeira. Ali ela foi reconhecida e ovacionada por muitos natalenses. Esteve também na Base Naval de Natal, onde elogiou as instalações.

Condecorando oficiais da US Navy em Parnamirim Field
Um fato interessante foi que para os jornalistas a Sra. Eleanor Roosevelt afirmou (e assim foi reproduzido) que a base aérea de Parnamirim era “A mais bem equipada do Mundo”. Mesmo reproduzindo o que ela disse, os jornalistas locais claramente se empolgaram e lascaram em letras destacadas “A maior base do Mundo”. E parece que a coisa pegou.
Eu entendi que aparentemente na época ninguém leu o conteúdo e ficaram nas letras destacadas.
Muita gente fala até hoje sobre isso, mas eu pessoalmente nunca vi nenhum documento de lá, informando, ou corroborando a informação que Parnamirim Field foi a maior base aérea norte-americana em atividade na Segunda Guerra.

Maior base?
A escritora Clarice Lispector, em uma carta endereçada a Elisa Lispector e a Tania Kaufman, em Belém, no dia 18 de março de 1944, fez os seguintes comentários sobre Eleanor Roosevelt, que está reproduzida no  livro “Clarice Fotobiografia”,  de autoria Nádia Battella GOTLIB e publicado pela Editora da USP.
“… A senhora Eleanor Roosevelt passou por aqui. Fomos convidados para recebê-la no aeroporto e para ir à recepção dada a ela. Fui com meu vestido preto. Ela é simpaticíssima, muito simples, vestida com muita modéstia, bem mais bonita pessoalmente do que nas fotografias e no cinema. No dia seguinte, ela deu entrevista coletiva à imprensa, eu fui, mandei noticiário telefônico para A NOITE, mesmo estando de licença porque não queria perder a chance”.
Depois de Franklin Roosevelt morreu no cargo em abril de 1945, esperavam que Eleanor se retirasse para uma vida privada e tranquila. No entanto, até o final do ano, ela estava de volta em público. O novo presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman a indicou co0mo representante americano para a Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos. Ela permaneceu no cargo até 1952. Mais tarde, ela continuou a trabalhar para a compreensão e cooperação internacional, atuando como um representante da Associação Americana para as Nações Unidas.
Durante a última década de sua vida Eleanor Roosevelt viajou para vários países estrangeiros, incluindo a temida União Soviética. Ela completou sua Autobiografia em 1961.
Ela morreu em Nova York, em 06 de novembro de 1962.
Apesar de sua infância tímida e solitária, Eleanor Roosevelt tornou-se uma das mulheres mais importantes do século XX e sua ação inspirou milhares de mulheres.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Balé sobre Clara Camarão poderá ser exibido durante a Copa de 2014


                O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, vai promover uma reunião entre organizadores e patrocinadores da Copa do Mundo e a Companhia de Dança Cisne Negro para viabilizar a apresentação de um balé, durante a Copa, contando a história da índia potiguar Clara Camarão, precursora do feminismo brasileiro. Rebelo confessou ser entusiasta da figura de Clara Camarão quando ouviu do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e do presidente da Academia Norte-Riograndense de Letras, Diógenes da Cunha Lima, a proposta do balé em homenagem à esposa de Felipe Camarão.
                “Precisamos fazer um grande esforço para assumir e incorporar o índio na história da nossa formação”, opinou o ministro Aldo Rebelo. O ministro do Esporte lembrou que Felipe Camarão – ao lado de Henrique Dias e André Vidal de Negreiros – foi um dos fundadores do Exército Brasileiro. A Batalha de Guararapes, ocorrida em 19 de abril de 1648, marca o início da organização do Exército como força nacional.
                Durante a reunião realizada no início da tarde dessa terça-feira (13), Diógenes da Cunha Lima entregou ao ministro Aldo Rebelo um libreto de sua autoria que deverá ser utilizado na montagem do espetáculo. Ele também informou que encomendou ao pianista Arthur Moreira Lima a trilha sonora do balé em homenagem a Clara Camarão.
                 

FESTA DE SÃO JOSÉ 2012 - ENCANTO/RN


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quarta-feira, 14 de março de 2012

DIA DA POESIA



Há 165 anos atrás, na Fazenda Cabaceiras, a sete léguas da vila de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho, no estado da Bahia, nascia um dois maiores poetas que o mundo já viu: Antônio Frederico de Castro Alves. Homenageando este evento, o dia 14 de março foi decretado o Dia Nacional da Poesia.

Confira um trecho de Navio Negreiro, poema mais famoso deste poeta baiano que foi musicado por Caetano Veloso:

'Stamos em pleno mar
Era um sonho dantesco... o tombadilho,
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças... mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.
                       ...

... Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu na vaga,
Como um íris no pélago profundo!...
Mas é infâmia demais...
Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...
Andrada! arranca este pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta de teus mares!

Por Manoel Cavalcante.

SELO UNICEF 2012


  O selo  município aprovado 2012, está dando visibilidade às formas como a etnia afro-brasileira tem preservado sua cultura através de diversas expressões e linguagens. Essas expressões e linguagens estão contempladas no projeto "Meu município tem cor", que está sendo desenvolvido pelas escolas da rede municipal de ensino e que será apresentado no dia 31 de março de 2012, a partir das 16h na escola municipal Prof: Severino Bezerra. Na ocasião as seis escolasde ensino fundamental estarão reunidas para socialização desse projeto com o objetivo de fortalecer a identidade etnico racial na perspectiva de promover a autoestima e a autoconfiança de negros e negras. Essa situação tem forte relação com a memória e a tradição oral, resgatando processoso de luta e resistência, colocando a comunidade escolar e sociedade civil consciente dos feitos dessa população e os aspectos negados dessa cultura.

           Alexandrina Silva-Coordenadora pedagógica do mun. de Pau dos ferros,Rn



VIVA O CINEMA NACIONAL !!!!!


Não sei porque, eu que adoro cinema, havia deixado passar despercebido o filme "Abril despedaçado". Talvez o "desconfiado preconceito" que ainda temos sobre o cinema nacional.
 Doze anos após o lançamento do filme , quase tive um infarto ao assisti-lo. É simplesmente FANTÁSTICO, ESPLÊNDIDO, MARAVILHOSO, ETC, ETC, ETC....
  A história trata de uma guerra entre famílias no interior do nordeste em 1910. A s filmagens foram feitas em locações no interior da bahia, com um elenco de parar o trânsito  como Rodrigo Santoro (tonho), José Dumont (sem comentários) e Ravi Ramos Lacerda que faz o menino "Pacú". A direção é de Walter Sales (central do Brasil). Tudo que eu escrever aqui vai ser muito pouco diante dessa bela obra de arte. Sinceramente, senti uma coisa muito estranha, entre maravilhado e perplexo, a ponto de assisti-lo duas vezes no mesmo dia.
  Continuo boquiaberto....Passado....
                          Vianney

segunda-feira, 12 de março de 2012

FAMILIARES NARRAM A IMPRENSA SOBRE A MARIA DO CAPITÃO LAMPIÃO



Maria Bonita - Fonte - http://raimundopajeu.blogspot.com
Estamos na semana do Dia Internacional da Mulher. Uma data muito positiva para glorificar aquelas as quais os homens devem muito. Pois sem elas, para começo de conversa, nem sequer veríamos a luz do nosso caliente sol nordestino.
Em minha opinião, pela força, garra, capacidade e muitos outros adjetivos positivos, todo dia é dia das mulheres.
Sobre mulheres, mais especificamente sobre mulheres nordestinas, acredito que para o imaginário da grande maioria dos habitantes da nossa região, quando por aqui desejamos facilmente visualizar a figura de uma mulher batalhadora, lutadora, normalmente projetamos em nossas mentes a imagem das cangaceiras.
Evidentemente que não foram as cangaceiras as únicas mulheres de luta de nossa região. Nem vale a pena caracterizá-las apenas como companheiras de fora-da-lei que seguiam armados pelos sertões nordestinos, com suas roupas características, suas armas, sua valentia, seus cabelos grandes, suas apragatas. Igualmente em relação à entrada das mulheres no cangaço não podemos dizer que elas desejavam tão somente a busca de uma certa liberdade.
Os pesquisadores do assunto enumeram vários motivos que levaram as mulheres a se tornarem cangaceiras. Mas certamente em termos de liberdade, as cangaceiras estavam muito mais avançadas que a grande maioria das mulheres que viviam naquele Nordeste extremamente machista.
E entre estas mulheres de cangaceiros, a figura maior é indubitavelmente Maria Gomes de Oliveira, a Maria do Capitão Lampião, Maria Déia, ou Santinha, mas que ficou conhecida em todo o mundo como Maria Bonita.
 A NARRATIVA DE ZÉ FELIPE 
Sobre esta mulher sabemos que se chamava Maria Gomes de Oliveira, que nasceu no dia 8 de março de 1911, na fazenda Malhada do Caiçara, no Estado da Bahia e seus familiares chamavam-na de Maria Déia. Já seus pais eram os fazendeiros Maria Joaquina da Conceição e José Gomes de Oliveira.
Muito já foi escrito, muito já foi analisado e muito já foi comentado sobre ela. Mas não custa nada trazer para o público do nosso blog “Tok de História” duas antigas reportagens jornalísticas realizadas com familiares da famosa cangaceira.

O Jornal, Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1958
Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”. Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dois profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita, José Gomes de Oliveira, mais conhecido como Zé Felipe. [1]
Na edição de domingo, 7 de setembro de 1958, o periódico carioca estampava a manchete “Maria Bonita era tão má quanto Lampião” e informava sobre a entrevista junto ao pai da famosa cangaceira.

Zé de Neném - Fonte - http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Para o jornalista Rangel, o seu entrevistado estava “na casa dos setenta”, mas mostrava-se forte e lúcido. O homem do jornal ficou surpreso ao descobri que Maria Bonita havia habitado cinco anos debaixo do mesmo teto com outro homem, o sapateiro José Miguel da Silva, apelidado Zé de Neném (ou “Zé de Nenê”).
O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.
Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.
Grande parte da entrevista procura mostrar Maria Bonita como uma mulher muito valente, até mesmo violenta, que encarava Lampião sem medo.
O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho.  Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião.
Sem dizer a data, afirmou que em uma ocasião o bando chegou a um lugar denominado Girau do Ponciano após haver praticado saques. Por alguma razão que Zé Felipe não detalhou, Maria passou a pegar várias peças de pano, de várias cores, jogando-as para cima e depois pisando no pano. Daí media até o alto da sua cabeça e depois mandava cortar aquele pedaço e entregava aos mais pobres do lugarejo dizendo “-Quem tá noiva prá casar ganha uma peça”. O pai da cangaceira afirmou que apenas ela podia fazer aquele tipo de coisa e que Lampião estava zangado com ela na ocasião por alguma “Ruga” (Rusga), mas não comentou a razão. [3]

Maria Bonita - Fonte - http://umas-verdades.blogspot.com
Zé Felipe aos periodistas que até comentou que até aquela data não conseguia compreender o desejo irascível de Maria seguir atrás de Lampião. Mas quem pode explicar as razões do amor?
É sempre interessante ler antigas reportagens ligadas aos participantes do cangaço, com informações transmitidas por seus próprios parentes, por aqueles que conviveram com a figura pesquisada debaixo do mesmo teto. Mas interessante ainda é quando estas opiniões foram relatadas a jornalistas anos depois do fim do cangaço, quando muito da apreensão de se falar sobre os personagens deste assunto havia desparecido. Mas esta matéria de 1958 se mostrou bastante limitada, pouco detalhista e tendenciosa ao sensacionalismo. Mostrando uma extrema limitação do jornalista, que a nosso ver perdeu uma grande oportunidade de conhecer mais detalhes da vida da companheira de Lampião através do relato do seu próprio pai.
UM POLÍTICO DESCOBRE A IRMÃ DE MARIA BONITA
Publicada no periódico soteropolitano “Diário de Notícias”, edição de domingo, 4 de novembro de 1970, trinta e dois anos depois da morte do mais famoso casal de bandoleiros do país, trás a assinatura do jornalista Renato Riella e fotos de Aristides Baptista e a principal entrevistada foi a Senhora Amália Oliveira, a irmã de Maria Bonita. [4]
Naquele ano de políticas ditadas pelos militares que dominavam Brasília e a euforia do tricampeonato de futebol, o jornalista Riella tratou a irmã da cangaceira respeitosamente como Dona Amália. Já no começo do relato esta senhora informou que Maria tinha era “Muito medo de Lampião antes de conhecê-lo”. Mas completou afirmando que ela era “Uma mulher comum, com sentimentos bastante humanos”.

Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
O jornalista Renato Riella encontrou Dona Amália hospedada em Salvador, na casa de um cidadão por nome de José Augusto, então candidato a deputado estadual. Ela havia chegado a esta casa quando em um dia de 1970, este aspirante a um cargo político visitou um pequeno povoado denominado Riacho, na região próxima a cidade de Paulo Afonso, Bahia, em plena campanha eleitoral. [5]
Nesta localidade o candidato foi lanchar em um bar e soube que ali morava um cidadão que tinha graves problemas de saúde e que necessitava de ajuda e José Augusto foi então visitar esta pessoa. Nesta casa ele conheceu Dona Amália e descobriu que seu marido se chamava Manuel Silva e era a pessoa que precisava de apoio. Em meio a conversa, o candidato soube que aquela senhora era irmã de Maria Bonita. [6]
Depois de conhecer a situação o casal seguiu para a residência do candidato na capital baiana. No momento em que era feita a reportagem, José Augusto ainda não havia conseguido vaga na rede hospitalar para Manuel Silva. Imaginava-se que ele estava acometido de reumatismo, mas descobriu-se que era câncer no pulmão, em avançado grau. [7]

Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
Ao ler a reportagem e ver as fotos que trazem Dona Amália, aparentemente ela estava bastante tranquila quando respondeu aos questionamentos do jornalista Renato Riella. Logo o repórter descobre que o marido de Dona Amália era irmão do sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, ex-marido da famosa cangaceira.
A SEPARAÇÃO DE MARIA BONITA
Ela informou que era alguns anos mais jovem que Maria Bonita, mas que havia sido criada junto a ela. Já em relação a razão da separação do casal a Dona Amália contou ao jornalista Riella uma interessante história.
Ela informou que era alguns anos mais jovem que Maria Bonita, mas que havia sido criada junto a ela. Já em relação a razão da separação do casal, Dona Amália em nenhum momento fez algum comentário sobre a provável infertilidade do seu cunhado. Mas narrou ao jornalista Riella uma interessante história.
Um dia Maria encontrou no bolso da calça do esposo um pente de pedra. Um pente de pentear cabelo de mulher. Sabendo que o marido tinha o hábito de realizar “aventuras” fora do leito matrimonial, ao inquiri-lo sobre a existência daquele objeto o diálogo azedou, logo se transformou em bate boca e culminou em uma agressão física. Segundo a irmã de Maria Bonita, Zé de Neném feriu sua esposa três vezes no braço, com um canivete do tipo “corneta”. [8]
Segundo Dona Amália o diálogo que levou a agressão, textualmente reproduzido na reportagem, se desenrolou desta maneira;
- Onde achou este pente? Perguntou Maria.
- Não lhe interessa.
- Não me interessa por quê? Retrucou a esposa.
- Porque não. Foi a resposta dura de Zé de Neném.
Diante da violência vergonhosa, Maria seguiu para a casa dos seus pais no Sítio Malhada da Caiçara. Zé Felipe ao saber do ocorrido teria sentenciado “-Daqui a dois dias você esquece tudo”.
Segundo a versão transmitida por Dona Amália, a sua irmã Maria não esqueceu e passados oito dias do entrevero conjugal estourou a notícia:
-Lampião vem aí!
Dona Amália comentou que todos ficaram com medo, inclusive Maria. A irmã mais nova da “Rainha do Cangaço” informou ao repórter que estava gripada e tossindo muito. Maria avisou que ela deveria parar de tossir “-Por que ele (Lampião) pode lhe matar”.

Dona Amália, irmã de Maria Bonita - Diário de Notícias, Salvador, ed. 4 de novembro de 1970
Ela afirma que Lampião e seus homens ficaram em um local próximo a propriedade da família e que seu pai matou um bode para alimentar os cangaceiros. As moças do lugar, diante do acontecimento anormal, resolveram fazer uma visita ao local. Dona Amália afirma que Maria primeiramente tinha bastante medo de se aproximar dos cangaceiros, mas acabou seguindo para o coito. Lá conheceu o chefe do bando, sendo por ele bem tratada. Aos poucos, segundo sua irmã mais nova, foi se aproximando do grande cangaceiro.
Lendo a versão transmitida por Dona Amália, é fácil deduzir que certamente Maria estava bastante magoada com a agressão realizada por seu marido. Consequentemente a ideia (e depois a decisão) de abandonar o esposo foi uma reação natural de defesa. Neste sentido, baseado no relato da reportagem, é possível conceber que a aproximação com Lampião poderia ter sido iniciada tanto pela admiração natural que a vida de cangaceiro exercia nas sertanejas, como por uma ideia de ter um homem que a protegesse?
Independente desta questão, logo após este encontro Dona Amália afirma que receberam a notícia que a polícia logo viria “visitar” a casa de Zé Felipe, para saber da sua relação com Lampião. Em pouco tempo todos estavam arrumando seus pertences, inclusive Maria. Seguiram em direção ao estado de Alagoas e transportavam poucas coisas, alguns membros da família praticamente sairam apenas com a roupa do corpo.
Quando o grupo familiar chegou à casa de uma das avós das meninas, no lugarejo Rio do Sal, a jovem Maria Déia decidiu ficar nesta casa. [9]
Oito dias depois a família tomou conhecimento que ela estava acompanhando Lampião.
ÚLTIMO ENCONTRO
Dona Amália recordou em 1970 o último encontro que teve com a irmã famosa.
O fato se deu no lugar Salobro e nesta ocasião Dona Amália encontrou sua irmã “muito alegre”. O seu relato aponta que Maria Déia estava realmente muito bem com a sua nova vida.
Ela conta que a irmã chegou até mesmo a fazer uma brincadeira “até certo ponto infantil”. Ela colocava dentro de uma rede vários objetos tipo pentes anéis e outras joias.  Daí quem saltasse mais alto sobre a rede ganhava os prêmios. Dona Amália afirmou que não ganhou nada, mas que uma moça do lugarejo ficou com vários dos regalos. Ela lembrou que sua irmã mais velha lhe falou que estava gostando da vida ao lado de Lampião e revelou uma grande admiração por ele. Mas também lhe disse que não queria ninguém de sua família naquela vida.
Com o passar do tempo Dona Amália só tomava conhecimento da vida da irmã através da narrativa de pessoas vindas de fora. E foi desta forma que ela soube da morte de Maria Déia em 1938.

Fim de Lampião, Maria Bonita e seu bando. Fonte - http://blogdathayanne.blogspot.com
Ao ler o trabalho do jornalista Renato Riella percebi que este se apresenta com uma narrativa muito mais detalhista e aberta, mostrando que esta entrevista foi muito bem conduzida, trazendo alguns fatos sobre a vida da mulher de Lampião.
Infelizmente esta reportagem de 1970 não informou maiores detalhes do destino de Dona Amália e seu esposo. Já o pesquisador e escritor da cidade de Paulo Afonso, João de Sousa Lima, em seu ótimo livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, 1ª ed., 2005, na página 90 informa que Amália nasceu em 10 de julho de 1916,era conhecida na família como Dondon. O autor informa que ela e seus seis filhos seguiram para a cidade de Osasco, no estado de São Paulo, aonde veio a falecer no dia 12 de maio de 1996, em decorrência de um infarto.

[1] Sobre o jornalista A. C. Rangel nenhuma referencia encontrei. Mas em relação ao fotógrafo Rubens Boccia temos várias informações (Ver - http://terceirotempo.bol.uol.com.br/quefimlevou_especial_foto.php?id=2288&sessao=f&galeria_id=2052&foto_id=19532  /  http://edemarannuseck.blogspot.com/2011/04/wilson-de-freitas.html
[2] Existem algumas obras sobre o tema cangaço que apontam situações parecidas como as narradas pelo pai de Maria Bonita nesta matéria. Mas no caso da criança, por mais bruto que fosse Lampião quanto bandoleiro, havia uma relação muito positiva entre ele e Maria Bonita e não acredito que ele chegasse a este tipo de atitude em relação ao seu próprio filho.
[3] Em contato com o amigo Ivanildo Silveira, competente Promotor de Justiça em Natal-RN e grande conhecedor do tema cangaço, me informou que este fato nunca foi comentado por cangaceiros sobreviventes. Entretanto existe um município no sul do estado de Alagoas denominado Girau do Ponciano, a vinte e seis quilômetros da cidade de Arapiraca. Segundo o pesquisador Kiko Monteiro, em artigo publicado neste blog “Tok de História”, um comerciante deste local de nome Eloy Mauricio, tive os seus armazéns saqueados pelo bando de lampião em abril de 1938, três meses antes da morte de Maria Bonita e seu companheiro. Teria sido nesta ocasião e neste local que se deu o fato narrado por Zé Felipe aos jornalistas em 1958? Infelizmente não conseguiu confirmação. (Ver - http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/08/06/canhoba-em-sergipe-e-rota-do-cangaco-os-carvalhos-lampiao-e-o-estado-menor/). Já sobre o pai de Maria Bonita, segundo o pesquisador e escritor João de Sousa Lima, no seu livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 87 temos a informação que Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, sete anos após a entrevista aos jornalistas de “O Jornal”.
[4] João de Sousa Lima, no seu livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 90 informa que o nome desta irmã de Maria Bonita seria Amália Oliveira Silva e Amália Gomes de Oliveira seria provavelmente seu nome de solteira. Sobre o jornalista Renato Riella ver - http://riella.blog-se.com.br
[5] O Povoado riacho dista vinte e cinco quilômetros de Paulo Afonso. (Ver - http://www.juraemprosaeverso.com.br/HistoriasDasCidadesBrasileiras/HistoriaDaCidadeDePauloAfonso.htm)
[6] Sobre o candidato a deputado estadual José Augusto informo que nada encontrei. A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia possui em seu site na internet uma interessante página com pequenas biografias dos vários deputados que atuam e atuaram na casa. Mas não encontrei nenhuma referência a algum político com este nome. É certo que em 1970 houve um pleito onde os eleitores dos estados da federação escolheram diretamente seus candidatos ao senado, a câmara federal, para as assembleias legislativas, prefeituras e câmara de vereadores. (Ver - http://www.al.ba.gov.br/v2/deputados.cfm /   http://www.tse.jus.br/eleicoes/cronologia-das-eleicoes)
[7] João de Sousa Lima, livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 90 confirma que Dona Amália havia casado com Manuel Oliveira Silva.
[8] Este canivete “Corneta”, comentado na reportagem pela Dona Amália seria o que atualmente é conhecido popularmente como canivete de “Eletricista”. Também era conhecido antigamente como “Pica Fumo”. Já o nome como esta peça de cutelaria era conhecido naquela época vem da tradicional fábrica Indústria e Comércio Corneta S.A., implantada a mais de 70 anos no Brasil por imigrantes alemães na cidade de São Paulo. Ver - http://www.corneta.com.br/
[9] João de Sousa Lima, livro “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço”, na pág. 30 informa que esta avó era a materna e se chamava Ana Maria. O autor aponta que Maria Déia decidiu ficar neste local para cuidar da saúde da avó e teria sido dali que ela seguiu definitivamente com Lampião.
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OBRIGADO !

  Quero agradecer à querida Débora siqueira e ao vereador Gilsom Rêgo pelos filmes que me enviaram. Vocês salvaram meu fim de Semana.
         Grato!

sexta-feira, 9 de março de 2012

O PIONEIRISMO DE CELINA GUIMARÃES

 
Era filha de José Eustáquio de Amorim Guimarães e Eliza de Amorim Guimarães. Estudou na Escola Normal de Natal, onde concluiu o curso de formação de professores. E foi nessa mesma escola que conheceu Elyseu de Oliveira Viana, um jovem estudante vindo de Pirpirituba/PB, com quem se casou em dezembro de 1911 e seria seu companheiro para toda a vida. Em 1912 foi para Acari/RN e em 13 de janeiro de 1914 mudou-se para Mossoró/RN.
Com o advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que, ao regular o "Serviço Eleitoral no Estado", estabeleceu que não haveria mais "distinção de sexo" para o exercício do sufrágio. Segundo pesquisa do escritor João Batista Cascudo Rodrigues, o histórico despacho foi vazado nestes termos:
Cquote1.svg Tendo a requerente satisfeito as exigências da lei para ser eleitora, mando que inclua-se nas listas de eleitores. Mossoró, 25 de novembro de 1927. Cquote2.svg
Israel Ferreira Nunes
.
Aprovada a Lei, várias mulheres requereram suas inscrições e a 25 de novembro de 1927. As eleitoras compareceram às eleições de 5 de abril de 1928, mas seus votos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado. Somente com o Código Eleitoral de 1932, é que "o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo…" poderia votar efetivamente.
Quanto à questão de ter se tornado, de repente, a primeira mulher do país a votar, Celina confessou:
Cquote1.svg Eu não fiz nada! Tudo foi obra de meu marido, que empolgou-se na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. Jamais pude pensar que, assinando aquela inscrição eleitoral, o meu nome entraria para a história. E aí estão os livros e os jornais exaltando a minha atitude. O livro de João Batista Cascudo Rodrigues - A Mulher Brasileira - Direitos Políticos e Civis - colocou-me nas alturas. Até o cartório de Mossoró, onde me alistei, botou uma placa rememorando o acontecimento. Sou grata a tudo isso que devo exclusivamente ao meu saudoso marido.  Cquote2.svg

CALENDÁRIO CULTURAL 2012


FEVEREIRO
14 a 17 – IV SETEPE – Semana de Estudos, Teorias e Práticas Educativas. (UERN).
18 a 21 – Carnaval.
27 a 29 – Semana Pedagógica do Município (Auditório do IFRN).

MARÇO
05 – Início do ano letivo nas escolas e creches municipais.
14 – Dia da Poesia.

MAIO
09 – Sensibilização para o Vitrine Cultural e divulgação do tema.
10 – Reunião com representantes de arraias do município para tratar das festividades Juninas.

JUNHO
05 – Dia do Meio Ambiente
- Lançamento do Festival de Quadrilha (Data a confirmar)
- Lançamento do “Pau dos Ferros Cidade do Forró” (Data a confirmar)
- Apresentação do Auto de São João pela Cia Dancart (Data a confirmar)
- Festival de Quadrilhas (Data a confirmar)
- Premiação e festa de rua (Data a confirmar)

JULHO
12 – Data limite para entrega dos orçamentos para apresentações do Vitrine Cultural (Escolas Municipais)
18 – Dia do trovador

AGOSTO
09 – Encontro de repentistas na Praça de Eventos N. Senhora da Conceição
10 a 12 – 1º Encontro Regional de Artesãos do Auto-oeste – Praça Cônego Caminha
                 Oficinas de Artesanato na Casa de Cultura Joaquim Correia
29 a 31 – Vitrine Cultural “Xanana Diógenes”

SETEMBRO
01 a 04 – FINECAP
04 – Aniversário da cidade
19 – Dia do teatro – Espetáculo na Casa de Cultura Joaquim Correia (Programação a confirmar)

OUTUBRO
12 – Fest Criança
15 – Dia do Professor

NOVEMBRO
05 – Dia Nacional da Cultura
05 – Dia do Cinema Nacional – Projeções na Casa de Cultura Joaquim Correia
19 – Dia do Cordelista – Workshop com Manoel Cavalcante – Membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Trovas
28 – Início da Festa de Nossa Senhora da Conceição – Padroeira de nosso município.

DEZEMBRO
- 3º Encontro de Bandas Marciais (Datas a confirmar)
08 – Procissão de Nossa Sra. da Conceição e encerramento da festa religiosa
24 Natal

quinta-feira, 8 de março de 2012

Exposição sobre Goethe começa segunda na UFRN


     Será realizada a partir de segunda, dia 12, prosseguindo até o dia 12 de abril, uma exposição sobre a vida e a obra do escritor e pensador alemão, Johann Wolfgang von Goethe, na Biblioteca Central Zila Mamede, da UFRN. A mostra, com 45 telas compostas de imagens e textos, é bilíngue, em alemão e com tradução para português e fica aberta das 8 às 22h. A exposição, realizada em parceria com o Instituto Goethe, intitulado “Goethe - último gênio universal?”, apresenta as múltiplas realizações e contribuições do pensador nas diversas áreas da arte, ciência, política, literatura e cultura germânica em geral.
 

 O evento de abertura ocorrerá no dia 12 de março às 19h na Biblioteca Central Zila Mamede, e conta com a presença do diretor do CCHLA, prof. Herculano Ricardo Campos, e do diretor regional do Instituto Goethe, Frank Emmerich.

A parceria com o Instituto faz parte da política de internacionalização que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte vem desenvolvendo, juntamente com a iniciativa de cooperação científico e acadêmico entre Brasil e Alemanha, com o objetivo de incentivar uma maior interação cultural nesses dois países.

A exposição é coordenada pelo professor de Língua Alemã e Literaturas do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras da UFRN, Michael Manfred Hanke, que pretende promover outros projetos de cooperação institucional com o mesmo objetivo acadêmico.

Goethe

Um dos grandes colaboradores da literatura alemã como escritor, atuou também nos diversos campos da arte, como teatro, arquitetura, e artes plásticas. Na literatura como Poesia, tradutor, editor, também na cultura, ciência, filosofia, religião, história, arqueologia, jurídico, político, sistemas militares e economia nacional. Em suas obras literárias, destaca-se “Os Sofrimentos do Jovem Werther” e “Fausto”. Seus trabalhos sobre: mineralogia, geologia, química, meteorologia, biologia e morfologia possuem grande importância científica.
 

 Ele também deu inicio a um novo método de aproximar o homem com a natureza, numa concepção do mundo expressa na fusão da intuição com o pensamento. Toda a sua obra evidencia uma busca incessante da sabedoria, em busca do conhecimento da suprema verdade. A ideia da exposição é mostrar como Johann Wolfgang von Goethe foi e ainda é influente em várias áreas e em todo mundo, como um “gênio universal”.

Para saber mais: Michael Manfred Hanke - professor de Língua Alemã e Literaturas do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras da UFRN, fone - 8133-2582.

Ass. Imprensa do CCHLA