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sábado, 25 de abril de 2015

FRANCISCA LOPES BEZERRA



Por Licurgo Nunes Quarto




Acessando a internet, nesses dias, vi essa foto e, de imediato, me ocorreu a ideia de prestar uma homenagem a essa mulher, filha, esposa e mãe de família das mais respeitadas e dignas da nossa Pau dos Ferros de antanho: Dona Francisca Lopes Bezerra, ou “Francisca de João Escolástico”!
Filha mais velha do casal João Florêncio de Queiróz e de Francisca Alzira do Rêgo, nasceu no Sítio Alencar, localizado no município de Pau dos Ferros, a 26 de dezembro de 1907.
Criança ainda, já ajudava à sua mãe nos trabalhos domésticos, bem como aventurava-se em pequenos trabalhos no campo, tentando colaborar e cooperar com o seu pai nas atividades agrárias.
Estudou no histórico “Grupo Escolar Joaquim Correia”, de secular tradição, cursando o “primário”! 
Na qualidade de primogênita, foi responsável pela orientação dos seus irmãos mais novos – em número de nove - quando, com tirocínio e determinação, encaminhou-os na vida, mostrando-lhes a necessidade de estudar e trabalhar. No que, diga-se, foi muito bem sucedida nessa missão, haja vista que entre os irmãos, três se destacaram no cenário estadual, senão vejamos:
José Florêncio de Queiróz, empresário do ramo da construção civil, foi responsável pela execução de inúmeros projetos, entre os quais a construção do “Obelisco” de Pau dos Ferros – marco comemorativo do centenário da emancipação politica do município e do bicentenário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - e projetado pelo Arquiteto baiano Oscar de Sousa Lelis, assim como construtor e proprietário do primeiro cinema da cidade - o “Cine São João” (uma homenagem ao seu pai, o Sr. João Florêncio de Queiróz) – equipamento de entretenimento da população, além de também usado – à época - como auditório para shows artísticos/culturais, palestras, conferências. Hoje totalmente desfigurado, deu lugar a um supermercado; deveria ter sido tombado pelo patrimônio público!
Manoel Florêncio de Queiróz, executivo, comerciante bem sucedido, e 
Antônio Florêncio de Queiróz. A respeito deste, disse eu quando escrevi a sua biografia:
“ ...empresário, com largo conceito no setor industrial, voltou-se para o seu Estado de origem, onde implantou várias fábricas e salinas, gerando emprego e renda para os seus conterrâneos. Daí foi angariando a simpatia e o reconhecimento dos seus conterrâneos, que o lançaram candidato a Deputado Federal.
Eleito Deputado Federal, com expressiva votação – principalmente dos eleitores da Zona Oeste do Estado, e mais especificamente, dos eleitores de Pau dos Ferros, seus conterrâneos, que, maciçamente, sufragaram o seu nome - iniciou a sua luta incessante em prol do desenvolvimento sócio econômico do Rio Grande do Norte. 
Acreditava na fábrica de barrilha como capaz de amenizar a pobreza do nosso Estado. E para isto muito lutou.
Grande responsável pela execução e concretização do “Porto Ilha de Areia Branca”. Vislumbrava um porto marítimo em alto mar que teria a capacidade de, agilizando o carregamento de um navio, ajudar às indústrias na comercialização do sal. Essa operação, que antes demorava de 15 a 30 dias, dependendo da capacidade de carga do navio, com o advento do porto ilha passou a ser realizada em 24 horas.
Foi o grande batalhador para que o asfaltamento da BR 405 – espinha dorsal da Região Oeste do Estado - tornasse realidade. Via nessa rodovia o grande escoadouro das riquezas e produtos da região em que nascera, bem como sabia que aquela rodovia asfaltada iria trazer inúmeros benefícios ao povo da nossa região, uma vez que facilitaria em muito os deslocamentos, não só para as cidades circunvizinhas, mas, e principalmente, para Natal, a Capital do Estado.
O hoje promissor mercado do camarão, com a criação em viveiros - as “fazendas de camarão” – e que tem o Rio Grande do Norte como o grande produtor nacional, gerando divisas para o País, originou-se no Governo de Cortez Pereira, tendo o Deputado Antônio Florêncio como o grande incentivador, que chegou, inclusive, a levar técnicos potiguares a adquirir “know-how” no Japão e Filipinas, à época grandes produtores daquele crustáceo.
Elegeu-se Deputado Federal por quatro legislaturas, consecutivas, de 1971 a 1987.


Faleceu, a 11 de abril de 1991, com 65 anos de idade, deixando viúva Dona Neuza Casares de Queiroz, sua companheira durante 38 anos de casados. Do casamento houve quatro filhos.
O seu falecimento, precoce, trouxe uma lacuna muito grande para a política nacional e local, principalmente para a Região Oeste do nosso Estado, uma vez que se perdeu um político honesto, trabalhador, empreendedor, e, acima de tudo, empenhado em buscar o desenvolvimento industrial, social e o bem estar do seu povo, dos seus conterrâneos.
O Deputado Antônio Florêncio de Queiroz foi um homem público que deve sempre ser lembrado com respeito e consideração pelos norte-rio-grandenses; via sempre adiante os caminhos do futuro do nosso Estado”.

Dona Francisca casou-se em 21 de janeiro de 1925 – aos 18 anos, portanto – com o Sr. João Escolástico Bezerra, nascido a 10 de fevereiro de 1904 e natural da então “Vila Sebastianópolis”, pertencente à época ao município de Mossoró, hoje cidade “Governador Dix-Sept Rosado”. Com apenas 05 anos de idade, João Escolástico, acompanhando os seus pais, foi morar na cidade de Pau dos Ferros, tornando-se um pauferrense dos mais importantes e dos mais laboriosos, tendo exercido as honrosas funções de Prefeito Municipal, quando muito trabalhou pelo município, realizando obras estruturantes que marcaram a sua administração, além de ter exercido as funções de Escrivão e Tabelião do 1º Cartório do Termo Sede da Comarca de Pau dos Ferros, função em que se aposentou em 20 de julho de 1954.
Ao contrair núpcias, “Dona Francisca de João Escolástico” – da maneira em que era conhecida em toda Pau dos Ferros – deixou de ser “Francisca Lopes de Queiróz”, para se tornar Francisca Lopes Bezerra, adotando, portanto, o sobrenome do marido.
Desse feliz casamento – que perdurou por 39 anos - onde a harmonia, o respeito e a admiração mútuos foram uma constante, resultou no nascimento de 21 filhos, a saber:
Raimunda Nair Bezerra; José Edmilson Escolástico Bezerra; José Escolástico Bezerra; Maria Delça Bezerra Lopes; Valdenora de Queiroz Bezerra; Antônia Gelça Bezerra Cavalcanti; Raimundo Escolástico Bezerra; João Escolástico Bezerra Filho; Heriberto Escolástico Bezerra; Francisca Nadir de Queiroz Bezerra; George Escolástico Bezerra; Verônica Marinha Bezerra; Lázaro Escolástico Bezerra; Luiz Escolástico Bezerra; Margarida Maria Bezerra Turíbio; Ezequiel Escolástico Bezerra; Miguel Escolástico Bezerra; Paulo Escolástico Bezerra; José Maria de Queiroz Bezerra; Maria José de Queiroz Bezerra e Glória Maria Bezerra Oliveira.
Vale lembrar que os filhos todos nasceram de parto normal, com auxílio de uma "parteira" - essa profissional, esquecida no tempo e no espaço, e que, pondo em prática os seus conhecimentos empíricos, tantos serviços prestaram às parturientes da cidade!
Mulher digna, de fibra, personalidade marcante; criou a prole numerosa com austeridade, com firmeza e calcada nos princípios de honestidade e de caráter. 
Muito católica, fazia parte da congregação "Filhas de Maria"; de uma fé muito grande em Deus, e devota de Nossa Senhora da Conceição.
Ganhava sempre o prêmio - quando das comemorações do “dia das mães”, (em shows realizados no “Cine São João”) - quando o requisito era ser “a mãe com maior número de filhos”; e aí ela era imbatível; e imbatível também o seria - e ganharia sempre o primeiro lugar - acaso houvesse as categorias de “a mãe mais dinâmica, “a mãe mais dedicada”, “a mãe mais diligente”.
Vendo a necessidade de proporcionar aos filhos uma educação de melhor qualidade – e até mesmo para reunir a família sob um mesmo teto, haja vista que havia filhos “espalhados” por Pau dos Ferros, Mossoró e Natal, mudou-se para a Capital – ano de 1959 - indo morar na Av. Rio Branco, na Cidade Alta, a principal artéria da cidade. A sua casa tornou-se um autêntico “consulado” de Pau dos Ferros, para onde aportavam parentes e amigos que iam à cidade grande resolver algum problema funcional - ou mesmo de saúde.
O dia 23 de maio de 1964 foi para Dona Francisca um dos dias mais tristes de sua vida, pois foi nessa data em que faleceu – aos 60 anos - o seu dileto esposo, amigo e companheiro João Escolástico Bezerra. Foi uma união feliz, respeitosa e amiga.
Dona Francisca Lopes Bezerra faleceu em Natal, no dia 1º de janeiro de 1986, com 71 anos de idade, e após 22 anos do falecimento do seu esposo.
A augusta Câmara Municipal de Pau dos Ferros, em um ato de reconhecimento pelo muito que ela fez em prol dos seus conterrâneos, prestou-lhe uma significativa homenagem dando o seu nome a uma das ruas da cidade.
Eis pois, amigos, uma homenagem que presto a essa mulher que fez da simplicidade, da humildade e da personalidade marcante um ideário de vida, e que soube transmitir aos seus descendentes todos esses adjetivos, todas essas qualidades; e todos, sem exceção, “aprenderam com louvor a lição”, pois tornaram-se homens e mulheres de bem!
Congratulo-me com o Miguel e o Paulo, que são quase “fins de rama” da referida descendência (depois destes nasceram apenas os gêmeos José Maria e Maria José que viveram por apenas dois meses, e a Glória Maria Bezerra, esta sim, a caçula) do casal João Escolástico Bezerra/Francisca e que foram meus amigos de infância, em Pau dos Ferros; congratulo-me, igualmente, com o Dr. João Escolástico Bezerra Filho - Advogado por formação e vocação e um dos decanos da prole citada - residente há muitos anos no Rio de Janeiro. Detentor de um acervo inestimável sobre a nossa terra e a nossa gente, brinda-nos e nos presenteia, a todos nós, sempre, com belos textos evocativos - as suas lembranças e recordações telúricas, terreais - e, dessa forma, contribuindo, sobremaneira, para que a história da nossa cidade seja preservada, seja perpetuada!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

COISA BOA....

DOCUMENTÁRIO SOBRE À INVASÃO DE MOSSORÓ COMEÇARÁ SER FILMADO NESTA QUINTA EM AURORA-CE

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FONTE – http://blogdaaurorajc.blogspot.com.br/2015/04/documentario-sobre-invasao-de-mossoro.html
Muito já se sabe sobre a história de Lampião em seus quase 20 anos de intensas estripulias pelos sertões de 7 estados nordestinos. Porém, ao contrário do que muitos ainda imaginam, inclusive bons pesquisadores e outros  “escribas livrescos”,  há muito ainda a se dizer, descobrir, estudar e escrever acerca da verdadeira saga lampiônica pelos grotões sertanejos.   
Uma dessas lacunas que continua aberta nas narrativas do Cangaço, sobretudo no que tange à história de Lampião, diz respeito  ao famoso episódio relacionado à Invasão da cidade de Mossoró em julho de 1927, cuja trama aconteceu na fazenda Ipueiras no município de Aurora no Cariri cearense. 
Um imenso cipoal de fatos e acontecimentos dos mais emblemáticos envolvendo, além da figura de Lampião, personagens fundamentais como o Cel Izaías Arruda e Massilon Leite – ditos como os principais patrocinadores  que convenceram Virgulino a aceitar tal empreitada. Ainda, outros colaboradores aurorenses tais como Zé Cardoso, Miguel Saraiva, Décio Holanda do Pereiro, Júlio Porto e João 22 do subgrupo dos irmãos marcelinos. Como ainda figuras menores mas não menos importantes para a compreensão da trama como os cangaceiros da terra, moradores do riacho das Antas como José Côco, Zé Roque, Zé de Lúcio e Antonio Soares que integravam tanto o bando do coronel como o do próprio Massilon e dos Marcelinos.
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Ocorrências históricas que se deram em solo aurorense(envolvendo a Ipueiras, os serrotes do Cantis e Diamante que serviam de coito para Lampião e seu bando) meses antes da malograda invasão à cidade do oeste potiguar. E depois da invasão frustrada – a traição do cel. ao rei do cangaço, culminando com a tentativa de envenenamento do bando e o famoso fogo da Ipueiras que também contou com a presença suspeita do major Moisés Leite de Figueiredo – comandante geral das volantes.
Fatos que como se nota estão ausentes ou muito pouco narrados(pelos menos como deveriam) na literatura tida como oficial do cangaço atinente ao célebre acontecimento.
DOCUMENTÁRIO DE SILVIO COUTINHO
De modo que avaliamos como bastante necessário e alvissareiro a produção do documentário cinematográfico “Chapéu Estrelado”, do diretor carioca Silvio Coutinho, roteiro do artista plástico Iaperi Araújo, Além da produção de Valério Andrade na produção e de Rostand Medeiros na pesquisa. 
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Um filme que tenta refazer o caminho que o bando de Lampião trilhou entre 10 e 14 de junho de 1927 pelo interior do Ceará, Paraíba e RN a partir do município de AURORA Sul do Cariri precisamente na fazenda Ipueiras onde ocorreu  toda a trama para à invasão de Mossoró.
Trata-se portando de um documentário em longa-metragem intitulado “Chapéu Estrelado – Os caminhos de Lampião no Oeste Potiguar” que estará sendo filmado a partir desta quarta-feira(22) na cidade de Aurora.
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Para tanto,  Rostand Medeiros (foto acima, entrevistando) já combinou com o secretário de cultura de Aurora o também pesquisador José Cícero para que o mesmo possa participar dos trabalhos durante as filmagens à Ipueiras, Cantins e Serrote do Diamante( locais que serviram de coito para o rei do cangaço e seu bando). 
Oportunidade em que o secretário aurorense falará um pouco acerca da figura de Massilon Leite que juntos do Cel. Izaías Arruda convenceram Lampião à empreitada de Mossoró. Como igualmente de Miguel Saraiva e Zé Cardoso que também foram participes no citado episódio. 
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Conforme o cineasta a prioridade “máxima” é que a primeira exibição pública seja no RN, “pelo menos” em Natal e Mossoró. O plano é lançar ainda em 2015, mas a data não foi definida. “Depois do lançamento, e antes de chegar ao circuito comercial, pretendemos fazer o circuito de festivais nacionais e internacionais. Para ele, o cangaço é um tema internacional e continua atual.
Coutinho adiantou que o formato do documentário, que conta com parceria da produtora Locomotiva Cinema de Arte (RJ), será moderno, dinâmico. “Vamos explorar bastante a paisagem dos três estados onde vamos filmar (CE, PB e RN) e ouvir herdeiros dessa memória pelo caminho”.
Para a execução do documentário a equipe de filmagem ouvirá também alguns pesquisadores do cangaço, sobretudo no tocante aos episódios  ocorridos em Aurora que envolveram Lampião, o coronel Izaías Arruda, Zé Cardoso e  Massilon. Quando serão entrevistados o secretário de cultura local José Cícero (professor e pesquisador do cangaço)  e na vizinha cidade de Missão Velha onde existe ainda hoje o grande casarão onde residiu coronel; serão entrevistados  o prof. João Calixto Jr e o memorialista João Bosco André.
Toda a equipe de filmagem deverá chegar em Aurora na noite de quarta-feira(22) onde ficará hospedada até o dia seguinte, data prevista para o início dos trabalhos.
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Da Redação do Blog de Aurora.
Com infomes do TOK DE HISTÓRIA.

OS ÌNDIOS NO RN

OS ÌNDIOS NO RN


      Em três séculos toda essa Gente desapareceu. Nenhum centro resistiu, na paz às tentações d'aguardente, às moléstias contagiosas, às brutalidades rapinantes do conquistador. Reduzidos foram sumindo misteriosamente, como que sentindo que a hora passara e eles eram estrangeiros na própria terra". (Cascudo, 1955)
     O RN no início de sua colonização era habitado por numerosas tribos indígenas. De acordo com informações dos historiadores tradicionais, como Estevão Pinto, Câmara Cascudo e Tarcísio Medeiros, parte desses índios pertencia ao grupo Tupi-Guarani, falando a língua geral, e os demais que falavam idiomas diferentes eram considerados de "Língua travada" ou Tapuias.
    Centralizando em nossa região tivemos os "Icós pequenos" que fixaram-se nas regiões de Luiz Gomes, José da Penha, marcelino Vieira, pilões e Alexandria. "Caborés e Icozinhos", errantes e turbulentos ocasionaram muitos problemas com os fazendeiros nos séculos XVII E XVII. Aldeados com os Pain na zona de Mossoró e Apodi em 1688, mais tarde apareceram em Portalegre. Em Pau dos ferros, Encanto, Dr Severiano, São Miguel e  Rafael Fernandes habitaram os Panatis.
     No difícil convívio do índio com o branco, no contexto social da colonização, a posição do primeiro foi sempre de completa submissão e no decorrer de três séculos, o indígena do Rio Grande do Norte desapareceu não resistindo a uma série de fatores a que estava sujeito com a colonização branca.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

PAU DOS FERROS, 1862 EPIDEMIA DE "CÓLERA-MORBO"

Em 1862,o município de Pau dos ferros foi assolado por uma terrível epidemia de cólera-Morbo. Morreram 189 pessoas, conforme informações fornecidas pela Câmara ao presidente da província. A Cólera é uma doença causada por uma bactéria que se multiplica rapidamente no intestino humano.Caracteriza-se por uma diarréia intensa,que leva a uma rápida desidratação e consequentemente a morte. Infecta apenas os seres humanos e sua transmissão se dá através de dejetos fecais,principalmente por água contaminada.
 Agora imagine você  leitor, numa população de pouco mais de mil habitantes, sem cemitério, morrer em pouco tempo 189 pessoas.....A câmara suspendeu seus trabalhos no período de Abril a Setembro daquele ano e incalculáveis foram os prejuízos que pau dos ferros sofreu com o cruel flagelo.
 Os corpos eram enterrados em Valas coletivas, que segundo testemunhos orais de pessoas da época e que chegaram até nós, as valas se localizavam num "carrasco" onde hoje fica entre a COHAB e a Escola Severino Bezerra.
 O município com as poucas rendas que dispunha e com auxílio da província, construiu uma casa para as suas sessões e o cemitério.
 No ano seguinte, 1877, manisfestou-se uma seca que se prolonga por três anos, causando incalculáveis prejuízos ao  município.A criação e a agricultura, principais fontes de riqueza da região, foram quase extintas devido ao rigor do flagelo e á sua longa duração. Numerosas famílias, esgotados seus recursos, abandonaram seus lares e se retiraram para as cidades litorâneas.Além da fome que impiedosamente flagelava os pobres sertanejos, a varíola, as febres, disenterias, sarampo e outras moléstias endêmicas causaram numerosas vítimas.