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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

MARIAS CHEIAS DE GRAÇA




















Há muito, se conhece (ou não) sobre os tipos populares das "Três Marias da Barragem", assim como outros tipos populares que permeiam as ruas de Pau dos Ferros. No entanto, o cancão piou diferente e uma danada por nome de Vanessa Maria de Queiroz Freitas, beliscada pelo "menino ruim" da História, cutucada pelo ferrão da curiosidade, decidiu estudar "As três Marias da Barragem" em seu artigo de conclusão de curso.

Foi nesse terreiro, que o feijão foi desbulhado de outra maneira, sob a ótica da História e os olhares de Michael Foulcaut e seus coleguinhas. Foi com um grande prazer que recebi o convite de fazer uns versos para a epígrafe e como conheço a autora desde o tempo em que eu era ruim que nem presta, assim como a história das 3 Marias, não hesitei. Fiz.

Três Marias de verdade.
Maria da Lucidez,
A da Singularidade,
E a da Ingênua Timidez.
Três Marias autorais
Mentoras dos próprios ais
Donas da própria agonia...
Um mundo só em três mentes,
Três Marias diferentes
De qualquer outra Maria.

Marias da inconsciência,
Da margem da sociedade,
Da própria história em essência
Das mãos da desigualdade.
Marias da vida inglória,
Marias filhas da História,
Almas vagando em vielas,
Pedintes de amor interno
Rainhas do trono eterno
Do próprio refúgio delas.

Ela muito bem descreve objetivamente as três personagens reais:

"Lilita. Antônia. Helena. Três mulheres. Um mistério comportamental. Falar das “Três Marias da Barragem” é falar de três irmãs que são conhecidas e nomeadas pela maior parte da população pauferrense por andarem sempre juntas e compartilharem de hábitos recorrentemente parecidos, em público, ou seja, as três irmãs não costumam se comunicar com outras pessoas, usam sempre um pano na cabeça para cobrir o rosto e se afastam de todos que tentam alguma aproximação; além disso, esta ligação com a barragem se dá pelo momento em que elas passaram a ser mais vistas na cidade, quando moravam no Sítio Barragem, pertencente à cidade de Pau dos Ferros – RN."

O academicismo pôs um quê a mais neste universo já belo, porém obscuro. Com a lanterna do conhecimento, Vanessa clareou um caminho bastante enigmático e controverso e com isso, prestou um grande serviço à literatura, ao misticismo, à história de Pau dos Ferros, aos deuses, e a quem quiser se sentir tocado por tudo isso. Filha do ex-vereador Eraldo Alves e consequentemente neta do também ex-vereador João Queiroz, ela traz em si, um espírito genuinamente pauferrense, de buscar, de preservar e de valorizar tudo aquilo que nos remete. Também Maria, Vanessa é uma Maria além do vértice, mais uma Maria singular, mais uma Maria afogada no universo humano. Pelo artigo, no mundos das outras três, percebemos inquietações, padrões vencidos, corpos modificados, vidas moldadas por mãos imaginárias, histórias talhadas com o cinzel das realidades. É uma loucura, é uma lucidez, é uma divindade. É um conflito entre o belo e o intrigantemente belo. É uma dose de história com "três" de dedos de imaginação (ou de cana). Viagem pela memória, é a tampa de um baú secular. É tudo e mais um pires de doce de leite. Tá bom. Parei. Mas quem quiser, continue!

Por Manoel Cavalcante

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

20 FATOS SOBRE A HISTÓRIA DO SEXO

Sexo-Mesopotamia
O sexo acompanha o ser humano em toda a evolução. Apesar de nossos antepassados e todos nós termos nascidos a partir de um ato sexual, o tema ainda é motivo de polêmica e taboo em várias culturas e/ou religiões ocidentais e orientais. Com o objetivo de conhecermos a forma como nossos ancestrais encaravam o tema, confira 20 fatos sobre a história do sexo.
- Estudos feitos por arqueólogos em objetos e pinturas rupestres indicam que os seres humanos na Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais para incrementar a paquera, faziam sexo em posições diferentes e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais.
- As posições sexuais variavam. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China e da Índia. Uma outra imagem mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração.
- No Paleolítico, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no Neolítico, a monogamia passa a ser predominante. Observando o estilo de vida dos animais domesticados, os homens passaram à monogamia.
- Não faltam exemplos da prática da masturbação na Pré-História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 a.C. Outra retrata um homem no ato em 5000 a.C.
- Os homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos. Arqueólogos desconfiam que plantas do gênero Aneilema eram usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens.
Sexo-Venus-Willendorf
- Pesquisadores apontam que a atividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos.
- O sexo entre homens e animais – a zoofilia – também era praticada. Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces.
- Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da pornografia. A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma região ocupada há 40 mil anos atrás.
- Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele.
- Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atração sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atrativos quanto a bunda. O ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara.
Sexo-Roma-Antiga
- Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios.
- Os conhecimentos sobre a atividade sexual começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2.
- Os gregos e romanos eram monogâmicos – no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco-romanos descobriram que o amor nem sempre é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. As mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte.
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- Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores.
- na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbação!
- Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu.
- O grego Hipócrates achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de umidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses atuais.
Orfeu-Euridice
- Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro A Arte de Amar, do poeta Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as dicas, estava o uso do goró: “O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos”. Recomendava: “Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas”.
- A legislação sexual romana era polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima – se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva.
- Em Roma, as prostitutas eram registradas e pagadoras de impostos, se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos.
Pintura da Idade Média
Pintura da Idade Média
- Na Idade Média, o orgasmo não tinha nada a ver com um prazer racional; era considerado uma força incontrolável. O corpo feminino era considerado mais suscetível ao pecado e à corrupção, necessitando da vigilância maculina. Não se costumava ficar completamente nu, nem para fazer sexo.
- O centro de uma casa nobre era um casal procriador, cercado de filhos solteiros, parentes e agregados. Porém, o adultério era comum nas famílias nobres e a poligamia era praticada e até admitida. Segundo a literatura, numa casa repletas de irmãs, sogras, tias, primas e cunhadas, só podia rolar incesto.
- A noite de núpcias poderia acontecer antes da cerimônia oficial do casamento, porque os noivos já estavam comprometidos pelo desponsatio, a partir do qual a noiva se tornava responsabilidade do marido e se mudava para o novo lar.
- No período medieval, um único leito não servia apenas ao casal, mas também a filhos e parentes. Ou seja, era cama famliar e não de casal, o que causava grandes preocupações morais. Cortinas podiam isolar a área destinada ao senhor. Quem tinha mais riqueza e poder, mantinha seus criados íntimos num quarto vizinho.
- O rapto de mulheres era corriqueiro até o século XII. Frequentemente, era feito com a concordância da mulher ou instigado por ela. Tratava-se de um modo de fazer valer a vontade dos pombinhos contra um casamento arranjado ou um meio de uma mulher se livrar de um mau marido.
Espartilho
- Os cabelos longos eram obrigatórios para as mulheres. Porém, como as longas madeixas tinham grande poder erótico, deveriam sempre ser trançadas. Todas as mulheres que não fossem prostitutas ou meninas, bem como as casadas quando saíam do quarto, deveriam cobrir as tranças com touca.
- Os costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a Reforma Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana.
- A partir deste período, mudarm os padrões de beleza – mulheres com cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais desejadas. No século XVI, surgiu o espartilho, peça de roupa que projetava o peito da mulherada para cima e afinava suas cinturas.
Sexo-Cortesas
- De 1545 a 1563, o Concílio de Trento tornou a Igreja a responsável pelo casamento – antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir daí, passaram a acontecer diante de um membro da igreja.
- No século XVI, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições sexuais. Em um dos quadros, um homem de joelhos segura uma mulher, que está na diagonal e com uma das pernas sobre seu pescoço.
- As pinturas de Giulio Romano são fichinha comparadas ao Kama Sutra, que foi escrito provavelmente entre os séculos 3 e 4, mas só foi popularizado no Ocidente a partir de 1883, quando ganhou uma tradução em inglês. O livro contém a descrição de 529 posições sexuais.
- Mesmo com a pena de morte por enforcamento, os homossexuais não deixavam de sair do armário. No século 18, começaram a surgir vário bordéis masculinos na Inglaterra, as “molly houses” (“molly” era a palavra em inglês para “efeminado”).
Imagem do livro Les Bijoux Indiscrets, de Diderot.
Imagem do livro Les Bijoux Indiscrets, de Diderot.
- As prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus quartos eram cheios de pentes, caixas de pó e frascos de perfume. Havia dois tipos de cortesãs. Algumas atendiam em casa e tinham uma agente, a alcoviteira, que buscava clientes nas ruas. Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados pelo estado.
- A paquera às moças solteiras tinha data para acontecer. Nas noites de 30 de abril, árvores parecidas com pinheiros, chamadas maio, eram plantadas diante das casas das moças. Plantas espinhosas eram dedicadas às garotas orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau odor, era uma forma de debochar das pobrezinhas.
- Os casamentos por amor, e não apenas por interesse, passaram a se tornar mais comuns, assim como o hábito de trocar cartas entre apaixonados. Muitas cartas tinham códigos secretos – o rei Henrique IV, que governou a Inglaterra de 1399 a 1413, usava, por exemplo, o $ em seus textos quando queria esconder algo.
- Na escola, todos já ouviram falar de Rousseau e Voltaire. Esses intelectuais do Iluminismo também escreviam pornografia. Na era moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos. Voltaire escreveu o livro Candide, que tem alguns textos eróticos, enquanto Diderot fala de sexo em Les Bijoux Indiscrets.
- As leis mais humilhavam que puniam. O adultério, por exemplo, era punido na França com um desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras. Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade usando chifres, enquanto as mulheres adúlteras tinham que montar em um asno, cobertas de penas.
- Em 1495, os soldados franceses em Nápoles dão sinais de tumores genitais. É o início da sífilis na Europa, uma das piores doenças sexuais modernas. Só em 1527,  é empregada pela primeira vez a expressão doença venérea, por Jacques Bethercourt.
- Por volta de 1550, o médico italiano Gabriel Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos femininos, e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio, hoje chamadas de tubas uterinas. A invenção da camisinha moderna também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa década.
- Em 1554, o médico alemão Johannes Lange descreve uma doença bizarra: a clorose, que atacava quem não fizesse sexo. Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento para curar a doença, obviamente, era a prática sexual.
Livro-Breve-Historia-Sexo
Se você gostou desta lista, sugerimos a leitura do livroUma breve história do Sexo, de Claudio Blanc, mostra ao leitor como a sociedade encarou o sexo desde os tempos mais longínquos da Pré-História, acompanhando as diferentes alterações passadas pelas concepções no decorrer da linha do tempo.

domingo, 8 de dezembro de 2013

VIVA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO!!!!!!!

Supõe-se que  a construção da igreja matriz de N. Sra da Conceição foi iniciada em 1738. Somente no dia 19 de dezembro de 1756, foi elevada à categoria de freguesia de N. Sra da Conceição de Pau dos ferros, com uma superfície de 783 km quadrados. Não se conhece lamentavelmente, nenhum decreto ou alvará de criação da paróquia. Todos os historiadores são unânimes ao afirmar que a criação da paróquia tenha sido em 19 de dezembro de 1756. 
 A primeira doação foi feita em 25 de março de 1740 pelo coronel Bento Fernandes lima. E isso acabou tornando-se um hábito entre os abastados da época...por isso pagamos alguns impostos (caros) à igreja por morarmos em terras de seu domínio. Mas....a devoção à virgem da conceição  já remonta há mais de 200 anos e o rebanho de fiéis, mesmo com todas as crises pelas quais  a religião enfrenta ,só tende a aumentar. apesar  de  algumas comemorações meio duvidosas, tipo motoromaria...talvez o antiquado seja eu....Em relação às mudanças  arquitetônicas da matriz....destroem os patrimônios históricos em detrimento de prédios retangulares e sem graça nenhuma. Assim como sumiu o livro de tombo, também desaparecem os bancos antigos, peças sacras e outros mimos que eu adoraria possuir. Mesmo assim Viva Nossa Senhora.!...que sempre me emociona na saída da procissão, toda minha vida passa como num filme.....Sigamos adiante!!!!
            Vianney