03

terça-feira, 30 de agosto de 2011

VII VITRINE CULTURAL XANANA DIÓGENES

                  Começou o VII Vitrine Cultural Xanana Diógenes, superando as expectativas confira as FOTOS  da 1ª Noite (29/08/2011)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A PEDIDOS!!!

        Atendendo a pedidos da direção do Educandário Imaculada Conceição estamos divulgando o tema que a escola irá apresentar no Vitrine Cultural, pois devido a um pequeno erro de digitação um dos termos foi suprimido. Antes estava "A ESCOLA PODE APERFEIÇOAR O ARTISTA, CRIA-LO NUNCA, PORQUE NÃO SE MELHORA O QUE EXISTE", segundo a escola o correto é: " A ESCOLA PODE APERFEIÇOAR O ARTISTA, CRIA-LO NUNCA, PORQUE NÃO SE MELHORA SENÃO O QUE EXISTE". Entenderam ???

PAPA-FIGO

Papafigo.jpg


O papa-figo é um mito urbano que ocorre em todo o Brasil. Seu nome é a contração de papa-fígado, sua principal característica.
Em geral, é descrito, como um homem idoso, sujo e com o corpo coberto de chagas. Pode, também, ser alto, magro, pálido e com a barba por fazer. Às vezes, carrega um saco. Costuma andar pelas ruas no final da tarde, durante o crepúsculo, à procura de crianças desacompanhadas, atraindo-as com o intuito de raptá-las, extraindo-lhes, a seguir, o fígado.
Ao lado do negro velho e do homem do saco, integra o ciclo do pavor infantil. Segundo versão paraibana registrada por Ademar Vidal (Lendas e superstições), a fim de não cometer injustiças, o papa-figo restrinje sua caça apenas aos meninos mal-comportados, desobedientes, teimosos ou chorões.
Em tempos antigos, acreditava-se que a lepra era uma doença de pele causada pelo mau funcionamento do fígado, órgão que, diziam, era o produtor do sangue. A cura estaria no consumo do órgão sadio. Mas somente o fígado infantil teria pureza e força suficientes para aliviar o sofrimento dos hansenianos. E sempre haveria alguém disposto a pagar qualquer preço por tão poderoso e raro lenitivo. O papa-figo era, portanto, em algumas versões, o próprio doente em busca de cura ou, outras vezes, o encarregado de conseguir a mercadoria para tal tipo de comércio.
Na interpretação de Mário Corso, em Monstruário (p.140), "de certa forma, hoje estamos ressucitando o papa-figo na figura do sequestrador de crianças para transplante de órgãos. A idéia é a mesma: nossas crianças são vítimas de ladrões de órgãos. Embora a maldade humana pareça não ter limites, desse fato só temos por enquanto suspeitas. Assim nascem e se conservam os monstros míticos, vivendo nessa fronteira difusa entre o fato e a fantasia".

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A LENDA DO LOBISOMEN


Imagem fictícia do lobisomem.
           O lobisomem é um dos mais populares monstros fictícios do mundo. Suas origens se encontram na mitologia grega, porém sua história se desenvolveu na Europa. A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, sendo que algumas pessoas, especialmente aquelas mais velhas e que moram nas regiões rurais, de fato crêem na existência do monstro.
                A figura do lobisomem é de um monstro que mistura formas humanas e de lobo. Segunda a lenda, quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse último filho será um Lobisomem.

Quando nasce, a criança é pálida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas de lobisomem aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de terça ou sexta-feira após seu 13º aniversário, o garoto sai à noite e no silêncio da noite, se transforma pela primeira vez em lobisomem e uiva para a Lua, semelhante a um lobo.
            Após a primeira transformação, em todas as noites de terça ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, açoita os cachorros e desliga todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante.
                 Quando está quase amanhecendo, o lobisomem volta a ser homem. Segundo o folclore, para findar a situação de lobisomem, é necessário que alguém bata bem forte em sua cabeça. Algumas versões da história dizem que os monstros têm preferência por bebês não batizados, fazendo com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.

FOLCLORE: IMPORTÂNCIA E PROTEÇÃO JURÍDICA


 
ARTIGOS
 FOLCLORE: IMPORTÂNCIA E PROTEÇÃO JURÍDICA


 ANTÔNIO SILVEIRA RIBEIRO DOS SANTOS
Juiz de direito em São Paulo. Criador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé (www.aultimaarcadenoe.com)

      Diz-se mais comumente que folclore vem do inglês “folk” = povo e “lore” = conhecimento e significa sabedoria popular. Quanto sua definição, tomando-se em conta as muitas que existem, podemos dizer que folclore é o conjunto de mitos, crenças, histórias populares, lendas, tradições e costumes que são transmitidos de geração em geração, que faz parte da cultura popular. O folclore assim pode ser considerado como a expressão cultural mais legítima de um povo. Entre as suas características, destacam-se: é popular, emana do saber cultural, constitui-se em uma tradição, é transmissível notadamente pela oralidade e pela pratica, faz parte do conhecimento coletivo, espelha uma situação ou ação, tem caráter universal, é anônimo e é criatividade livre e espontânea de um povo.
Dentro deste universo folclórico estão: a mitologia, as crendices, as lendas, os folguedos, as danças regionais, as canções populares, as histórias populares, os costumes populares, religiosidade popular ou cultos populares, a linguagem típica de uma região, medicina popular e o artesanato, conforme ensina Carlos Felipe (O grande livro do folclore.Editora leitura. 2.000).
Na mitologia brasileira podemos destacar alguns personagens e seus mitos, como o Anhangá que é um personagem mitológico da Amazônia protetora da natureza, especialmente dos animais. O Bicho-papão que é uma espécie de home-bicho que amedronta as crianças e que aparece para comê-las se elas não se alimentarem direito ou não obedecer aos pais. O Boitatá é uma cobra-de-fogo que vaga pelos campos, protegendo-os contra aqueles que os incendeiam. O Caipora ou Caapora é um pequeno índio coberto de pêlos, dono da caça e apreciador do fumo e da cachaça ou ainda um caboclo pequeno que aparece montado em um porco do mato. O Chupa-cabras é um animal parecido com um lobo mata animais domésticos principalmente galinhas, cães, cabras e ovelhas sugando seu sangue através de um foro que faz no pescoço da vítima. Muito difundido no sudeste brasileiro, o Chupa-cabras têm sido objeto de atenção inclusive da imprensa ultimamente. O Curupira cujo nome vem do tupi curu (abreviação de curumim ou menino) e pira (corpo) é um personagem mitológico que com pelos vermelhos e pés virados aparece para despistar os caçadores.É o ente protetor das florestas. O Lobisomem, mito "importado da europa" é um lobo que amedronta as pessoas nas noites de lua cheia. O Mão-grande é figura mitológica típica do Pantanal Matogrossense, principalmente na Nhecolândia. Trata-se de um homem que vaga pelos cerrados, pastas e capões da região e que agarra o cavaleiro pelo pescoço com suas enormes mãos e o mata. Mito muito difundido e temido pelos pantaneiros. O Mapinguari é personagem mitológico amazônico que segundo diz a lenda vive nos igapós onde dá uma gargalhada que dá medo nas pessoas. A Mula-sem-cabeça é uma mula-sem-cabeça que solta fogo pelas narinas e boca nas noites de quinta para sexta feira. Dizem que é uma mulher, que tomou a forma do animal como castigo por ter sido amante de um padre. O Negro-dágua é mitologia do Centro-oeste brasileiro, principalmente no Araguaia e nos corixos do Pantanal, que meio homem meio peixe derruba a canoa se o pescador não lhe der um pedaço de peixe. Já o Saci-pererê é um negrinho peralta e perneta que usa uma carapuça vermelha e um cachimbo na boca e que vive atazanando a vida das pessoas. Muito temido nos confins de nossos sertões, principalmente no Sudeste brasileiro, assusta os viajantes noturnos e as vezes entra nas casas para fazer bagunça. O saci-pererê povoa o imaginário das pessoas simples de nossos sertões.
Quanto as crendices temos como exemplo que: carranca na proa afasta os maus espíritos; urubu pousado em cima da casa dá azar; cruzar com gato preto atravessando a rua dá azar; chifre ou cabeça de boi na cerca ou no curral dá sorte; passar em baixo de uma escada a pessoa não progride na vida; apontar estrelas faz nascer verrugas e sexta-feira 13 é dia de azar.
Entre as principais lendas brasileira, temos a do Boto-cor-de-rosa que surge na época das festas juninas, transformando-se em um rapaz que conquista a primeira bela jovem que encontra, levando-a para o fundo dos rios. Outra lenda interessante é a do guaraná que diz que Tupã concedeu um filho a um casal de índios, mas Jurupari atraiu o menino para pegar frutos em uma arvore e o mordeu e ele morreu. Tupã ficou com dó dos pais e lhes enviou uma mensagem em forma de trovão, determinando que eles entregassem os olhos do menino separados do corpo que deles nasceria uma planta muito importante e boa para toda a tribo. Assim, nasceu uma planta cuja fruta tem a forma de olho humano cercado de uma película branca, que os índios chamaram de guaraná, que significa "parecido com gente viva"(ob.cit.). No Rio Grande do Sul a lenda do “Negrinho do pastoreio” é uma das mais conhecidas: um menino escravo conhecido por "Negrinho" perdeu uma corrida de cavalo de seu amo, o qual o castigou mandando pastorear bem longe fazendo com que ele tivesse que ficar sozinho muito tempo e pedisse ajuda à Nossa Senhora acendendo uma vela para ela. Como o rebanho que pastoreava fugiu, o seu amo o castigou severamente deixando-o em carne viva e o colocando para morrer em um formigueiro. O Negrinho chamou por Nossa Senhora que o ajudou. No dia seguinte o seu patrão o viu alegre e forte ao lado da Virgem Maria, envoltos em um facho de luz e perto o cavale e o rebanho. O Neguinho montou o cavalo e saiu conduzindo o rebanho. Assim, quando alguém perde alguma coisa pode pedir para o "Neguinho do pastoreio" acendendo uma vela à Nossa Senhora, que encontrará o que procura.
Na região da Juréia-Itatins, no litoral sul de São Paulo há um lenda do Tucano de bico de ouro, onde dizem que de sete em sete anos um tucano-de-bico-de-ouro atravessa voando do morro do Pogoça até a serra de Itatins e que aquele que o vê terá muita sorte e será rico. Mas, uma das mais bonitas lendas indígenas brasileiras é a do Uirapuru. Dizem que uma índia perdeu uma disputa por um cacique para outra e que de tanto chorar o deus Tupã, por piedade, transformou-a em um passarinho para poder ver seu amado sem que ele percebesse. Porém. A índia convencida de que seu querido era amava sua rival, afastou-se para não atrapalhar a felicidade de seu amado, fugindo para a floresta. Tupã reconhecendo o gesto bonito da índia, contemplou-a com o canto mais bonito da floresta. Assim, quando o Uirapuru canta todas as aves e seres da floresta ficam quietos para ouvi-lo de tão bela é sua voz.
Deve-se observar que há especialistas que não consideram as lendas indígenas como integrantes do nosso folclore, mas tão somente as crendices que dão causa, como, por exemplo, a de que as penas ou a visão do Uirapuru traz sorte, daí porque muitas lenda índias brasileiras acabam sendo confundidas com o folclore. De toda forma estão relativamente integradas no nosso folclore, tanto por esse motivo, quanto por serem contadas e cultivadas também pelo homem simples do campo ou dos sertões.
Já exemplos de folguedos são as vaquejadas, maracatus, bumba-meu-boi, festas juninas, congadas e as cavalhadas. Temos ainda em nosso patrimônio folclore as danças regionais, domo o frevo, o baião, a cabinda, o o maracatu, o chote nordestino, o xaxado e o fandango. Entre as canções populares temos as cantigas de roda, as canções de ninar, acalantos, cantigas de pescadores e cantigas do catimbó. Outras expressões folclóricas brasileiras são a religiosidade popular ou cultos populares, que têm como exemplos principais a pajelança, candomblé, catimbó e umbanda (ob.cit.). O folclore é tão importante que há uma data específica para comemora-lo (22 de agosto), o que é feito em muitas regiões do Brasil, quando milhares de pessoas relembram estes aspectos de nossa cultura.
Como se vê o folclore como expressão do povo faz parte de sua riqueza cultural e assim está inserido no patrimônio cultural. Como tal está inserido em nosso direito como um bem protegido, pois vejamos.
Diz o art. 215, de nossa Constituição Federal que "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais". Por sua vez o art. 216, reza que "constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, ã ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem: I- as formas de expressão; II – os modos de criar, fazer e viver; III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV- as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V- os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico".
Dessa forma, as manifestações folclóricas são bens imateriais, que compõem o patrimônio cultural, e estão protegidos juridicamente pelo texto constitucional citado. Tratam-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo que podem e devem ser protegidos principalmente pela ação civil pública (Lei 7.347/85).
Portanto, o folclore é o conjunto de nossas mais expressivas manifestações culturais e traduz a história de nossa gente. Constitui-se em dos nossos mais ricos patrimônios, de maneira que deve ter a atenção do poder público e da coletividade para que seja preservado, cultuado e respeitado, bem como deve ser protegido judicialmente se preciso.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ARTISTA PASSA POR CADA UMA.....



       Na cabeça de muita gente,artista ainda é sinônimo de gente desocupada,"sem futuro"e outros adjetivos mais. Quando ainda excursionava com a cia de teatro "Que mexe", era comum ficarmos "hospedados" em colégios, no mercado público, e em outros ambientes insalubres. Para alguns, artista não come, não compra roupas, calçados, figurinos, maquiagens....cai tudo do céu. Há muito tempo deixei de fazer filantropia .... massssss... no último domingo caí  numa cilada. Eu, e os estilistas Edmi e Izac fomos convidados para fazer parte de uma mesa julgadora numa cidade há mais ou menos 40 km daqui. Lá fomos nós por volta da 18 hs, sem jantar claro, e depois de muito sacolejar dentro de um táxi, chegamos ao destino. Estavam só nos esperando, rapidamente a mesa foi composta. Pacientemente julgamos uma a uma as dezenas de candidatas e ainda fizemos a temida soma dos votos. Por volta das 22hs concluímos o trabalho e já havia um carro nos esperando para nos trazer de volta. Não tivemos a honra nem de molhar os lábios num copo de água, que é o mínimo que podem nos oferecer. A anfitriã sumiu como num passe de mágica e agradecimentos nem pensar. Ficamos tão atônitos que quase não nos comunicamos no trajeto de volta, quando isso aconteceu foi para  uma esconjuração e a promessa de nunca mais aceitarmos convite de tal município.Quer enriquecer a mesa julgadora com uma fauna exótica e inteligente??? procure em outro lugar. Tenho dito!!!
                                                                                         Vianney

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

NOVIDADES

  Estamos preparando com o maior carinho uma boa estrutura para acomodar os expectadores do Vitrine Cultural,esse ano teremos 600 lugares para sentar.Todas as noites teremos cantores locais fazendo um aquecimento  para o público se deleitar(veja programação no link ao lado);sem contar com a participação de vários municípios vizinhos.
    O nosso stand  que funcionará nos dias 1,2 e 3 fará uma homenagem e retrospectiva aos 100 anos do grupo escolar Joaquim Correia, e outros segredinhos que não posso contar agora.
   Volto com mais detalhes...
           Vianney

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

7 DE SETEMBRO



LEONARDO BOFF ESCREVEU E EU CONCORDO PLENAMENTE


      "Atualmente há muita desolação com referência à Igreja Católica institucional. Verifica-se uma dupla emigração: uma exterior, pessoas que abandonam concretamente a Igreja, e outra interior, as que permanecem nela, mas não a sentem mais como um lar espiritual. Continuam a crer apesar da Igreja. E não é para menos. O atual Papa tomou algumas iniciativas radicais que dividiram o corpo eclesial. Assumiu uma rota de confronto com dois importantes episcopados, o alemão e francês, ao introduzir a missa em latim; elaborou uma esdrúxula reconciliação com a Igreja cismática dos seguidores de Lefebvre; esvaziou as principais intuições renovadoras do Concílio Vaticano II, especialmente o ecumenismo, negando, ofensivamente, o título de "Igreja" às demais Igrejas que não sejam a Católica e a Ortodoxa; ainda como Cardeal mostrou-se gravemente leniente com os pedófilos; sua relação para com a AIDs beira os limites da desumanidade."

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quando e por quem foram definidos os Sete Pecados Capitais?


             Os sete pecados capitais são: inveja, gula, ira, soberba, luxúria, avareza e preguiça. A palavra "capital" vem do latim caput — que significa "cabeça" e também "doutrina". Esses pecados são citados na Bíblia (tanto no Velho quanto no Novo Testamento), já com a denominação de capitais, em várias situações.
               A preocupação em organizá-los em uma lista surgiu durante a Idade Média, no Concílio de Trento (Itália, 1545-1563), convocado pelo rei da Espanha, Felipe II, e coordenado pelo papa Paulo IV. O objetivo do concílio era fixar com clareza os dogmas da Igreja Católica, preocupada com o avanço do protestantismo na Europa. Nessa época, cada um fazia uma interpretação diferente da Bíblia. O concílio criou um sistema didático para ser memorizado com facilidade que deixou claro para os fiéis quais eram os reais valores da Igreja Católica.
               Foram então listados os sete pecados capitais e também, em oposição a eles, as sete virtudes capitais, que também eram citadas na Bíblia: humildade, generosidade, castidade, paciência, comedimento, caridade e diligência. Ainda preocupada com o didatismo de seus ensinamentos, o Concílio de Trento fez um resumo de todas as suas resoluções e criou o catecismo, um livrinho com os valores básicos para ser usado na educação dos católicos, principalmente na das crianças.
 
Fonte: Site Cultura Popular

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

AS REZADEIRAS OU BENZEDEIRAS

     Faleceu no último dia 5 a mais antiga  e querida rezadeira da cidade de Pau dos Ferros. D.Marcina,como era conhecida, desencarnou aos 96 anos no bairro onde morou boa parte de sua vida, o Riacho do meio.Seu velorio e sepultamento foram muito prestigiados por pessoas dos mais diferentes níveis sociais. O padre Lisboa soube como ninguém expressar a importância que teve D.Marcina para todos nós. Na minha família todos passaram pelos ramos mágicos, geralmente à tardinha ou ao amanhecer.
   As benzedeiras fazem parte da cultura popular.A maioria é de uma generosidade incrível.Mesmo com a medicina avançada, muitas pessoas recorrem a elas para os mais diversos tipos de cura.Sejam através dos chás,água benta ou a benção com ramos, não há quebranto que resista.
   Quem acredita em benzedeira, jura que elas fazem milagres. Pergunte às mães...
                 Vianney

 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ATENÇÃO LEITORES


          O Grupo de teatro Oficina, da cidade de Souza-PB, estará se apresentando em nossa cidade, sábado (13) às 19h na Praça de Eventos Nossa senhora da Conceição.
          O espetáculo "Torturas de um Coração" é baseado em texto de Adriano Suassuna.
             Não percam, é indicado para todas as idades. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MEU PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

        Acabei de ler no blog de jean carlos uma denuncia envolvendo uma médica homofóbica do banco de sangue de pau dos ferros(Lembram? já falei da sujeita aqui uma vez).Espero que um dia ela ache uma resposta a altura do seu preconceito. Já foi o tempo em que ela casava e batizava, agora as leis são outras. Em pleno aniversário, é uma boa notícia para mim.
          Vianney

B 52S LEGAL TENDER


VOCÊ LEMBRA ???

  • Dos ensaios para o desfile do 7 de Setembro? Aconteciam às 5h da manhã e ao entardecer. Tempos bons...
  • Da Sapataria de seu Augusto no Mercado Público?
  • Das lojas de D. Luiza de Jó Castro e de D. Maria de Chico Balbino? Só para os endinheirados da época.
  • Dar um porta jóias ou agenda para mulheres, e cinto com a letra inicial do nome para homens, era o must para presentear nos anos 70? Quem nunca deu uma caixa de lenços?
  • Da queda do SKYLab, início dos anos 80? se caisse na terra seria o fim do mundo, felizmente caiu no mar da Austrália e o mundo inteiro comemorou.
  • Do grupo musical "A Patotinha"?
  • Das Radiolas coloridas que a tampa servia como caixa de som?
  •               

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PROGRAMAÇÃO DO VII VITRINE CULTURAL XANANA DIÓGENES

SOMOS ARTISTAS SIM SENHOR!!!

O que é ser um artista? A própria palavra arte não comporta uma definição única. Há milhares de conceitos e utilizações para o substantivo arte. Agora imagine definir um artista... O Artista é um estado de pensamento constituído de vários estados de consciência diferentes. Daí a nossa diversidade e importância, para colorir esse mundo cada vez mais cinza.
Em 2011 celebramos e reafirmamos a qualidade dos nossos artistas, visto que o Projeto Cultural “Xanana Diógenes” vem há 7 anos projetando e polindo a classe artística local e regional.
Agora, podemos bater no peito e proclamar a nossa maioridade qualitativa e intelectual.

Aproveitem!!!

Israel Vianney Fernandes
Coordenador de Cultura



PROGRAMAÇÃO

29/08/2011
19h20m – Aquecimento com a Orquestra Filarmônica Jovem  - Responsável: Maestro Elton Souza.
19h40m  Abertura Oficial
*Pronunciamento da Secretária Municipal de Educação, Cultura e Desporto Francisca Dantas de Lima Costa
*Pronunciamento do Exmº Prefeito Leonardo Nunes Rêgo
*Grupo Oiticica – Escola Municipal Professor Severino Bezerra – “Os Embalos dos Anos 80 na Vitrine de Emoções”.
*Escola Municipal Dr. José Torquato de Figueiredo – “O Artista que há em cada um de nós”.
*Edson Freire – “voz e Violão”
* Grupo de Xaxado "Estrelas do Cangaço" - Vila Major Felipe
*Instituto Educacional “O Mundo do Saber”. – “Além das Forças da Natureza, somente a magia da dança”.
*Peti Encanto – “Capoeira e Maculelê”
*Educandário Imaculada Conceição – “A Escola pode Aperfeiçoar o Artista, Criá-lo nunca, porque não se melhora o que existe.
*Diego Jackson – Tributo a Michael Jackson.

30/08/2011
19h30m – Aquecimento com Diná Mendes  - Música Gospel.
*Escola Municipal São Benedito – “60 Anos de Forró e o Centenário de Maria Bonita”.
*Escola Municipal Profª Nila Rêgo – FLICTS – “A diferença sob a ótica de Ziraldo” – Tributo a Luiz Gonzaga.
*Escola Municipal Elpídio Vírginio Chaves – “O Mundo Encantado das Crianças”.
*Secretaria Municipal de Educação de Dr. Severiano – “Desfile de Personagens da Literatura Infantil.
*Peti Pau dos Ferros – “Homenagem aos Grandes Ícones da Música Mundial.
*Igreja Batista do Caminho - "Música Gospel".
*Grupo Panic – Dance  - Rafael Fernandes – Street Dance
*Grupo de Pesquisa em Linguagem Teatral  - IFRN – “Entre 4 Paredes”.
*Grupo Pro-Jovem – Pau dos Ferros – Xaxado.


31/08/2011
  19h30m – Aquecimento com Damasceno e seu Sax.
*Coral – IFRN
*Grupo de Dança da UERN/CAMEAM – “Espetáculo Oiticica”
*Escola Estadual João Escolástico – Forró, Dança de Artista”.
*Grupo Águia de Prata – Ritmos Variados
*Escola Municipal Francisco Torquato do Rêgo -  “Coreografia com Música Gospel”.
*Dançart – “O Mundo Fascinante do Circo”
*Escola Estadual "4 de Setembro" - "Buscando Talentos, Descobrindo Tesouros".
*Grupo Cultural São Miguel Arcanjo – São Miguel – “Ciganos”
*Grupo de Teatro Amigos da Arte – Marcelino Vieira – “Desejos Carnais baseado na Obra Dorotéia de Nelson Rodrigues”.
*Grupo de Dança do Peti  - Marcelino Vieira – As Frenéticas Cover.


1934-LUÍS DA CÂMARA CASCUDO VISITA SÃO MIGUEL


São Miguel
Luís da Câmara Cascudo[1]
O auto torneja a lombada irregular das serras que se continuam, asperas e verdes, emergindo das nevoas matinais e frias. Subimos, ao ronco de oito cylindros uivantes, rompendo um ventania acre, que cheira a juremas e se aquece na terra vermelha. Rampas e aclives brutos surgem ao ímpeto da carreira phantastica, calcando a rodovia serpenteante do lugar. Não Passamos dois minutos no mesmo nivel. Vinte e quatro quilômetros atravez da cordilheira silenciosa. Num alto, semeadas esparsamente nas subidas de outros contrafortes apparecem as casinhas de São Miguel, rebanho immovel e branco, que a capella pastoreia…
Districto de paz em 1859, freguezia em 75, villa em 11 de dezembro de 1876, comarca reestabelecida em 1919. São Miguel justifica a imagem classica de um comboio de surrões mal arrumados. O casario trepa atropeladamente nos altos e baixos, obrigando gymnasticas e tendo calçadas de dois e meio metros de altura. Newton Azevedo Maia, o promotor, mora num arranha-céu de porta e janella.

Luís da Câmara Cascudo
A figura popular é a do patrono onomastico do grupo escolar, o padre Cosme, Cosme Leite da Silva, ordenado em 1846, constructor da capella, chefe político e verdadeiro juiz-de-paz nesse nucleo de eternas brigas sangrentas. O padre Cosme morreu em 11 de dezembro de 1909, deixando fama espalhada de acolhedor e santo varão.
 S. Miguel tem esse nome porque a lagôa que o denominou foi deparada num dia do santo, general das celestes phalanges. Justifica o orago a paixão que todos têm pela velhissima imagem que o padre Tertuliano Fernandes tem a bondade de ir mostra-me, abrindo a capella adormecida sob aquelle sol glorioso.
No altar, caso unico, estão os dois oragos. O velho e o novo mais bonito e rutilante com sua armadura medieval. Estão juntos porque os fieis não admittem o exilio do velho poderoso. Em 1921, querendo pagar uma promessa, o Sr. Francisco da Costa Queiroz, retirou-o a noite. Foi uma revolução. No outro dia, centenas de homens estavam em armas, doidos de raiva e ameaçando esvaziar todas as casas das cercanias até encontrar o perdido padroeiro. S. Miguel apressou-se em reaparecer e a paz cahiu dos ceus escaldantes.
São Miguel, como venho olhando pelas estradas, parece com Patú e Luiz Gomes, na quantidade de cruzes que marcam o sítio das mortes violentas. É uma vila que teve brado de guerra nos annaes da valentia preterita.
Em dezembro de 1895, meu Pae, então alferes Francisco Justino de Oliveira Cascudo, commandou o fogo contra “Moita Brava”, cangaceiro famoso pela violencia das investidas e certissimo de ser inviolável porque andava com um Santo Antonio de ouro ao pescoço. Morreu alli perto do cemiterio novo, numa casa de janellorio vasto. O tiroteio foi á noite. Derribado com tres tiros mortaes, escorado no bacamarte inutil, vomitando sangue, ainda recebeu meu Pai com derradeira bravata, inocua e tremenda: - Num entre qui morre…  
E fechou os olhos agonisando.

Antiga fachada da igreja de São Miguel
Francisco Severiano Sobrinho aponta a casa onde passou os ultimos momentos o jagunço José Brasil, caçado durante anos, numa teimosia de fanatismo. Esse José Brasil matou o rico Francisco José de Carvalho, dono do “Potó”, e cortou o cadaver, junta por junta, numa paciencia de magarefe. Antonio Monteiro de Carvalho, filho do morto, desilludido de vingar seu pai, usou de uma tactica feudal. Procurou Manoel Joaquim de Amorim apaixonado de sua irmã e prometteu-lhe a mão que lhe fôra recusada, se o ajudasse a prender o assassino. Amorim procurou Brasil num afã que só o Amor explica. Acabou depois de varias guerrilhas segurando-o em Pedras de Fogo, segundo uns, ou Goyanna, segundo outros. Trouxeram José Brasil com todos os mimos. Chegando a S. Miguel, dançaram. Pela manhã levaram o matador para uma pedra chata que ainda está perto da capella. José Brasil pediu um padre para confessar-se. Monteirinho, filho do assassinado, respondeu rispido.
-Você não deu confessor a meu pae!…
E atiraram em José Brasil, como numa sussuarana.
A promessa foi mantida. Manoel Joaquim de Amorim se casou com Anna Fausta de Carvalho.
O actual prefeito de S. Miguel, Sr. Manoel Vieira de Carvalho, é neto do velho Amorim, expressão tradicional de coragem. Vivera entre tiros e barulhos, discutindo palmos de terra a descarga de clavinotes. Manoel Vieira apontou me a calçada de onde seu avô matara o ricaço José Bezerra de Medeiros, chamado “Bezerra Matuto”, com dois tiros. No dia 16 de agosto de 1899, Firmino José de Medeiros, filho de Bezerra Matuto, matava Amorim, que completara 78 anos.
Uma propriedade próxima a São Miguel é a data dos “Quintos dos Infernos” e todos os seus proprietáarios sucumbem a arma branca ou de fogo. Manoel Joaquim foi dono dos “Quintos”. João Pessoa de Albuquerque, outro proprietário, caiu morto a 24 de maio de 1928. Outro senhor dos “Quintos”, Manuel Ferreira de Carvalho, morreu numa festa de S. João, em lucta, a 23 de junho deste 1934. A quem caberá a herança sinistra?…
O juiz da comarca, Dr. Janúncio Nobrega, gentilmente fez-me as honras da villa, localizando os pontos dos embates. Apesar de todas as garantias, eu começo a esperar um encontro típico, tinidos de facas e estouro de bacamartes boca-de-sino, daqueles que eram carregados com pregos, pedras e pedaços de ferros. Mas a gentileza de todos faz esquecer a tradição tempestuosa. As horas passam leves, no ar silencioso.
   Quando desço, aos saltos do auto veloz, trago lembranças, notas e laranjas. A serra desdobra sua perspectiva senhorial e massiça. A lufada requeima como uma coivara. Parece nascida do coração impetuoso e bravio dos homens do velho São Miguel, terra amavel e guerreira, como outrora, nos tempos romanticos em que se amava com guantes de ferro.

[1] 1 – Transcrição da reportagem realizada por Luís da Câmara Cascudo, publicada na primeira página do jornal “A Republica”, edição de 31 de agosto de 1934, após uma visita deste famoso escritor a São Miguel. Texto reproduzido conforme o original.


Fonte: Tok de História/ Rostand Medeiros

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O VITRINE CULTURAL E AS ESTRELAS DE PLANTÃO



     Um dos principais objetivos do projeto vitrine cultural "Xanana Diógenes" é trazer espetáculos de qualidade à praça pública  e atingir  um público que na maioria das vezes não tem acesso aos bens culturais.É também uma forma que algumas instituições encontram para compartilhar com o povo o sucesso de alguns projetos artísticos.
    Infelizmente devido à greve dos professores da rede estadual de ensino,muitas escolas não participarão, e é até compreensível.Masssss....existe em nossa cidade instituições de ensino egoístas e metidas a estrela.Encasteladas entre  os muros, produzem trabalhos maravilhosos, mas que são vistos apenas pelo pequeno público que lá estuda. É lamentável, pois nem senso de marketing essas pessoas têm.Apesar do desabafo, nada disso comprometerá o sucesso do nosso evento,é só esperar prá ver. Sim, já ia esquecendo: Estrelas também se apagam!
           Vianney

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ANTÔNIO SILVINO E A POLÍTICA POTIGUAR

QUANDO UMA VISITA DESTE CANGACEIRO A
CIDADE DE JARDIM DO SERIDÓ MOVIMENTOU NOSSOS POLÍTICOS
Há exatamente um século, em um ano de muita seca, na cidade de Jardim do Seridó, na região do Seridó Potiguar, em uma noite comum de terça-feira, por volta das sete do dia 15 de agosto de 1911, entrou na pequena localidade um grupo de homens armados, trazendo chapéus de aba quebrada, com punhais atravessados na cintura e carregando rifles Winchester.
Desenho com a figura de Antônio Silvino
A frente da tropa vinha um homem bigodudo, natural da região do Pajeú pernambucano e que era conhecido em todo o sertão como Antônio Silvino.
Em 28 de agosto de 1911, uma segunda feira, Ttreze dias depois do fato, circulava na capital potiguar a edição matutina do jornal “A Republica” com uma grande notícia publicada na primeira página, informando detalhadamente o ocorrido.
Consta que o afamado bandoleiro das caatingas, alcunhado “Rifle de Ouro”, se dirigiu sem maiores delongas para a casa de um maioral do lugar, o major João Alves de Oliveira. Com era do seu feitio, Antônio Silvino chegou tranquilo, se apresentou e “solicitou” ao major que buscasse arrecadar com os abonados da pequena cidade a quantia de seiscentos mil réis para ele e seu bando. Descaradamente Silvino afirmava que não podia trabalhar devido às perseguições do governo e então solicitava um “apoio” dos amigos.
Nota sobre a "visita" de Antônio Silvino e seu bando a Jardim do Seridó
Evidentemente que embutido no pedido de dinheiro, estava uma discreta ameaça. Caso não houvesse o devido retorno, Jardim do Seridó sofreria as consequências. Mas não era isso que Antônio Silvino queria, pois afinal esta era a sua segunda “visita” naquela urbe seridoense, abençoada por Nossa Senhora da Conceição.
Sem condições de reação, o major João Alves saiu a solicitar as pessoas do lugar, que estavam entre assombradas com o que poderia acontecer e curiosas com a presença daquela gente no seu pacato lugar, o que pudesse ser arrecadado para evitar problemas. Ele foi ao encontro do fiscal de rendas do governo estadual lotado na cidade, Sidronyo Pio da Silveira Vidal, para que este retirasse o dinheiro da repartição para ajudar na cota de Silvino. Pio afirmou, inclusive temendo represálias, que o caixa da repartição só possuía meros cinquenta mil réis.
Enquanto acompanhava o major João Alves, o cangaceiro Silvino solicitou a presença de uma banda de música local e de jovens da comunidade para, no retorno da arrecadação, todos tocarem para ele e seus homens “modinhas e lundus alegres”.
Algum tempo depois, sem maiores alterações, Antônio Silvino deixou Jardim do Seridó.
No final da reportagem de “A Republica”, informava que o governo do estado estava preparando uma tropa da polícia para seguir ao Seridó e dar combate aos cangaceiros.
Evidentemente que casos como este, para quem já se debruçou sobre a vida de Antônio Silvino, são contados as centenas. Especificamente em relação a este caso, seus biógrafos dedicaram pouquíssimas linhas nos livros que trataram da vida do bandoleiro.
Mas o que importa foi o que ocorreu depois.
Silvino Movimenta o Meio Político
Nesta época o Rio Grande do Norte era governado por Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, membro da então poderosa oligarquia Maranhão, que utilizava o jornal “A Republica” como seu principal meio de divulgação das atividades do seu governo e do seu grupo político.
No outro lado estava uma oposição que utilizava o periódico “Diário de Natal” como principal meio de comunicação e possuía nomes como Almeida Castro, Érico Souto, Homem de Siqueira, Virgílio Bandeira, João Gurgel e outros. Neste período cabia a Augusto Leopoldo Raposo da Câmara atacar e responder ao governo nas páginas do “Diário de Natal”.
Augusto Leopoldo era natural de Ceará Mirim-RN, nasceu em 22 de agosto de 1856. Ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito do Recife em 1876, bacharelando-se em 1880. Apos seu regresso a Natal, trabalhou como advogado, jornalista e na militância política. Ocupou os cargos de secretário e de líder de seu partido, destacando-se pelo espírito combativo com que defendia os interesses públicos e os direitos das minorias.
O clima político era pesado, com acusações de ambas as partes fazendo parte do dia a dia dos periódicos de Natal.
Após a publicação da notícia da “visita” de Antônio Silvino a Jardim do Seridó, a pena de Augusto Leopoldo entrou em ação. No “Diário de Natal” de 29 de agosto, ele veementemente que a notícia era inverídica. Passou a acusar o governo de utilizar a desculpa da passagem de Antônio Silvino para enviar uma força policial a região, para realizar pressão eleitoral junto às populações sertanejas. Para corroborar sua tese, Augusto Leopoldo afirmava que Antônio Silvino “apesar de cangaceiro”, não era um “homem mau” e, “afora solicitar algum dinheiro”, praticamente “não fazia desatinos contra a população potiguar”.
Leopoldo sabia que em 30 de janeiro de 1912, em menos de seis meses, seriam realizadas as eleições para a escolha de deputados federais, onde ele era um dos candidatos. O envio de uma força policial com muitos homens ao Seridó, com as práticas típicas da oligarquia dominante no Rio Grande do Norte, poderia ser um problema.
Antônio Silvino
No outro dia, na reportagem intitulada “Começou cedo!”, o jornal do governo contra atacava.
Na época a redação de “A Republica” era capitaneada pelo deputado federal Sergio Barreto, que começava declarando que “a oposição buscava desculpas para a futura derrota do mês de janeiro”. A nota dizia que os membros do jornal governista se declaravam “estupefatos” diante da opinião do bacharel em direito, que desprezava o furo jornalístico, conseguido pelos repórteres junto aos membros do Tesouro do Estado sobre a passagem de Antônio Silvino por Jardim do Seridó.
Briga Pelos Jornais
Augusto Leopoldo continuou através do jornal “Diário de Natal” a atacar o envio de tropas.
Mas o jornal governista, em nota intitulada “Pela Verdade-Leopoldo e Antônio Silvino”, em meio a pesadas respostas as acusações do advogado nascido em Ceará-Mirim, enaltecimentos a ação governamental de Alberto Maranhão, o jornal do redator chefe Sergio Barreto criticava a posição de Augusto Leopoldo, afirmando a necessidade da ida e permanência das tropas policiais no sertão potiguar, pois Antônio Silvino “ainda gravitava pelo interior” do Rio Grande do Norte e “poderia ser perigoso como havia sido no passado”.
A imprensa potiguar não esquecia que no ano de 1901, quando Antônio Silvino estava sendo caçado pela polícia paraibana desde a região da cidade de Santa Luzia, acabou adentrando o Rio Grande do Norte pelo atual território da cidade seridoense de Ouro Branco e seguiu para a Fazenda Pedreira, a certa distância de Caicó, onde ocorria uma festa de casamento. Mesmo a contragosto, o cangaceiro e sua gente foram recebidos pelos proprietários. Mas a polícia paraibana vinha no encalço e ocorreu um combate que ficou conhecido como “Fogo da Pedreira”, de grande repercussão em todo estado.
Antônio Silvino, que certamente não tinha ideia de como seu nome estava sendo tão comentado nos dois principais jornais natalenses da época, continuava seu trajeto em terras potiguares e novos fatos eram estampados em “A Republica”.
Através de carta recebida de “pessoa fidedigna”, afirmava que Antônio Silvino estivera na fazenda de Joaquim das Virgens Pereira, onde as informações apontavam que ele havia sido bem recebido, tinha tratado todos bem, mas para o jornal não era por isso que o governo de Alberto Maranhão deveria dar trégua ao cangaceiro pernambucano.
Apesar de toda a reclamação e toda a polêmica nos jornais, em 30 de janeiro de 1912 ocorreram as eleições e Augusto Leopoldo Raposo da Câmara foi eleito com 2.462 votos apurados em todo o estado. No futuro Leopoldo seria vice-governador do estado entre 1924 e 1927, durante a gestão de José Augusto Bezerra de Medeiros. Veio a falecer no Rio de Janeiro, a 11 de dezembro de 1941.
Segundo Tarcizio Dinoá de Medeiros, autor de um ótimo site sobre genealogia do Seridó Potiguar (http://tarciziomedeiros.com.br), João Alves de Oliveira era paraibano de Picuí, onde nasceu a 11 de fevereiro de 1860. Mudou-se para Jardim do Seridó onde foi fazendeiro, comerciante, comprador de algodão e chefe político, tendo desempenhado nos anos de 1899 a 1901 os cargos de Delegado de Polícia e Prefeito Municipal e foi major da Guarda Nacional. Faleceu naquela cidade, de problema cardíaco, a 28 de abril de 1912, aos cinquenta e dois anos de idade. Era casado com Francisca Paulina de Oliveira.
João Alves foi contemporâneo e amigo do meu bisavô, Joaquim Paulino de Medeiros, dono da Fazenda Rajada, em Acari.
Todos os direitos reservados
Fonte: Site Tok de História / Rostand Medeiros

NOVO DIRETOR DO CAMEAM

    O CAMEAM HOJE AMANHECEU COM UM NOVO DIRETOR.trata-se do professor e colunista lisboa batista, o mesmo foi empossado ontem à tarde no gabinete da reitoria em mossoró e ficará no cargo até a realização de novas eleições.
           boa sorte!