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sexta-feira, 23 de maio de 2014

"A TORRE " Por Sales Correia


          E naquele tempo havia muitos viajantes que vendiam medicamentos nas farmácias e outros tipos de mercadoria no comércio de um modo geral e sempre me cobravam de um bom restaurante, então pensei em uma churrascaria e como na extremidade da cidade havia um terreno baldio onde aterrissava pequenos aviões que eram conhecidos por teco-teco, e no referido terreno havia um pequeno prédio para apoio de passageiros mas que não tinha a mínima condição para uso e por isto nunca funcionou.
            Então entrei em contato com o prefeito e amigo o José Fernandes de Melo para me ceder o referido prédio, pois eu pretendia reformar e aumentar para instalar uma churrascaria e o mesmo me cedeu na hora, pois além de uma boa reforma ainda construí ao lado uma grande cobertura de madeira e palhas de coqueiros em forma de guarda chuva o que chamou muita atenção pelo seu tamanho e pelo seu designer e como bem próximo havia uma torre para capacitação e transmissões de sinais para televisores então a referida churrascaria já recebeu o nome de churrascaria da torre o que foi bem aceita e muito bem frequentada por toda sociedade, pois durante o dia as mesas eram na parte interna do prédio e na cobertura de palha e logo ao por do sol eram distribuídas várias outras mesas ao ar livre, com uma gostosa brisa e sempre a luz do luar e todas as sextas feira a noite havia uma grande seresta com os componentes do conjunto e sempre com a participação da minha irmã gêmea a Maria Correia que já cantava muito bem e era sempre aplaudida por todos. E quando o conjunto era contratado para tocar em uma outra cidade que era sempre procurado.
           Então eu contratava uma dupla de seresteiros da cidade Cajazeiras na Paraíba que era também muito bem aceita, e estas serestas sempre rolavam a noite toda e a grande maioria dos clientes sempre ficavam até o despertar do sole assim continuei por muito tempo apesar de muito trabalho mas sempre satisfeito.

3 comentários:

  1. Era um lugar super agradavel.Tenho boas recordações.

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  2. curti muitas festas ao som dessa banda(H. Som);tempo paz e amor total.

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    1. Caríssimo blogueiro Israel Vianney:
      Lí o texto do Sales Corrreia. Interessante se levarmos em conta a história da "Churrascaria da Torre", mas, data vênia, com um pequeno equívoco ao referir-se ao "campo de aviação", quando ele diz:
      "...e como na extremidade da cidade havia um terreno baldio onde aterrissava pequenos aviões que eram conhecidos por teco-teco, e no referido terreno havia um pequeno prédio para apoio de passageiros mas que não tinha a mínima condição para uso e por isto nunca funcionou...".
      Não era "um terreno baldio"! Era sim, um "Aeródromo", ou "Campo de Aviação", como chamavam à época, muito bem projetado e melhor ainda construído quando da administração do Prefeito Licurgo Nunes.
      Tratava-se de uma pista de pouso, piçarrada, muito bem compactada, com dimensões de 800 metros de comprimento por 30 de largura, e elogiada por todos os pilotos que a usavam, e que serviu, pioneiramente à Cidade e à região, haja vista que uma outra mais próxima localizava-se apenas na Cidade de Mossoró, distante cerca de 180Km da nossa Cidade.
      Havia um detalhe técnico interessante: a cabeceira da pista alinhava-se com a BR 405 e com a torre da Matriz de Nossa Senhora da Conceição; ou seja, o piloto, ao se aproximar da cidade, orientava a aeronave paralela à referida BR, passava em cima da torre da igreja e já vislumbrava a cabeceira da pista para pousar.
      Faço a correção - bem como o registro - para que fiquem para a história.
      Obrigado por acolher esse meu comentário!
      Um abraço,
      Licurgo Nunes Quarto

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