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terça-feira, 21 de maio de 2013

A BIOGRAFIA DO Sr. MANOEL JOSÉ DA COSTA

Foto: Dando prosseguimento às publicações que venho efetuando de biografias - por mim elaboradas - de pessoas que ajudaram para com o desenvolvimento da nossa Pau dos Ferros, mostro, hoje, a biografia do Sr. MANOEL JOSÉ DA COSTA, também conhecido por MANOEL DEODATO. Pai de família dos mais respeitados, agropecuarista, comerciante, industrial e político.
É um esforço que faço - uma preocupação que tenho - em preservar para as gerações futuras, para a história da nossa terrinha, a contribuição de homens e mulheres que lutaram - trabalharam - para tornar a nossa Cidade melhor.
            MANOEL  JOSÉ  DA  COSTA  (MANOEL DEODATO)

                                Por Licurgo Nunes Quarto


Manoel José da Costa, ou Manoel Deodato – como era conhecido – nasceu a 1º de maio de 1903, no sítio Maretas, à época Município de Pau dos Ferros, e hoje pertencente ao Município de Rafael Fernandes, antiga Varzinha, no alto oeste Potiguar. 
Filho de José Bernardino da Costa Rego e de Ana Maria da Conceição, agricultores que residiam no campo, teve, na agricultura, a sua primeira atividade, quando auxiliava seu pai na lide, bem como na subsistência da família. 
Alternava a atividade na agricultura com freqüência à escola, quando aprendeu a ler. 
Aos 21 anos de idade – no ano de 1924 – casou-se com a jovem Inácia Fernandes da Costa, que também residia na zona rural, no sítio Gangorra, localizado no Município de Rafael Fernandes e filha de pais agricultores.
Com o casamento, eles viram que o estilo de vida que empreendiam no campo - onde a simplicidade e o bucolismo eram uma constante à época na atividade rural, onde não existia escola, nem qualquer meio de diversão, laser – não se coadunando, portanto, com a vida que pretendiam empreender, promoveram uma mudança radical no seu “modus vivendi”, passando a residir na Cidade -  Pau dos Ferros - com novos costumes, e uma maneira diferente de viver inerente à vida na Cidade.
Dona Inácia, pessoa simples, de uma educação nata e de uma bondade a toda prova, era muito bem relacionada em Pau dos Ferros, e fez de sua vida um exercício constante da caridade, quando sempre estava pronta a ajudar ao próximo, principalmente aos mais carentes e necessitados.
Manoel Deodato, ao casar e deixar a vida do campo, vendeu alguns bens que possuía, como várias rezes e a produção de algodão que havia colhido com o último inverno, e, com o resultado da venda, chega a Pau dos Ferros com alguns “trocados”; resolve enveredar no ramo do comércio. Iniciou com uma pequena loja onde vendia tecidos, passando, paulatinamente, a crescer comercialmente, quando chegou a ser detentor de uma grande loja – local onde as senhoras e moçoilas da época adquiriam  os tecidos para confeccionar suas roupas, principalmente quando se avizinhava a festa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Pau dos Ferros.
Diversificando suas atividades comerciais, iniciou um outro ramo de negócio, diametralmente oposto àquele que até então se dedicava. Inaugurou uma farmácia – a “Farmácia Sertaneja” - tornando-se um dos pioneiros desse ramo comercial na Cidade. A história da farmácia de Manoel Deodato se confunde com a história de Pau dos Ferros. Cresceu junto com a Cidade e ainda hoje continua resistindo ao tempo, pois ainda pertence à família, uma vez que é explorada por seus descendentes, num verdadeiro exemplo de empresa familiar que passou de pai para filhos e netos. No seu frontispício se mantém preservada, de propósito, a grafia original, onde se observa o nome farmácia escrito com “Ph”.
Ponto de encontro da “vida pensante” da Cidade, na farmácia existia um espaço, com cadeiras, poltronas e sofá - uma sala de visita - onde se reuniam, diariamente, pessoas influentes,  formadoras de opinião de Pau dos Ferros. Era uma espécie de “grande ponto”, onde Comerciantes, Advogados, Médicos, Dentistas, Agropecuaristas e até o Juiz, o Promotor de Justiça e o Padre se encontravam para discutir e comentar os acontecimentos da Cidade, do Estado e do País; as notícias da política, bem como qualquer outro assunto que merecesse atenção e que estivesse em evidência eram ali abordados e comentados
Teve, nas pessoas de Ana (Anita), sua filha, e de Pedro Ozéas (seu genro, pois é casado com Terezinha), os grandes colaboradores na tarefa de “tocar” a farmácia. Eram os verdadeiros “carregadores de piano”, pois diuturnamente lá estavam eles no atendimento à clientela, não só vendendo medicamentos, mas também no serviço ambulatorial, com aplicação de injeções, tratamento de pequenos ferimentos ou outro qualquer atendimento de urgência.
Abrindo o leque de suas atividades, Manoel Deodato tornou-se industrial ao montar e equipar uma usina de beneficiamento do algodão, quando o transformava em pluma e agregava valores com o aproveitamento e comercialização da casca do algodão. Com a usina criou inúmeras oportunidades de trabalho para os conterrâneos, dando-lhes emprego e renda.
Com tantas atividades, não demorou em ser convidado para ingressar na política. Tanto é que foi eleito Vereador por duas legislaturas (1946 a 1954), quando teve oportunidade de, com ações sociais, ajudar mais intensamente aos mais pobres.
Candidato a Prefeito, pela oposição, na memorável campanha de 1954, foi derrotado pelo candidato Paulo Diógenes.
Do casamento com Dona Inácia houve dezoito filhos, sendo que onze faleceram prematuramente. Sete filhos resistiram e tiveram o prazer de acompanhar toda a trajetória do casal Manoel Deodato / Inácia.  São eles:
Ana Costa Maia (Anita falecida em 1977); Terezinha Fernandes Ozéas; Nilza Fernandes Monte; Maria Fernandes da Costa; Maria Salete Costa Diógenes; Romildo Deodato e Laércio Deodato.
Dona Inácia faleceu a 14 de dezembro de 1960. 
Viúvo, Manoel Deodato cuidou de casar novamente. Tanto é que, em segundas núpcias, oficializou uma união, casando-se com Maria Vilani Freitas da Costa. Aí nasceram mais quatro filhos, a saber:
Núbia Célida Freitas da Costa; Nolúbia Célida Freitas da Costa; Ubiratan Freitas da Costa e Ubiranilton Deodato.
Dos dois casamentos, nasceram vinte e dois filhos, trinta netos e dezoito bisnetos.
Faleceu em Pau dos Ferros, a 04 de novembro de 1998, com 95 anos de idade. 
Quando do seu falecimento a Câmara Municipal prestou-lhe uma homenagem, consignando em ata votos de profundo pesar.
Outra significativa homenagem lhe foi prestada pelo Prefeito Municipal de Pau dos Ferros, Dr. Nilton Figueiredo, quando denominou de “Conjunto Residencial Manoel Deodato” a um conglomerado de casas construídas pelo poder público municipal.
Eis, pois, caríssimos amigos e conterrâneos, a biografia de mais um pauferrense que trilhou a sua vida sempre dedicado ao trabalho, primando pela honestidade e integridade dos seus atos e atitudes, servindo de exemplo para os seus descendentes e conterrâneos.
Dando prosseguimento às publicações que venho efetuando de biografias - por mim elaboradas - de pessoas que ajudaram para com o desenvolvimento da nossa Pau dos Ferros, mostro, hoje, a biografia do Sr. MANOEL JOSÉ DA COSTA, também conhecido por MANOEL DEODATO. Pai de família dos mais respeitados, agropecuarista, comerciante, industrial e político.

É um esforço que faço - uma preocupação que tenho - em preservar para as gerações futuras, para a história da nossa terrinha, a contribuição de homens e mulheres que lutaram - trabalharam - para tornar a nossa Cidade melhor.

MANOEL JOSÉ DA COSTA (MANOEL DEODATO)




Por Licurgo Nunes Quarto


Manoel José da Costa, ou Manoel Deodato – como era conhecido – nasceu a 1º de maio de 1903, no sítio Maretas, à época Município de Pau dos Ferros, e hoje pertencente ao Município de Rafael Fernandes, antiga Varzinha, no alto oeste Potiguar. 
Filho de José Bernardino da Costa Rego e de Ana Maria da Conceição, agricultores que residiam no campo, teve, na agricultura, a sua primeira atividade, quando auxiliava seu pai na lide, bem como na subsistência da família. 
Alternava a atividade na agricultura com freqüência à escola, quando aprendeu a ler. 
Aos 21 anos de idade – no ano de 1924 – casou-se com a jovem Inácia Fernandes da Costa, que também residia na zona rural, no sítio Gangorra, localizado no Município de Rafael Fernandes e filha de pais agricultores.
Com o casamento, eles viram que o estilo de vida que empreendiam no campo - onde a simplicidade e o bucolismo eram uma constante à época na atividade rural, onde não existia escola, nem qualquer meio de diversão, lazer – não se coadunando, portanto, com a vida que pretendiam empreender, promoveram uma mudança radical no seu “modus vivendi”, passando a residir na Cidade - Pau dos Ferros - com novos costumes, e uma maneira diferente de viver inerente à vida na Cidade.
Dona Inácia, pessoa simples, de uma educação nata e de uma bondade a toda prova, era muito bem relacionada em Pau dos Ferros, e fez de sua vida um exercício constante da caridade, quando sempre estava pronta a ajudar ao próximo, principalmente aos mais carentes e necessitados.
Manoel Deodato, ao casar e deixar a vida do campo, vendeu alguns bens que possuía, como várias rezes e a produção de algodão que havia colhido com o último inverno, e, com o resultado da venda, chega a Pau dos Ferros com alguns “trocados”; resolve enveredar no ramo do comércio. Iniciou com uma pequena loja onde vendia tecidos, passando, paulatinamente, a crescer comercialmente, quando chegou a ser detentor de uma grande loja – local onde as senhoras e moçoilas da época adquiriam os tecidos para confeccionar suas roupas, principalmente quando se avizinhava a festa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Pau dos Ferros.
Diversificando suas atividades comerciais, iniciou um outro ramo de negócio, diametralmente oposto àquele que até então se dedicava. Inaugurou uma farmácia – a “Farmácia Sertaneja” - tornando-se um dos pioneiros desse ramo comercial na Cidade. A história da farmácia de Manoel Deodato se confunde com a história de Pau dos Ferros. Cresceu junto com a Cidade e ainda hoje continua resistindo ao tempo, pois ainda pertence à família, uma vez que é explorada por seus descendentes, num verdadeiro exemplo de empresa familiar que passou de pai para filhos e netos. No seu frontispício se mantém preservada, de propósito, a grafia original, onde se observa o nome farmácia escrito com “Ph”.
Ponto de encontro da “vida pensante” da Cidade, na farmácia existia um espaço, com cadeiras, poltronas e sofá - uma sala de visita - onde se reuniam, diariamente, pessoas influentes, formadoras de opinião de Pau dos Ferros. Era uma espécie de “grande ponto”, onde Comerciantes, Advogados, Médicos, Dentistas, Agropecuaristas e até o Juiz, o Promotor de Justiça e o Padre se encontravam para discutir e comentar os acontecimentos da Cidade, do Estado e do País; as notícias da política, bem como qualquer outro assunto que merecesse atenção e que estivesse em evidência eram ali abordados e comentados
Teve, nas pessoas de Ana (Anita), sua filha, e de Pedro Ozéas (seu genro, pois é casado com Terezinha), os grandes colaboradores na tarefa de “tocar” a farmácia. Eram os verdadeiros “carregadores de piano”, pois diuturnamente lá estavam eles no atendimento à clientela, não só vendendo medicamentos, mas também no serviço ambulatorial, com aplicação de injeções, tratamento de pequenos ferimentos ou outro qualquer atendimento de urgência.
Abrindo o leque de suas atividades, Manoel Deodato tornou-se industrial ao montar e equipar uma usina de beneficiamento do algodão, quando o transformava em pluma e agregava valores com o aproveitamento e comercialização da casca do algodão. Com a usina criou inúmeras oportunidades de trabalho para os conterrâneos, dando-lhes emprego e renda.
Com tantas atividades, não demorou em ser convidado para ingressar na política. Tanto é que foi eleito Vereador por duas legislaturas (1946 a 1954), quando teve oportunidade de, com ações sociais, ajudar mais intensamente aos mais pobres.
Candidato a Prefeito, pela oposição, na memorável campanha de 1954, foi derrotado pelo candidato Paulo Diógenes.
Do casamento com Dona Inácia houve dezoito filhos, sendo que onze faleceram prematuramente. Sete filhos resistiram e tiveram o prazer de acompanhar toda a trajetória do casal Manoel Deodato / Inácia. São eles:
Ana Costa Maia (Anita falecida em 1977); Terezinha Fernandes Ozéas; Nilza Fernandes Monte; Maria Fernandes da Costa; Maria Salete Costa Diógenes; Romildo Deodato e Laércio Deodato.
Dona Inácia faleceu a 14 de dezembro de 1960. 
Viúvo, Manoel Deodato cuidou de casar novamente. Tanto é que, em segundas núpcias, oficializou uma união, casando-se com Maria Vilani Freitas da Costa. Aí nasceram mais quatro filhos, a saber:
Núbia Célida Freitas da Costa; Nolúbia Célida Freitas da Costa; Ubiratan Freitas da Costa e Ubiranilton Deodato.
Dos dois casamentos, nasceram vinte e dois filhos, trinta netos e dezoito bisnetos.
Faleceu em Pau dos Ferros, a 04 de novembro de 1998, com 95 anos de idade. 
Quando do seu falecimento a Câmara Municipal prestou-lhe uma homenagem, consignando em ata votos de profundo pesar.
Outra significativa homenagem lhe foi prestada pelo Prefeito Municipal de Pau dos Ferros, Dr. Nilton Figueiredo, quando denominou de “Conjunto Residencial Manoel Deodato” a um conglomerado de casas construídas pelo poder público municipal.
Eis, pois, caríssimos amigos e conterrâneos, a biografia de mais um pauferrense que trilhou a sua vida sempre dedicado ao trabalho, primando pela honestidade e integridade dos seus atos e atitudes, servindo de exemplo para os seus descendentes e conterrâneos.

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