Uma vida mais cheia de surpresas impossível. Um certo dia Dona Raimunda Caraúbas foi avisada de que uma de suas irmãs cometeu suicídio, ateando fogo no próprio corpo, devido a um desentendimento com o amante...vejam só quantas atribulações.Mas......Voltando ao emprego público, depois de alguns anos lavando e passando a roupa do hospital, nossa protagonista, decidiu optar, numa eleição, por um candidato contrário ao seu "patrão" e foi perseguida das mais diversas formas, inclusive, recebeu a sugestão de ir para a África. Nesse conflito foi transferida para a Regional de Saúde que tinha o Professor Lisboa Batista na administração e ainda se localizava no centro da cidade.Após dezoito anos trabalhando como copeira, aposentou-se e nos deixou muita falta, pois era a única copeira que nos trazia chá ao invés de café, segundo ela , uma laranjeira que havia nas dependências da VI URSAP, não ficou nem o olho, pois ela pelou tudo e transformou em chá....Também ríamos muito com suas tiradas, nunca a vi de mau humor.
Agora o fato mais perfeito para o epílogo dessa história, após 48 anos de liberdade, casou aos 48 anos já com os 7 filhos...Que marido compreensivo,mas ela também merecia.Como não podia mais parir, ainda adotou uma filha....todos a tratam com muito carinho, tem tudo à mão. Na minha visita, terminamos nos emocionando e choramos na despedida, prometendo voltar o quanto antes. Posso resumí-la em algumas palavras:CORAGEM, PERSEVERANÇA,BOM HUMOR E UM CORAÇÃO ENORME..............TODO O MEU RESPEITO E CARINHO QUERIDA RAIMUNDA CARAÚBAS. MUITOS ANOS DE VIDA E MUITA SAÚDE MEU BEM.
Israel Vianney
Adorei as publicações da biografia de Raimunda Caraúbas, pois nos deu um cenário do meretrício na cidade de Pau dos Ferros. O "Rabo da Gata" ficava no centro da cidade, a menos de 200m da Catedral, caminhando pela rua 15 de Novembro, chegava-se a Av. da Independência (hoje), onde tinha a algodoeira "Alfredo Fernandes". Seguindo a rua 15 de Novembro, atravessava o Beco e, ao lado do antigo cemitério, estava a rua das gatas. Eu e meus irmãos sempre passávamos por lá, pois, logo atrás, ao lado do Quartel da Polícia, meu pai tinha uma fazenda, onde criava gado e tinha uma vazante (Açude 25 de Março), onde eu e meus irmãos e o morador Pedro Dias e família, cultivávamos batatas doces e arroz. Nós éramos vizinhos do Padre Caminha, lado esquerdo, na Praça da Matriz (hoje a Pç tem outro nome) e o "Rabo da Gata" ficava bem pertinho. E a gente, sempre aproveitava para ver as raparigas, quando íamos para a Fazenda. João Escolástico Bezerra Filho.
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