Agora imagine você leitor, numa população de pouco mais de mil habitantes, sem cemitério, morrer em pouco tempo 189 pessoas.....A câmara suspendeu seus trabalhos no período de Abril a Setembro daquele ano e incalculáveis foram os prejuízos que pau dos ferros sofreu com o cruel flagelo.
Os corpos eram enterrados em Valas coletivas, que segundo testemunhos orais de pessoas da época e que chegaram até nós, as valas se localizavam num "carrasco" onde hoje fica entre a COHAB e a Escola Severino Bezerra.
O município com as poucas rendas que dispunha e com auxílio da província, construiu uma casa para as suas sessões e o cemitério.
No ano seguinte, 1877, manisfestou-se uma seca que se prolonga por três anos, causando incalculáveis prejuízos ao município.A criação e a agricultura, principais fontes de riqueza da região, foram quase extintas devido ao rigor do flagelo e á sua longa duração. Numerosas famílias, esgotados seus recursos, abandonaram seus lares e se retiraram para as cidades litorâneas.Além da fome que impiedosamente flagelava os pobres sertanejos, a varíola, as febres, disenterias, sarampo e outras moléstias endêmicas causaram numerosas vítimas.
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