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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

CONSIDERAÇÕES SOBRE O "ALTO DO AÇUDE" - PAU DOS FERROS




 O bairro Alto do açude em Pau dos ferros, tem uma longa história.  O nome vem  devido a existência do açude" 25 de março". O nome que antecedia não consegui encontrar, pois a atual denominação já vem desde o final do século XIX. Estranhou?.. Pois bem, o açude 25 de março foi construido em 1897, com a capacidade de 9.740,704 metros cúbicos. De lá para cá passou por alguns benefícios como  o reforço dos sangradouros, o calçamento da parede, entre outros.  foi inaugurado após a sua primeira enchente na qual recebeu o  nome de batismo " Açude 25 de março". 
  O açude abastecia a cidade e nele lavava-se roupa. Era intenso o vai e vem de pessoas transportando água em latas, cabaças e pequenos potes equilibrados na cabeça, sobre rodilhas. Utilizavam também ancoretas postas no lombo de jumentos e pipas de madeira instaladas em carroças puxadas por bois e burros. à tarde rebanhos de gado eram trazidos aos bebedouros. Lavadeiras passavam com bojudas trouxas na cabeça. 
 Naturalmente ao seu redor iniciou-se o surgimento do bairro, considerado zona rural até a década de 1960, porém sempre bem habitado.: Pela facilidade do acesso à água, pela prosperidade das vazantes  e também pela tranquilidade. Lembro-me que quando comecei a estudar o colégio mais próximo chamava-se "Grupo Rural Tarcísio maia".
 Outro fator que contribuiu para a valorização da área foi a construção do Patronato Alfredo Fernandes, inaugurado em 27 de novembro de 1953. Idealizado pelo Padre Manoel Caminha freire e com a ajuda financeira  do Sr Alfredo fernandes e outros ilustres, entre eles Monsenhor Walfredo gurgel. Começou a funcionar com a chegada das irmãs de caridade da ordem de são vicente de Paula. A superior Irmã Barreira e suas auxiliares desenvolviam trabalhos voltados para a formação religiosa, vocacional e profisional.Havia o regime de internato e externato. Hoje a instiuição passa por constantes crises financeiras. As freiras são pouqíssimas e desligadas da relidade do bairro.
  Minha família chegou ao bairro há 46 anos  e era um lugar distante do centro, formado por pequenas chácaras, por volta  da década de 1970  as construções pipocaram e realmente pudemos contar com uma vizinhança constante. 
 Atualmente o bairro é bem prestigiado com serviços dos mais diversos: Maternidade, Clinicas de Exames de alta complexidade, supermercados, salões de beleza, emfim o conforto.
Pessoas inesquecíveis: Baíca, Gentila, Sr Otávio barbeiro, Sr Elesbão Maia,  Elesbão Queiroz(fiscal do açude), Antônio de Lucas (Galã), Bernaldo pesoa de Queiroz e Terezinha Queiroz, Seu Mizael, Dona Maria Taveira, Fausto fernandes, Adélia Rêgo, Sr Antônio de Chicó, Sr Valdemar Bezerra, Dona Zefinha da Budega, Seu Manel Gago, Seu Chico Pescador, Sr Chico Nunes, Sr Antônio Barros, Seu Acrísio da Padaria, Evanda Luzia Lopes ,Vera Lucia freire, Dona Maria Florêncio e seu Pedro Florêncio, Sr Pedro do Brabo, Seu Chico Elias, Seu barnabé,  Manoel Flor,Maria nobre, Seu Euclides, Dona Amélia (Moça Velha) e muitos, muitos outros que especificarei mais à frente.
 Essa é uma das minhas homenagens momentãneas  sobre o bairro onde nasci e me criei.
         Israel Vianney



2 comentários:

  1. Estudei no patronato, lembro da irmã Geralda e do seu Zé Gadelha. morei na rua 25 de março, lembro seu Barnabé, ele era o terror da molecada, por que apreendia as bolas dos moleques que iam jogar na rua, perdi muita bola pra ele.

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