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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

VELHAS HERANÇAS


                  O título dessa matéria é o nome do mais novo livro do historiador e jurista Norte-Riograndense Hélio Galvão, lançado pela editora Sebo Vermelho.
         Trata-se de uma compilação de inventários e testamentos dos séculos XVIII e XIX, onde se vê o lugar de destaque que as roupas ocupavam na vida dos colonos potiguares.
        Era um velho costume Luso-brasileiro deixar as roupas no testamento.
         A pesquisa de Hélio Galvão, realizada entre 1951 a 1972 no 1º Cartório Judiciário de Goianinha, cobriu o período de 1705 à 1840. Na época vivíamos ainda como colônia de Portugal, e o pacto colonial proibia a instalação de manufaturas na colônia. Tudo era trazido de Portugal e portanto, caríssimo. Daí, a valorização da roupa como uma bem importante.
    Os velhos testamentos mostram pessoas de algumas posses, fazendeiros de gado, militares e funcionários da coroa Lusitana, que podiam comprar tecidos finos para se vestir.
   Os alfaiates e costureiras da época se abasteciam basicamente de linho, cambraia, seda, cetim, chamalote, tafetá, chita, veludo, sarja e baeta (um tipo de lã de algodão). O tom no geral era sóbrio, como convinha a uma sociedade reduzida, religiosa e patriarcal.
       Os testamentos revelam que não havia preocupação com as medidas dos herdeiros, o importante era legar a roupa, junto com as terras, animais , casas, móveis, jóias, prataria e escravos.
         Daí a anedota do "Defunto era maior (ou menor)", toda vez que se vê alguém usando uma roupa cujo tamanho não assentou bem.
           Mais detalhes, só adquirindo o livro.


                                                                        By Israel Vianney


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