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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A FEIRA II

 (Foto da internet)

                   ... O barracão municipal ficou exclusivamente para o movimento da feira. Os feirantes colocavam as suas bancas de miçangas como eram chamadas as mercadorias diversas e de pequeno porte, as bancas de jogos de roletas, de dados, de cartas de baralho, que os banqueiros com a habilidade dos seus truques enganavam as pessoas que participavam do jogo. Lá também vendiam utensílios de uso doméstico feitos de barro, como potes, panelas, quartinhas; de palha de carnaúba, como urupema, bolsas, cestas, esteira; de madeiras, como mesas, cadeiras, tamboretes, pilão; artefatos de ferro, de uso doméstico; de couro que os fazendeiros usavam nas suas fazendas; materiais agrícolas fabricados na região, além de outras variedades de objetos. As barraqueiras armavam as suas barracas de bolos de milho, de batata e pão de ló, e os famosos, potes de aluás, de milho e de ananás, que eram os refrigerantes da época, muito apreciados pelo povo tanto dos sítios como da cidade, juntamente com os pães doce das padarias de Manoel Aires e Ananias Aires, as únicas existentes. As verduras e os legumes consumidos eram apenas cebola em cabeça, cheiro verde, pimentão, quiabo, jerimum, batata doce e outros produzidos na região. As frutas eram as regionais, que vinham das serras de Portalegre, Martins e sítios próximos da cidade, transportadas em lombo de animais. Os cereais procediam das propriedades rurais da vizinhança, e eram trazidos para feira em velhos
carros de bois que despertavam a cidade com seus gemidos característicos. Eram colocados em caixões de madeira vendidos em litro (recipiente de madeira medindo 10 centímetros cúbicos) e cuia que continha cinco litros.
                    Mais tarde apareceu o Instituto de Peso e Medida, que tornou obrigatório o uso da balança e do quilo, abolindo as velhas medidas. Os fazendeiros abastados usavam como transporte pessoal um tipo de carroça chamado Cabriolé, puxado por um animal ou luxuosas montarias.
                      Com o passar dos anos a feira foi crescendo e se estendendo pelas ruas laterais do Mercado, Rua Pedro Velho e adjacências, em direção ao novo açougue municipal, construído na primeira gestão do Prefeito José Fernandes de Melo, onde já se realizavam as feiras de verdura e frutas no calçadão em frente ao mesmo construído pelo Prefeito Pedro Diógenes, e as bancas dos verdureiros por mi na primeira gestão. Atualmente a nossa feira ocupa várias ruas da cidade, com uma grande variedade de produtos, uma movimentação comercial intensa, centro importante de negócios, vendas e trocas, podendo ser considerada como a maior feira livre da zona oeste do nosso Estado.

Um comentário:

  1. PARABÉNS POR ESTA MATERIA, COMO É BOM REVER O PASSADO DESSA NOSSA QUERIDA PAU DOS FERROS, ADRIANO FREITAS.

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