José Alcigério Batista é natural de São Miguel-RN, nasceu no dia 13 de setembro de 1955. Filho de seu Alcides Batista e Dona Josélea, tem nove irmãos: 4 homens e 5 mulheres. Casou com Francisca Leite Batista, Dona Chica, -ache caro e ruim quem quiser-. Neste laço, gerou dois filhos varões. Morou em São Paulo, Brasília, Natal, Campos do Jordão, Fortaleza, Mossoró, se formou no ano de 1984 em Letras Inglês pela antiga FURN e se pós graduou em Linguagem pela UNP. Em São Paulo, no ano de 1978, foi gerente de uma loja de tecidos no Brás, em 1977, viveu ganhando alguns trocados como cuidador de um deficiente visual. É funcionário público do estado, professor de língua inglesa. Recebeu o título de cidadão pauferrense em 09 de dezembro de 2011.
Afora tudo isso ou consoante a, eu falo de um espírito de luz chamado Léo Batista, o Bardo, o Xamã Aventureiro, o Falcão Ligeiro. Léo é o poeta das melodias, é o dono da curva das palavras, é o irmão dos sons. Pousou em nossas terras, se firmou, construiu seu clã e nos deu de presente uma obra sobre-humana e surreal. Quem nas vielas de Pau dos Ferros nunca ouviu falar no SERTÃO DE METAL, uma visão futurista, composta em meados dos anos 70, que retrata justamente a realidade que vivenciamos hoje? Os tempos do sabiá de metal mal polido... Nos anos 80 e 90, depois dos folguedos da sorveteria de Sales Correia, Leo e Círio (seu companheiro inseparável) derramaram suas liras na Praça do Pavilhão e construíam seus nomes na cultura de nossa cidade. Gravaram juntos em 1995, o disco que leva o nome dessa composição mais famosa "o sertão de metal", LP que roda nas radiolas do mundo todo e até hoje faz sucesso por todos os recantos do planeta.
Léo é místico, doce, humano e sobretudo, alma, um homem de alma, um humano interior, de fé. Além do Sertão de Metal, oração de nossas terras, Léo possui uma obra imensa e ainda inédita, privilegiados aqueles que chegaram a ouvir, numa esquina, num encontro etílico, o verbo em melodia de nosso Falcão Ligeiro.
Como uma espécie de irmão, filho e fã de toda a sua obra, eu tenho esse privilégio de conhecer seu mundo além do Sertão de Metal, dois pontos:
Escrava de ouro, Musa linda, Cidade, Margaridas da favela, Passos de um peregrino, Passarinho de estrada, Pseudo-cidadão, Terra sem males, Pimpolho, Caminha e tantas outras que não chegaram aos ouvidos da massa, dos jovens, que é de embriagar e revoltar ao mesmo tempo, diante de tanta beleza virgem e não conhecida.
A obra do Xamã Aventureiro não tem idade, é telúrica, é espiritual, é naturalista, um tratado de conduta humana, um templo sagrado. O que dizer da mística ATMA-LUZ, Da melodiosa e dolente VELHICE PRECOCE? Do bucólico POR FAVOR, SEU CAPITÃO? Das cômicas ASSOMBRAÇÕES ESPACIAIS? Eita, velho bardo, nós somos felizardos por sermos devotos de sua carga poética. E seu legado ecológico nas canções? Que as energias façam com que isso tudo ganhe forma de gás e esteja ao alcance da respiração de todos.
Você seria mil livros, mil postagens, por enquanto, ficaremos com essa amostra de sua passagem poética permanente, de seus trabalhos intensos. Avante mestre, chapéu na cuca, barba anarquista e revolucionária e verso na voz...
"Há de existir um lugar onde o tempo para para ver o jegue relinchar, onde o mundo é de todos nós..."
Na foto abaixo, Léo está sob os olhos de Ariano Suassuna na sua visita em nossa cidade, no ano de 2012:
"Há de existir um lugar onde o tempo para para ver o jegue relinchar, onde o mundo é de todos nós..."
Na foto abaixo, Léo está sob os olhos de Ariano Suassuna na sua visita em nossa cidade, no ano de 2012:
Por Manoel Cavalcante
Que texto belíssimo Manoel, consegui sentir o carinho e o zelo que escreveu cada palavra. Nossos laços são muito extensos e sua amizade estará para sempre inclusa na bagagem intelecto/cultural que Falcão Ligeiro há de deixar para seus dois pimpolhos. Paz e luz meu irmão!
ResponderExcluirMeu Poeta!!! Mais uma vez conseguistes fazer com que eu mostrasse o meu braço direito com aspecto de "pele de frango" para a pessoa que está do meu lado. Além de versos, suas prosas são esplêndidas. E, a propósito, o personagem que foi sinteticamente biografado, também é inspirador. Não haveria outra pessoa melhor para fazer tal descrição.
ResponderExcluirAbraços
Jandeilmo (Cleidão)