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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

70 ANOS DA ENTRADA DO BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL – OS BRASILEIROS QUE FORAM A GUERR

AUTOR - Marcelo Godoy
FONTE - http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,os-brasileiros-que-foram-a-guerra,921241,0.htm

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À ádireita, o então sargento Samuel Silva, que serviu na 3ª Companhia de Petrechos Pesados do 6º Regimento de Infantaria durante a guerra. Silva foi condecorado com a Cruz de Combate de 1ª Classe por se distinguir em combate durante a ofensiva da primavera
ACERVO SILVA


A história pessoal de cada um desses homens – comandantes ou comandados – está indissoluvelmente ligada à guerra. Não a uma guerra qualquer, mas à maior de todas até agora enfrentada pela humanidade. Suas experiências pessoais não são simples anedotas, mas representam as angústias, as decisões e os comportamentos de uma geração.
Os brigadeiros Rui Moreira Lima e José Rabelo Meira Vasconcelos já foram entrevistados dezenas de vezes. Não se negam a falar sobre a guerra e a contar o que viveram. Foram os pioneiros da aviação de caça no Brasil. Lima acabou cassado em 1964 – achavam-no próximo demais do governo de João Goulart. “Sempre fui um democrata. Tenho horror a ditaduras – comunista ou fascista, não importa.”

http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2012/08/142715.jpgMilitares do pelotão de transmissões do 1º Regimento de Infantaria, da FEB, acompanhados por dois italianos que auxiliavam a tropa brasileira (primeiro à direita e o homem em pé no jeep, à direita). O soldado Jacob Gorender está de pé, sem camisa, no centro da foto

Em São Paulo, a memória dos veteranos têm um endereço: Rua Santa Madalena. Todos os dias alguns senhores procuram a sede da Associação de ex-Combatentes do Brasil. Quase todos com mais de 90 anos. Cada um deles carrega uma história de sacrifícios em silêncio: primeiro na Itália, depois, no Brasil. A difícil readaptação desses homens à vida longe da batalha é uma experiência que marcou essa geração. O coronel Jairo Junqueira, comanda o associação, com seu amigo, o major Samuel Silva, ambos entrevistados pelo Estadão para essa série.

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O então sargento João Gonzales (centro) com dois outros colegas ainda no Brasil, antes da partida para a Itália. Gonzales serviu na 1ª Companhia de Petrechos Pesados do 6º Regimento de Infantaria e foi ferido por três estilhaços de granada no tórax quando sua companhia estava em Riola Vecchia, nos Montes Apeninos
O mesmo trabalho de resgate da memória dos expedicionários mobiliza o coronel Amerino Raposo (comandou o último tiro de artilharia dado pela FEB na Itália) e o capitão Enéas de Sá Araújo, do 6º Regimento de Infantaria – foi ferido por estilhaços de uma granada. A mesma disposição de contar suas histórias teve o almirante Hélio Leôncio Martins , o general Octavio Costa e os colegas de 1ª Companhia de Petrechos Pesados, João Gonzales e Newton Lascalea. Foi isso que levou intelectuais, como Boris Schnaiderman, de 95 anos, e Jacob Gorender, de 91, a enfrentar o cansaço de longas entrevistas para contar suas experiências na guerra. Suas vidas se entrelaçam com as de seus comandantes – generais como Mascarenhas de Moraes e Zenóbio da Costa – ou do inimigo – o general Otto Fretter Pico, que se rendera aos brasileiros. 

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O comandante da FEB, general João Baptista Mascarenhas de Moraes, ao lado de seu jeep, apelidado de Liliana em homenagem a uma sobrinha, na Itália. Na rodas do carro, correntes para enfrentar a neve nas estradas dos Montes Apeninos. O ferro na frente do veículo servia de proteção contra armadilhas escondidas nas estradas pelos alemães

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