FONTE - http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,os-brasileiros-que-foram-a-guerra,921241,0.htm
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À ádireita, o então sargento Samuel Silva, que serviu na 3ª Companhia de
Petrechos Pesados do 6º Regimento de Infantaria durante a guerra. Silva
foi condecorado com a Cruz de Combate de 1ª Classe por se distinguir em
combate durante a ofensiva da primavera
ACERVO SILVA
ACERVO SILVA
A história pessoal de cada um desses homens – comandantes ou
comandados – está indissoluvelmente ligada à guerra. Não a uma guerra
qualquer, mas à maior de todas até agora enfrentada pela humanidade.
Suas experiências pessoais não são simples anedotas, mas representam as
angústias, as decisões e os comportamentos de uma geração.
Os brigadeiros Rui Moreira Lima e José Rabelo Meira Vasconcelos já
foram entrevistados dezenas de vezes. Não se negam a falar sobre a
guerra e a contar o que viveram. Foram os pioneiros da aviação de caça
no Brasil. Lima acabou cassado em 1964 – achavam-no próximo demais do
governo de João Goulart. “Sempre fui um democrata. Tenho horror a
ditaduras – comunista ou fascista, não importa.”
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Em São Paulo, a memória dos veteranos têm um endereço: Rua Santa
Madalena. Todos os dias alguns senhores procuram a sede da Associação de
ex-Combatentes do Brasil. Quase todos com mais de 90 anos. Cada um
deles carrega uma história de sacrifícios em silêncio: primeiro na
Itália, depois, no Brasil. A difícil readaptação desses homens à vida
longe da batalha é uma experiência que marcou essa geração. O coronel
Jairo Junqueira, comanda o associação, com seu amigo, o major Samuel
Silva, ambos entrevistados pelo Estadão para essa série.
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O então sargento João Gonzales (centro) com dois outros colegas ainda no
Brasil, antes da partida para a Itália. Gonzales serviu na 1ª Companhia
de Petrechos Pesados do 6º Regimento de Infantaria e foi ferido por
três estilhaços de granada no tórax quando sua companhia estava em Riola
Vecchia, nos Montes Apeninos
O mesmo trabalho de resgate da memória dos expedicionários mobiliza o
coronel Amerino Raposo (comandou o último tiro de artilharia dado pela
FEB na Itália) e o capitão Enéas de Sá Araújo, do 6º Regimento de
Infantaria – foi ferido por estilhaços de uma granada. A mesma
disposição de contar suas histórias teve o almirante Hélio Leôncio
Martins , o general Octavio Costa e os colegas de 1ª Companhia de
Petrechos Pesados, João Gonzales e Newton Lascalea. Foi isso que levou
intelectuais, como Boris Schnaiderman, de 95 anos, e Jacob Gorender, de
91, a enfrentar o cansaço de longas entrevistas para contar suas
experiências na guerra. Suas vidas se entrelaçam com as de seus
comandantes – generais como Mascarenhas de Moraes e Zenóbio da Costa –
ou do inimigo – o general Otto Fretter Pico, que se rendera aos
brasileiros.
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O comandante da FEB, general João Baptista Mascarenhas de Moraes, ao
lado de seu jeep, apelidado de Liliana em homenagem a uma sobrinha, na
Itália. Na rodas do carro, correntes para enfrentar a neve nas estradas
dos Montes Apeninos. O ferro na frente do veículo servia de proteção
contra armadilhas escondidas nas estradas pelos alemães
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