Em três séculos toda essa Gente desapareceu. Nenhum centro resistiu, na paz às tentações d'aguardente, às moléstias contagiosas, às brutalidades rapinantes do conquistador. Reduzidos foram sumindo misteriosamente, como que sentindo que a hora passara e eles eram estrangeiros na própria terra". (Cascudo, 1955)
O RN no início de sua colonização era habitado por numerosas tribos indígenas. De acordo com informações dos historiadores tradicionais, como Estevão Pinto, Câmara Cascudo e Tarcísio Medeiros, parte desses índios pertencia ao grupo Tupi-Guarani, falando a língua geral, e os demais que falavam idiomas diferentes eram considerados de "Língua travada" ou Tapuias.
Centralizando em nossa região tivemos os "Icós pequenos" que fixaram-se nas regiões de Luiz Gomes, José da Penha, marcelino Vieira, pilões e Alexandria. "Caborés e Icozinhos", errantes e turbulentos ocasionaram muitos problemas com os fazendeiros nos séculos XVII E XVII. Aldeados com os Pain na zona de Mossoró e Apodi em 1688, mais tarde apareceram em Portalegre. Em Pau dos ferros, Encanto, Dr Severiano, São Miguel e Rafael Fernandes habitaram os Panatis.
No difícil convívio do índio com o branco, no contexto social da colonização, a posição do primeiro foi sempre de completa submissão e no decorrer de três séculos, o indígena do Rio Grande do Norte desapareceu não resistindo a uma série de fatores a que estava sujeito com a colonização branca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As postagens que venham a desrespeitar moralmente ou legalmente a algo ou alguém, serão excluidas.. Para evitar que isso aconteça evite esses tipos de comentários.. Desde já agradecemos..