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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

AS LIÇÕES QUE APRENDI COM O LÁPIS

               
                 É tempo de escrevermos uma nova história.
            Certa vez, alguém, bem inspirado, disse que a vida é um eterno aprendizado, no qual os dias sempre surgem  como a oportunidade de aprendermos novas lições. Nestes dias, por exemplo, tenho sido particularmente sugerido por alguns ensinamentos do lápis. Inicialmente, fiquei fascinado com uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que olhando para sua vocação, conclui: "Não sou nada, senão um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual ele escreve aquilo que deseja". Quando me deparei diante desse fragmento, fiquei surpreso por encontrar tantas lições veladas em um simples objeto, lições importantes que, se bem aprendidas, nos sugerem uma gama de significados para anossa vida, nossa história, nossa vocação.
           Não gostaria de ser metódico ao discorrer sobre os ensinamentos apresentados pelo lápis, contudo, penso que inevitavelmente o serei, pelo desejo de juntos explorarmos sua riqueza, tal como o garimpeiro se dispõe quando encontra uma mina. Com o lápis aprendemos, primeiro: a lição de confiança e do abandono em Deus. Ele nos sugere que podemos fazer grandes coisas, mas não devemos nos esquecer de que existe uma Mão que guia nossos passos, uma mão que deseja nos conduzir. É preciso nos submetermos a essa Mão, deixando-nos ser conduzidos e orientados por ela, ainda que não seja do modo como gostaríamos que fosse. Um lápis, sem uma mão que tome e o oriente, não tem muito sentido.
           A Segunda Lição: na vida da gente, depois de algum tempo tempo, precisamos ser apontados. Passar pelo apontador não deve ser muito agradável para o lápis, mas para que a ponta fique fina evidente e apropriada para a escrita, ela precisa se deixar cortar. E deixar-se "cortar a carne". É bem verdade que temos medo do "apontador", e isso acontece porque sabemos que afiar a ponta significa quase sempre cortar excessos, aparar o que está sobrando, tirando, tirar o que não precisamos mais, e isso é muito difícil, embora seja necessário para o nosso crescimento. A beleza escondida nessa lição nos leva a uma terceira: ao passar pelo apontador, o lápis foi cortado em sua parte externa, mas também em seu interior. O grafite também foi modelado, renovado. Passou por um processo educado, porque educar, ex-durece, que dizer, em latim, "evocar a verdade"; tirar, extrair, trazerpara fora o novo. O que realmente importa no lápis, não é simplesmente a madeira ou seu aspecto externo, mas sobretudo, o grafite que está dentro. Para que a escrita fique perfeita, a ponta precisa ser feita por inteiro, daí a importância do cuidado com aquilo que acontece em nosso interior.
             A quarta lição: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. A necessidade da borracha nos faz abandonar atitudes e vícios, nos faz mudar comportamentos, mentalidade, convicções... E nos faz olhar em outras direções, pedir perdão, voltar atrás, recomeçar, superar o egoismo e a autossuficiência. É interessante como, de um modo admiravél, o lápis nos ensina a necessidadeque temos da "borracha" quando estamos diante do erro.
             Finalmente a quinta lição é que o lápis deixa uma marca. Tudo o que fazemos, de algum modo, marca as pessoas e, marca, bobretudo, nós mesmos. A qualidade dessas marcas sempre resulta das escolhas que fazemos diante daquelas outras lições. É preciso deixar as boas marcas para as quais o lápis foi gerado. Se ainda não as (boas marcas) deixamos, é tempo de recomeçar. É tempo fr rscrevermos uma nova história. É preciso, tal como o lápis, nos abandonarmos. O tempo é agora. O tempo é neste diua que se chama HOJE. Um bom Mestre está sentado à mesa e a sua frente há um lápis, um apontador, uma borracha e uma folha em branco assinada. Ele olha para a folha, toma o lápis em sua mão e concorda com Santo Agostinho dizendo: "Ter fé, isto é, se abandonar, é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela com o lápis da nossa vida o que quiser".
Seu irmão  
Jerônimo Lauricio (Discipulado 2011-CN) 

 Esse texto nos foi enviado pela querida Débora Siqueira, nossa comentarista maior. Breve ela estará Brilhando na seção Musas II.
     AGUARDEM!!!  

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