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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CURIOSIDADE


                       Quando Dom Jaime Câmara esteve à frente da Diocese de Mossoró a partir de 1935, e visitou a freguesia de Portalegre, manifestou-se desfavorável às realizações da Dança de São Gonçalo por considerá-las ofensivas à moral religiosa e aos princípios cristãos daquele povo. O vigário da paróquia Padre Carlos Theisen, colaborou as determinações diocesanas combatendo a celebração daquelas funções ou "cultos exóticos", em que se invocava a intercessão do glorioso santo em festejos de aparência profanadoras. Em virtude da opinião contrária da Igreja as apresentações foram se tornando menos frequentes até que desapareceram quase que totalmente, mesmo porque, os antigos "mestres" e organizadores da dança tradicional foram desaparecendo da comunidade negra de Portalegre tornando cada vez mais dificultoso o ressurgimento daquele interessante folguedo folclórico/coreográfico - a dança de São Gonçalo.
                     Diz o Professor Assis Silva que "contava os mais velhos que São Gonçalo inventou essa dança para as mulheres de vida duvidosa, as pecadoras, afim de que elas se afastassem das ocasiões do pecado, pois com a celebração de tais cerimônias, entretinham-se com as danças não se lembrando da libertinagem. E consta que haviam muitos casos de conversão. Deprende-se daí, que o "São Gonçalo" tem uma finalidade moralizadora e regeneradora da prática dos costumes ilícitos. Acontece, porém, que entre nós, as "gonçalinas" são reconhecidamente donzelas e portadoras de apreciáveis virtudes morais".

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