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sexta-feira, 8 de maio de 2015

MEMORIAS DE RAIMUNDA CARAÚBAS




Foi complicado montar a linha de tempo de Dona Raimunda caraúbas, pois são tantos fatos interessantes que prometo fazer o mais breve possível, um documentário com a mesma, ainda mais com a memória maravilhosa que a mesma tem. Adiante.....Na vida sofrida e ao mesmo tempo alegre que levava Dona Raimunda pariu 11 filhos, isso mesmo. Dos 11, apenas 7 sobreviveram. Numa ocasião ela me revelou que o segredo para parir rápido era o seguinte: Ao sentir as primeiras contrações, fazia um chá de pimenta malagueta , tomava-o, sentava sobre uma "cuia de oito" e puxava uma corda amarrada a um caibo(exercício para apressar a dilatação)" O moleque saia voando", nas palavras dela.
Com vários filhos, dando expediente dobrado(De dia lavava e passava e à noite diversão no rabo da gata), no final da década de 1960, o prefeito de então Dr Pedro Diógenes transferiu a rua do sexo para um lugar distante do centro, ocupando o que foi o antigo "BATACLÁM"(Hoje Posto Bolivel, à entrada do bairro Nações unidas). Dona Raimunda seguiu as "Meninas", lavando a roupa das mesmas e fazendo pequenos favores remunerados. Lembrando que a partir da nova localização do "Brega", os proprietários também mudaram e a organização também, eram eles : Seu Martil e Maria garrote, Sargento Moacir, Sargento Joazinho e depois o Sr "Tiquinho Balaio". 
Família grande , dinheiro pouco,nossa biografada começou a lavar as roupas do Hospital Centenário, Hoje hospital Nelsom maia. Só que a coisa não parecia ser tão fácil assim. Segundo ela, levava duas enormes trouxas de roupa para serem lavadas na pedra do Taboleiro(Hoje imediações do Conj Manoel Deodato,) pois a água ali ainda era consumível e sem tanta poluição, voltava à tardinha cansada e os poucos lanches que fazia eram à base se batata doce assada, cedida gentilmente pelo Sr: Jorge Guedes do Rêgo (Meu avô paterno) que morava numa fazenda próxima de propriedade do Sr Antônio Holanda.
Um certo dia O Sr Osvaldo Januário do Rêgo e a Sra Maria do Carmo, vendo o esforço daquela pobre mulher, conseguiram um emprego com carteira assinada , para continuar na administração da lavanderia do hospital. Com os primeiros salários, comprou logo um pequeno casebre num bairro, outrora distante e chamado de VELAME, hoje, defronte à delegacia de polícia civil, mas na época só mato. Continuamos amanhã....... Vianney

Um comentário:

  1. Sou seguidor fiel de seu blog;assim,me reconecto com a terrinha .Proponho ao nobre blogueiro postar artigo do tempo em que os americanos,voluntários da pátria,estiveram aí.Susana era sua vizinha,seus pais devem lembrar.

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